Empresas instaladas em clusters com orientação estratégica dual, originadas na governança de clusters e de redes de negócios: uma busca focada no negócio do vinho das regiões do Porto, em Portugal e do Vale dos Vinhedos, no Brasil (original) (raw)
Dedico este momento tão importante em minha vida à Dª. Helena Carreira Guimarães e ao Dr. Amaury Ribeiro Guimarães, meus pais, pela permanente presença, terna e amorosa, principalmente nas horas de mais dificuldade. É bom saber que essas tolas barreiras da matéria significam tão pouco. Sua benção, tio Antonio. Quero também dividir esta alegria com minha irmã preferida e única, a Dra. Maria Teodora Ribeiro Guimarães, pesquisadora, escritora e construtora de ciência em sua área do conhecimento, a saúde mental, por nossas conversas fraternas, pelo apoio incondicional de todas as horas, e pelos chutes no calcanhar, que ela sabe bem como foram necessários. E com minhas queridas filhas, a Fernanda, mãe recente, e a Verônica, mãe daqui a pouquinho, ambas começando a voar agora. A vida passa tão intensa, e tão rápido, que às vezes a gente nem tem tempo de dizer a toda hora o quanto ama os filhos. Vocês duas sabem que esse meu amor por vocês não tem tamanho nem dimensões. Quero incluir aqui o filho que a vida me trouxe, o Adriano, professor mestre, futuro doutor, e quem primeiro me incentivou a abraçar essa carreira. Respeito e admiração são as palavras que me vem à mente quando penso em você. Eles são a torcida organizada. "... a gente se esforçamos ... a gente demos o sangue em campo ... a gente conseguimos a vitória pensando na torcida ...". Busquei essa titulação de agora para minha satisfação, evidentemente, mas, em ambiente de família, essas coisas irradiam, e foi uma busca um pouco por eles, também. E por fim, meus netinhos, a Beatriz, cuja idade ainda se conta em dias, e o Nícolas, ainda na barriga da mãe. Prometo às duas filhas que vou me esmerar em, amorosamente, estragar a educação que elas forem dando às crianças. Homenagem Quero homenagear meu companheiro de viagem. Esta deliciosa viagem intelectual que venho fazendo, e que começou em 2003, no Programa de Mestrado da Universidade Cidade de São Paulo, que está passando pelo doutoramento na FEA-USP, e que vai continuar, embora eu ainda não saiba o próximo destino, trouxe dois fatos marcantes. Em primeiro lugar, abriu incrivelmente minha mente, e me ensinou a conhecer minhas próprias limitações intelectuais. E, em paralelo, me deu um companheiro de viagem. Para mim um companheiro de viagem. Para ele, eu junto é apenas questão de amizade, pois suas viagens estão numa altura que não consigo acompanhar sem esforço. Na primeira aula do mestrado, quando vi esse professor trabalhando, minha cabeça deu um nó. Ele falava de coisas que eu, um profissional de empresas relativamente bem sucedido e já maduro, não tinha sequer imaginado. Meu instinto me disse o que deveria fazer, e eu fiz: "grudei" nele. Ele foi meu orientador no mestrado e é meu orientador informal, apoiador de conteúdo, agora no doutorado. Nestes últimos 4 ou 5 anos de convivência mais próxima, quando nos tornamos realmente amigos, escrevemos juntos (do seguinte modo: ele compõe a música e eu escrevo a partitura) 4 livros. Todos num encadeamento evolutivo de idéias. Nenhum terminado. Quando as coisas vão chegando perto do final, parece que ele não aceita o final, e o desdobra, e outros problemas intelectuais surgem, e começamos de novo. Tenho vivido, nestes anos, uma experiência única e invejável. Venho acompanhando um processo muito profundo, criativo e permanente de construção do conhecimento em filosofia da administração de negócios. O professor Sergio Baptista Zaccarelli completou em outubro último 78 anos, mais de 50 no magistério superior, foi Secretário de Estado, executivo de grandes organizações, já recebeu todas as honrarias que a carreira poderia lhe proporcionar. Recentemente foi eleito pelos seus pares e recebeu o título de Professor Emérito da FEA. Apenas 14 professores receberam esse título, em 70 anos da escola. Como homenagear um homem desses? Talvez apenas lhe informando que não é só minha a opinião de que ele é a cabeça mais inquieta e brilhante que já vi na vida. Nas duas instituições de minha intimidade, aqui na FEA, e no Mackenzie, onde trabalho, em conversas informais com professores, muitos e muitos dos que já foram seus alunos, alguns há mais de 30 anos, compartilham dessa mesma opinião sobre seu brilho intelectual. Vamos escrever mais alguns livros, professor? Termina-los ou não é apenas um detalhe. O que vale é a construção. Agradecimentos Eu preciso agradecer a muita gente. Fui ajudado, empurrado, aconselhado, rezado, motivado e mais tantos outros verbos que nem sei. O risco é ficar alguém de fora. Desde já peço desculpas. Quero agradecer ao professor Silvio Aparecido dos Santos, meu professor e orientador, que me ensinou pesquisa, administração e metodologia, e, mais que isso, me ensinou muito sobre competência, paciência, humildade, seriedade e respeito. Também quero agradecer ao Prof. Edson Riccio, meu co-orientador, que facilitou minha ida à Europa para pesquisar o cluster do vinho do Porto, abrindo portas importantes por lá. E à Neide Aparecida de C. Rodrigues, secretária do professor Silvio e anjo da guarda de todos os seus orientados. Agradeço aos ensinamentos dos professores Edison Pólo, Hamilton Correa, Isak Kruglianskas, Jacques Marcovich, Martinho de Almeida, e tantos outros mais. Agradeço também aos professores Osmar Ambrósio, da Unicentro e Denis Donaire, da USCS. Irmão de sangue não tive, mas agora, já entrado na velhice, fui arranjar um irmão de coração. Sua Excelência, o Comendador Francisco Alberto Severo de Almeida, ou, mais simplesmente, o meu irmão Chico Severo e sua linda família, lá em Brasília. Agradeço muito a você por nossos bons momentos de divertida seriedade. Quero agradecer aos meus mais que amigos Ivan Dutra, pelo apoio e "empréstimo" de sua tese, para servir de modelo; Roberto Morais, que me tirou do atoleiro estatístico onde eu estava afundando; Marco Fittipaldi, que perdeu horas de convivência familiar em finais de semana para acertar os humores de meu computador e suprir minha incompetência na área de TI; Marcos Gaspar, que pacientemente leu e criticou a tese; Marcelo Cota, que apoiou e empurrou na hora certinha (você tinha razão, Marcelo, já dá para ver a luz do outro lado); Villar Fernando, que produziu as primeiras tabulações das entrevistas, e acompanhou todas as idas e vindas desta tese; ao Augusto Mader, que teve a coragem de levar meu currículo magrinho pela primeira vez para uma faculdade, e ao professor Milton Pacheco, então diretor daquela faculdade, e que também teve a coragem de me contratar, e assim dar começo a esta história; Quero agradecer à Rejane de Oliveira, que transcreveu minhas entrevistas, sempre com prazos para ontem; ao Armando Malheiro, professor e amigo, da Universidade do Porto, em Portugal, que me acolheu e orientou com muito boa vontade e fidalguia; ao professor Marilson Gonçalves, que contribuiu com sua presença na Banca de Qualificação da tese e o brilho de seu trabalho pioneiro na área de estudo desta pesquisa; à Dª. Ema Pinto, da Associação dos Exportadores do Vinho do Porto, que agendou importantes entrevistas em Portugal; ao Carlos Cabral, escritor e especialista brasileiro em vinho do Porto, que me apresentou a amigos seus lá em Portugal, mesmo estando aqui no Brasil; ao professor Manoel Coelho, da Universidade de Montpellier, na França, que me ensinou muito sobre o mercado atual do vinho; a meus colegas professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie pela demonstração permanente de interesse; e a meus alunos, da graduação e do lato sensu pelo apoio alegre e barulhento. Também quero agradecer a todos os meus queridos irmãos filosóficos com um tríplice e fraternal abraço. E também a meus pais, mães e irmãos de fé. Outros agradecimentos são importantes, pois, embora não tão perto da tese, essas pessoas vibraram positivamente para que ela fosse bem sucedida: a minha irmãzinha de coração, a Marcinha de Oliveira, a Aurilene e o saudoso Nelson Fiorda, a tia Mazinha, o Flavinho e a Gigi, o Augusto Paulo Braun, a Lucia Maria da Rosa, o Hideo Hori, a Ana Cristina Frare, e tantos, tantos outros. Sou eterno devedor. Esta união já foi evidenciada através de diferentes formatos supra-empresas. Dentre esses formatos destacam-se os clusters de negócios e as redes de negócios, nos quais a governança transcende as fronteiras de uma empresa isolada, atingindo a todo o aglomerado. A preocupação da presente pesquisa foi verificar se, dentro de agrupamentos de empresas denominados pela literatura como clusters, existem ou não, dentre as empresas nele instaladas, algumas que, também, se orientam por estratégias supraempresas de redes de negócios, e não só por estratégias de clusters. Isso foi verificado pela pesquisa, que, em dois clusters de negócios importantes para seus países, o do vinho do Porto, no Vale do Douro, em Portugal, e o de vinhos de mesa do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, no Brasil, encontrou empresas orientadas por uma estratégia dual, isto é, por estratégia de cluster e por estratégia de rede de negócios. E esse achado é novo na literatura de entidades supra-empresas, até porque essas próprias entidades só recentemente tornaram-se conhecidas e objetos raras pesquisas. Foi, também, preocupação da pesquisa que embasou esta tese, verificar se o fato constatado de existirem empresas orientadas por estratégia dual contribuía ou não para um aumento em suas respectivas capacidades de competição, o que, também, acabou sendo comprovado. Palavras-Chave: clusters; redes de negócios; administração estratégica; estratégias de entidades supra-empresas; redes de negócios operando em clusters; competitividade de entidades supra-empresas.