Violência doméstica contra a mulher - com a fala, eles, os homens autores da violência (original) (raw)

Violência doméstica contra a mulher em tempos da COVID-19

Revista COR LGBTQIA+, v. 1, n. 3, p. 208-227, jul, 2022

A pandemia da Covid-19 criou novas formas de convivência, tanto no âmbito social quanto no âmbito privado. O aumento da violência doméstica contra a mulher é um exemplo disso. Diante desse fenômeno, no presente estudo, busca-se analisar a incidência da violência doméstica contra mulheres durante o isolamento social adotado no período de pandemia de Covid-19, especificamente na cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte (RN). O percurso metodológico utilizado foi o da pesquisa explorátoria, documental e bibliográfica com abordagem quantitativa. Buscou-se uma aproximação entre o agravo da Covid-19, o isolamento social e os registros de violência doméstica nas zonas urbanas da cidade de Natal no período de março de 2019 e maio de 2020. Os achados da pesquisa evidenciaram que houve um significativo aumento dos casos de violência doméstica contra a mulher e que no período da pandemia a denúncia e, consequentemente, a resolução dos casos se tornaram mais difíceis, sendo essa uma situação que gera problemas tanto para a saúde pública quanto para a segurança pública.

Perfil de homens autores de violência contra as mulheres

Psicologia Revista

Este estudo tem como objetivo analisar o perfil dos homens autores de violência contra as mulheres na literatura científica brasileira, intencionando auxiliar no direcionamento de práticas socioeducativas das políticas públicas no enfrentamento desse tipo de violência. O estudo proposto configura uma revisão sistemática realizada por meio dos descritores “violência contra a mulher”, “autor de violência”, “violência por parceiro íntimo” e “violência doméstica contra a mulher”. As bases de dados pesquisadas foram: SciELO, Oasisbr e BVS, compondo a amostra final de 15 artigos. Diante dos estudos que compuseram o estudo, verifica-se características como idade, situação laboral, escolaridade, uso de álcool e outras drogas, além de histórico de violência familiar. Evidencia-se que o perfil identificado neste artigo apresenta divergências entre pontos das pesquisas nacionais realizadas. Com isso, recomenda-se a formulação de um instrumento que uniformize as investigações acerca da temática...

A Violência Intrafamiliar Contra a Mulher

intertemas.unitoledo.br

RESUMO: Este artigo tem como objetivo discutir uma das realidades mais complexa da nossa sociedade, a violência intrafamiliar contra a mulher, os seus direitos como pessoa, que acaba sendo violados, assim como os vários tipos de violência sofrida por essas. Neste artigo, ...

A violência conjugal contra a mulher a partir da ótica do homem autor da violência

Saúde e Sociedade, 2008

Este artigo objetiva investigar as causas da agressão conjugal contra a mulher a partir da ótica do homem autor de violência. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio da técnica de grupos focais com homens que se envolveram em violência conjugal e participavam voluntariamente do Programa de Atenção à Violência Doméstica e Intrafamiliar de um município de médio porte de Santa Catarina. Na análise das informações, evidenciaram-se três categorias: "Ela", "Eu" e "Outros". Nossos resultados apontam comportamentos e atitudes que permitem identificar as causas da agressão contra a companheira evidenciada a partir da interferência de pessoas estranhas à relação conjugal; presença de ações inadequadas da companheira; domínio da mulher sobre o companheiro; resposta à agressão física, verbal ou psicológica da companheira; dependência química e situação financeira. Os resultados m...

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER, 2024

Descubra uma nova abordagem para lidar com a violência doméstica e familiar contra a mulher, neste livro envolvente sobre Justiça Restaurativa. Ao desafiar o modelo tradicional de Justiça Retributiva, esta obra destaca como a Justiça Restaurativa está transformando as narrativas legais, buscando uma abordagem mais humana e fraterna para resolver conflitos. Explorando as origens e a ascensão global do movimento de restauração da justiça, este livro mergulha nos fundamentos, princípios e valores da Justiça Restaurativa, estabelecendo um diálogo cativante entre suas premissas e conceitos filosóficos. Utilizando uma abordagem dedutiva e técnicas de pesquisa, ele demonstra como a punição pode ser substituída pela reparação do dano e recuperação sistêmica, promovendo uma cultura de diálogo e reconciliação. Ao analisar a aplicabilidade das práticas restaurativas em casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, este livro oferece uma visão estimulante de como tais abordagens podem ser mais eficazes do que simplesmente privar o agressor de sua liberdade. Através da participação em grupos reflexivos, os agressores são levados a refletir sobre os conflitos subjacentes que contribuíram para seu comportamento violento e as consequências produzidas na vida das vítimas, reconhecendo a falta de legitimidade de tais atos. Nesse sentido, o presente livro destaca o papel crucial de uma participação ativa das partes envolvidas no conflito. Ao desafiar as normas culturais que normalizam a violência contra a mulher, ele promove a reconstrução das relações sociais, familiares e afetivas, oferecendo uma visão poderosa sobre como romper com padrões prejudiciais e promover uma sociedade mais justa e igualitária.

Religião e O Discurso De Homens Autores De Violência Doméstica

2021

A violência conjugal/doméstica está elencada entre um dos muitos problemas sociais vivenciados ao longo dos relacionamentos humanos. Há duas décadas, o Brasil tem produzido legislação rigorosa sobre a temática. Contudo, muito há a ser feito para proteger mulheres deste tipo de violência. O objetivo deste estudo foi compreender o discurso de homens autores de violência doméstica e sua imbricação com a religião. Utilizou-se o método fenomenológico de pesquisa em Psicologia. Percebe-se que os homens infratores fundamentam, com seu discurso religioso, mais que papéis de gênero, modos de ver o mundo. A relação homem-Deus mostra-se diretamente ligada à significação deste como uma figura de suporte e apoio nos momentos de dificuldades. A busca por uma espiritualidade possui um efeito catártico, fortalecendo suas crenças e comportamentos, sendo, por vezes, equiparada à intervenção de um profissional de saúde (seja psicólogo ou psiquiatra).

A violência e o homem

VEJA (português), 2018

Os homens têm um fraco por guerras; isso é fato. Mas daí a acreditar que a violência, inclusive a sexual, é parte da sua natureza há uma longa distância Por Matthew Gutmann access_time23 nov 2018, 07h00 "O MACHO DEMONÍACO" -Os homens são propensos à violência sexual? (na foto, O Minotauro, de Pedro Requejo) (Museu El Escorial, Madrid/.) Homens fazem guerras. De fato. Aristófanes sabia como pará-las, como escreveu em Lisístrata: bastava que as mulheres passassem a negar sexo a eles. Spike Lee também, como mostrou no filme Chi-Raq, em que mulheres negavam sexo aos homens. Susan Sontag, parafraseando Virginia Woolf, provocou: a guerra é um jogo de homens e a máquina de matar tem gênero, o masculino. Os homens não apenas fazem a guerra, mas, em sua maioria, parecem gostar dela. Há quanto tempo essa verdade incontestável domina o pensamento bélico? VEJA (Brasil), 23 novembro 2018

Violência contra as mulheres

Serviço Social e Saúde

Este artigo visa analisar a utilização do conceito de patriarcado nas produções científicas brasileiras da área de saúde sobre as violências contra as mulheres e questionar em que medida artigos científicos dialogam ou não com o conceito de patriarcado em Heleith Saffioti. Além disso, ressalta a importância da formação dos profissionais que atendem mulheres vítimas de violência terem uma aproximação teórica dos estudos do patriarcado. O recurso metodológico utilizado foi o da revisão de literatura narrativa na base de dados Scielo e BVS-Regional. A amostra analisada permitiu dizer que, quando as produções científicas da área da saúde abordam o conceito de patriarcado, os achados ganham maior visibilidade do poder dos homens sobre as mulheres, as desigualdades entre os gêneros e a violência como uma construção social, histórica e cultural na sociedade patriarcal.