Sustentabilidade das Organizações sociais – o impacto dos programas de financiamento (original) (raw)
Sustentabilidade e financiamento
2022
Foi com muita satisfação que recebi o convite para redigir a apresentação da edição do livro Desafios e perspectivas da editoria científica: memórias críticas do ABEC Meeting Live 2022 e Publishing Trends. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC Brasil), ocorreu mais uma vez em formato totalmente virtual, sem qualquer intercorrência, mantendo um nível de qualidade e excelência como nos eventos anteriores promovidos pela Associação. Em seus três dias de realização, foram discutidos temas relevantes, inovadores e necessários ao atual ambiente da editoria científica, objetivando desenvolver, aprimorar e profissionalizar os periódicos científicos brasileiros. A programação incluiu conferências e painéis com diferentes abordagens temáticas, apresentados por especialistas nacionais e internacionais, além da Sessão de Comunicação Oral, em que novos, experientes e futuros pesquisadores relataram suas pesquisas e iniciativas. Contendo um total de 15 resenhas críticas, elaboradas pelos moderadores das diversas sessões, o conteúdo deste livro está dividido em duas partes que refletem os temas abordados e debatidos. A primeira, ABEC Meeting Live 2022, que já está na sua sexta edição, contém nove resenhas. A segunda parte, Publishing Trends, com seis resenhas, é uma iniciativa da ABEC Brasil para apresentar as tendências na editoria e publicação científica no contexto da Ciência Aberta. A primeira resenha foi iniciada pelo relato da premiação do vencedor do Prêmio Jürgen Döbereiner 2022 -Modalidade Jovem Editor. O Prêmio é uma iniciativa promovida pela ABEC Brasil, que tem por objetivo premiar jovens profissionais atuantes na editoria de periódicos científicos brasileiros que se destacam em suas atividades. Neste ano, Herica Emília Félix de Carvalho, doutora em Ciências (Enfermagem Fundamental) e integrante da equipe editorial da Revista Prevenção de Infecção e Saúde (REPIS), foi a contemplada. A segunda resenha explana a Conferência Magna proferida por James Butcher, ex-Lancet e Nature, atual editor da Newsletter Journalology, sob o tema Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: como impactam a publicação científica? Butcher destacou aspectos da comunicação científica e da Ciência Aberta, as práticas que editores podem desenvolver para contribuir no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nos periódicos científicos. A terceira resenha, decorrente da palestra de Geoffrey Boulton, do International Science Council (ISC), abordou a Comunicação científica e a Ciência Aberta em suas múltiplas facetas: como comunicar de maneira rápida e eficaz os resultados da pesquisa científica, visando maior visibilidade e acesso a essas informações, e como os editores científicos podem contribuir para agilizar esse processo em suas publicações. Na sequência, sob o tema Compartilhando experiências na publicação científica, é apresentada a quarta resenha crítica referente ao Painel 1, com foco nos aspectos de gestão dos periódicos científicos, visando à profissionalização e à melhoria do fluxo editorial das publicações e, consequentemente, de sua qualidade. O Painel 2 abordou a temática Quem são os atores na divulgação científica e como interagem com as redes sociais? e foi retratado pela quinta resenha, que contém os dois relatos de experiências referentes ao uso de mídias sociais. O primeiro, focado na divulgação do periódico propriamente dito e dos artigos publicados. O segundo, expôs sua experiência com o uso da rede social Instagram para aumentar a visibilidade de suas pesquisas junto aos pares e à sociedade em geral. Sobre o Painel 3, articulado em torno do tema Ética na produção científica, apresentado no segundo dia do evento, a sexta resenha tratou dos aspetos relacionados à atribuição da autoria científica, sua relevância e suas falhas, apontando algumas ações como forma de promover a integridade nos artigos científicos. Por fim, discutiu a reprodutibilidade de dados nos artigos científicos, indicando a necessidade de ações proativas por parte dos editores e revisores, como forma de melhorar os manuscritos submetidos à publicação para melhorar a transparência em todo o processo científico, favorecendo a replicação de seus dados. O Painel 4 teve como tema Avaliação por Pares e seus desafios, sumariado pela sétima resenha, que assinalou aspectos éticos relacionados ao processo de avaliação por pares sob o ponto de vista de editores e avaliadores, destacando sua importância e os benefícios, além de citar suas limitações e dificuldades. Apontou a avaliação aberta como forma alternativa a ser seguida no contexto da Ciência Aberta. Por último, finalizando o painel, foi abordado o tema Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), temática emergente e de importância para os periódicos científicos, focado no porquê da incorporação dos princípios e apontando benefícios e ações que auxiliam os editores na implementação dessas diretrizes. A oitava resenha é sobre o Painel 5 com o tema Métricas: para onde vamos? Adentra o mundo dos estudos métricos da informação -métricas tradicionais e alternativas nos periódicos científicos e seus usos e abusos e navegando nas definições, objetivos, metodologias e nos questionamentos em torno da sua supervalorização. Prefácio ao reconhecimento da ABEC Brasil e dos editores brasileiros pelas instituições internacionais. Nossa mais recente conquista é que, agora, a ABEC Brasil é o Capítulo Brasileiro da European Association of Science Editors (EASE), uma comunidade internacional de editores de diversas origens, tradições linguísticas e experiências profissionais, que compartilha uma paixão pela ciência e comunicação acadêmica, edição e publicação. A EASE se relaciona com membros de todo o mundo e em todas as disciplinas afins. Este ano, foi aprovado o Capítulo Regional Brasileiro, pelo qual a ABEC Brasil passa a ser responsável, visando impulsionar o aprimoramento e a visibilidade dos periódicos brasileiros no contexto internacional. Enfatizamos também o grande sucesso da parceria da ABEC Brasil com o Council of Science Editors (CSE) na oferta do Programa de Certificação CSE/ProCPC, aos associados. Como resultado de um esforço acadêmico, acessível, aberto, conjuntamente à Asociación de Editoriales Universitarias de Colombia (ASEUC) e Asociación Uruguaya de Revistas Académicas (AURA), a ABEC Brasil está atuando também no lançamento da Associação Latino-americana de Editores Científicos (ALAEC), tendo apresentado a proposta de "Constituição da rede latino-americana de editores de revistas científicas", com descrição de objetivos, denominação, número de integrantes e distribuição geográfica dos conselhos Administrativo e Deliberativo. Sempre foi um desejo nosso promover uma integração na América Latina para discutir e disseminar assuntos relacionados à editoria científica. Quando lançamos a ideia, no evento promovido pela AURA, houve grande receptividade, e conseguimos atingir esse objetivo. A integração já é uma realidade e, agora, cabe a nós torná-la grande e abrangente. Temos trabalhado ainda com alguns países individualmente, como, por exemplo, Portugal e Paraguai, para fazermos uma parceria com essas nações, para desenvolver a editoria científica. Estamos aumentando nossa participação na Conferência Lusófona de Ciência Aberta (ConFOA), formada por representantes do Brasil, Portugal e Moçambique. Além disso, estamos trabalhando com a equipe SciELO na preparação do evento de comemoração dos 25 anos do SciELO no ano de 2023. Não podemos deixar de ressaltar o programa ABEC Educação, um sonho antigo que tornamos realidade, com cursos EaD para a formação e atualização Sigmar de Mello Rode da equipe editorial, produzido por profissionais experientes que, após concluído, fornecerá uma certificação própria. Quero expressar meus melhores agradecimentos a toda a comissão organizadora, que trabalhou durante este ano para os eventos da ABEC, na pessoa da Silvia Galleti, coordenadora do grupo. Eu parabenizo toda a diretoria, os Conselhos e aqueles convidados que trabalharam em prol da realização desses eventos. Agradeço também nosso staff, Nilson, Natasha, Renata, Renato e Roberto. Nós sugerimos metas e ideias, promovemos network, mas quem operacionaliza as atividades são eles, a quem eu dedico um carinho muito especial. Também junto a eles o nosso grupo de apoio, jurídico, contábil e de divulgação. Uma menção especial aos nossos patrocinadores:
Desenvolvimento Sustentável Nas Organizações: Programas Do Banco Do Brasil
Revista Competitividade e Sustentabilidade, 2014
Oeste. Atualmente, é assistente de negócios-Banco do Brasil S/A. RESUMO O desenvolvimento sustentável é fundamental para as organizações que devem ter ações conscientes sobre a redução de seus impactos ambientais e oferecer produtos e serviços para a sociedade com impactos ambientais que preservem as gerações futuras pensando do bem-estar da população no presente. O objetivo principal desse artigo foi identificar e analisar os programas de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil do ano de 2013. A metodologia foi exploratória de carácter descrito, analisando-se o caso Banco do Brasil, obtidos por meio de dados secundários de site, relatórios e documentos. Os resultados apontaram quais são os principais programas de desenvolvimento sustentável do Banco do Brasil e seus níveis de implementação em relação a produtos e serviços oferecidos a sociedade com caráter ambiental e social. As contribuições são tanto para o melhor entendimento do desenvolvimento sustentável na perspectiva organizacional e nas instituições financeiras, bem como no aprofundamento do constructo na área da administração.
Organizações de Economia Social: o que as distingue e como podem ser sustentáveis
2015
(Porto)-Junho de 2015 3.2. Subsector não mercantil da economia social Num outro trabalho produzido para o Comité Económico e Social da União Europeia (Chaves & Monzón, 2007) autores desta corrente designam o conjunto das empresas atrás definidas como sendo o subsector mercantil da economia social. A este acrescenta-se o subsector não mercantil da economia social assim definido: conjunto das organizações privadas, com organização formal, com autonomia de decisão, de adesão voluntária que produzem serviços não comercializáveis para as famílias e cujos resultados positivos, se existirem, não podem ser apropriados pelos agentes económicos que as criaram, que as controlam ou que as financiam (Chaves & Monzón, 2007, p. 20; a tradução é nossa). Os textos atrás referidos esclarecem o sentido destas características das organizações de economia social do modo que passamos a referir. 3.2.1. Organizações privadas Nesta abordagem as organizações de economia social, para o serem, têm que ser privadas o que aqui tem o mesmo sentido que institucionalmente separadas da Administração Pública na abordagem americana. 3.2.2. Organização formal Nesta abordagem as organizações de economia social, para o serem, precisam de ter uma organização formal o que aqui é entendido no mesmo sentido que na abordagem americana quando nesta se fala de organizações. 3.2.3. Autonomia de decisão Nesta abordagem as organizações de economia social, para o serem, precisam deter autonomia de decisão o que aqui tem o mesmo significado que autogoverno na abordagem americana. 3.2.4. Adesão voluntária Nesta abordagem também não há diferenças relativamente à abordagem americana no que respeita ao requisito de adesão voluntária dos membros das organizações aqui em questão.
Organizações e Sustentabilidade: Aproximações, Cooperação e Distanciamentos
Gestão.Org
Em geral, as organizações possuem grande representatividade social e contribuem para o desenvolvimento de um país. Assim, apresentam também potencial para contribuir com questões associadas à sustentabilidade. No entanto, em especial, as empresas privadas encontram dificuldades em associar discursos e práticas à luz de uma definição consistente da sustentabilidade. Este ensaio visa compreender a complexidade que há entorno da relação organizações e sustentabilidade e destacar o papel das organizações para o estreitamento dessa relação. Ressalta-se os desafios e possibilidades para a adoção da sustentabilidade em contexto organizacional, destacando os ganhos de uma mudança de paradigma para tanto. Ademais, compreende-se que as organizações contribuem para o acontecimento de práticas sustentáveis nas sociedade por possuírem capacidade de articular recursos que viabilizem tais práticas e também porque podem influenciar outras organizações e a sociedade a desempenhar ações nesse sentido.
No contexto internacional e nacional, as organizações da economia social são reconhecidas como um ator económico-social de grande importância para efeitos de coesão social e, nesse sentido, o estudo da sua sustentabilidade face à escassez de recursos assume uma relevância crescente. Este ensaio pretende analisar os principais contributos acerca da sustentabilidade financeira das organizações da economia social. Paralelamente, pretende compreender de que forma as organizações da economia social conseguem manter um equilíbrio socialmente inovador entre missão social e atividades de gestão económico-financeira assentes em princípios de governança tais como a legitimidade, eficiência e colaboração.
A Sustentabilidade das Microfinanças Solidárias
RESUMO O Sistema Cresol de Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária atua nos três Estados da região Sul do País e procura ampliar o alcance social da oferta de um conjunto variado de serviços financeiros. O trabalho procura entender quais são e como se formam os mecanismos sociais promotores e indutores da sustentabilidade de uma organização de microfinanças de proximidade solidária, geradora de impacto positivo na vida dos seus beneficiários. São estudados a estrutura e o funcionamento do Sistema Cresol e suas articulações, bem como os mecanismos utilizados pela organização para aumentar a capilaridade do crédito e de outros serviços financeiros. As redes constituídas em suas bases por agricultores familiares, têm participação direta ou indireta nas organizações sociais locais, fomentam as relações de confiança, reduzem custos de transação, e aceleram os fluxos de informação e a inovação. A virtude dessa rede social na qual se estabelecem as inúmeras relações entre indivíduos e organizações, bem como o desenho de programas que buscam atender às reais necessidades dos beneficiários, são ingredientes fundamentais para a sustentabilidade de um sistema de microfinanças de proximidade. Palavras-chave: finanças de proximidade, microcrédito, redes sociais, agricultura familiar.
Sustentabilidade e Serviço Social- Novos Paradigmas
Prof.ª Dr.ª EGLI MUNIZ, Prof.ª Dr.ª MARIA LÚCIA MARTINELLI, Prof.ª Dr.ª ELISABETE MELO RICO, que contribuíram de diversos modos, permitindo-me continuar e avançar na continuidade da Tese, caracterizando a oportunidade deste momento. À Faculdade de Serviço Social de Bauru, onde leciono há vários anos, que de forma direta contribuiu, incentivando a busca desse novo caminho. Aos gestores municipais engajados no Conselho Gestor das Áreas de Proteção Ambiental Municipal, que responderam à pesquisa, pelo efetivo compromisso demonstrado para com a gestão ambiental e sustentável da cidade de Bauru. À assistente social SUELI LIMA, minha ex-aluna, que participou e contribuiu comigo no momento da delimitação do universo dessa produção. Ao gestor ambiental empresarial, que foi o único a aceitar participar da minha pesquisa, contribuindo de maneira relevante no momento do levantamento dos dados empíricos.
Sustentabilidade a partir do envolvimento
Revista Paideia, 2012
Este artigo é uma versão atualizada de um dos capítulos da tese da referida autora, defendida em abril de 2011, intitulada Agricultura urbana: um elo entre ambiente e a cidadania. Trata-se, aqui, de uma versão cujo objetivo é revisitar a discussão em torno de conceitos e processos políticos relacionados à sustentabilidade.