Entrevista com o Professor Lauro Frederico Barbosa da Silveira (original) (raw)

Entrevista com o Professor Orlando de Barros (UERJ)

Revista Maracanan

Entrevista com o Professor Orlando de Barros (UERJ). Revista Maracanan, PPGH-UERJ, Rio de Janeiro, n. 30 - "80 anos da entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial: aspectos políticos, econômicos, culturais e regionais", maio-ago. 2022.

Entrevista com Professor Francisco Carlos Teixeira

ENTREVISTA R odeado de esculturas, pinturas, lembranças de viagens pelo mundo e livrosmuitos livros. É nesse ambiente pacífico e aconchegante que somos recebidos por Francisco Carlos Teixeira, ou simplesmente Chico Carlos. Antes mesmo de ligarmos os gravadores, a conversa já flui tranquilamente. Os temas principais são os livros, a mídia, as novas tecnologias, as fontes e o WikiLeaks -assuntos bastante caros ao criador do Laboratório de Estudos do Tempo Presente da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Apesar de estar recém-aposentado da universidade, o professor de História Contemporânea continua em atividade constante, seja pesquisando em arquivos pelo mundo (estava prestes a viajar para a Alemanha), seja participando de debates televisivos, orientando alunos ou concedendo entrevistas. Sempre perspicaz e por vezes polêmico, Chico Carlos respondeu paciente e brilhantemente às nossas questões, que com certeza esclarecerão os limites e possiblidades desse Dossiê, intitulado "Guerras, Conflitos e Tensões". Revista Cantareira (RC): Lembro-me de um livro recente que o senhor organizou e que traz um dado que o tema das guerras, especialmente da Segunda Guerra Mundial, são os temas em que há o maior número de publicações... Francisco Carlos Teixeira (FCT): A Segunda Guerra Mundial é o tema de História mais publicado no mundo, porque, enfim, os países que mais publicam livros -Rússia, França, Inglaterra, Alemanha, Itália, EUA, Japão -foram duramente envolvidos. As maiores editoras do mundo estão nesses países. Além de tudo, verdadeiramente mudou o mundo. Praticamente não há país que, de uma forma direta ou indireta não tenha se envolvido na guerra. Até mesmo o Brasil, embora não tenha sido tão direta, teve impacto. Então é o tema mais publicado em História. com Francisco Carlos Teixeira POR ERIC BRASIL NEPOMUCENO & GEFFERSON RAMOS REVISTA CANTAREIRA -EDIÇÃO 17 / JUL-DEZ, 2012 143 ENTREVISTA COM FRANCISCO CARLOS TEIXEIRA RC: Para os historiadores, para os estudiosos, diante desse tamanho número de publicações, a originalidade não se torna um desafio ainda maior? FCT: É. O problema da originalidade é grande, mas também tem uma coisa: como é um tema daquilo que nós chamamos do contemporâneo, o que muitas vezes é até chamada de História do tempo presente, embora aqui tenha uma discussão sobre essa temporalidade -o tempo presente -ele ainda está sobre controle de sigilo. Então na verdade, a primeira classificação dos documentos normalmente é 25 anos, depois 50 anos, alguns 80 anos, outros 100 anos. Por exemplo, estou pensando nos arquivos britânicos. Então, na verdade, a cada 20 anos você tem uma nova coleção de documentos que é colocado a disposição do historiador. E o historiador acaba revendo vários pontos. Então eu acho que até os 100 anos, os últimos documentos classificados americanos, franceses e ingleses vão ser [liberados para pesquisa] em 100 anos, então até 2039... Por exemplo, os famosos interrogatórios de Hess, por que ele pegou um avião e voo para a Inglaterra, o salto solitário de Rudolph Hess sobre a Inglaterra. Esses documentos nunca foram abertos. A cada 20 anos você ainda tem documentos novos. Mas também, quer dizer, e aí tendo dificuldade com essa coisa do documento oficial, eu continuo achando que a gente precisa ter cuidado com documento oficial, mas ainda tem uma outra coisa, quer dizer, a cada vinte anos chegou uma abordagem nova. A primeira coisa [abordagem] da Segunda Guerra Mundial que era muito o Estado e suas personalidades, de Hitler a Roosevelt, passando por

Entrevista com o Professor Ewerton Vieira Machado

Geosul

Entrevista com Ewerton Vieira Machado, professor aposentado do Departamento de Geociências, que teve importante papel na formação acadêmica e na orientação de vários estudantes de bacharelado, de licenciatura e de pós-graduação, na criação de laboratórios de pesquisa e de associações acadêmicas, na organização de eventos acadêmico-científicos, em coordenações administrativas e no desenvolvimento de ações para o fortalecimento do ensino de Graduação e de Pós-Graduação de Geografia na Universidade Federal de Santa Catarina. Nesta entrevista, ele conta um pouco de sua trajetória discente e docente, desde o começo de sua paixão pela Geografia, ainda em Aracaju, sua terra natal, sua vinda para Florianópolis e os desafios pessoais e profissionais ao longo de sua atuação na Geografia catarinense.

Entrevista com o Professor Franklin Leopoldo e Silva

Trans/Form/Ação, 2013

Clélia-O senhor poderia falar um pouquinho para nós da sua história de vida, da sua formação, de por que ter escolhido Filosofia? Franklin-A minha escolha pelo curso de Filosofia se deu no colégio. Quando eu fiz colégio, havia dois tipos de colegial, o científico, que era destinado às pessoas que iam fazer o vestibular em ciências naturais e exatas, e o curso clássico, que era destinado às pessoas que fossem fazer cursos de humanidades. Então, eu me dirigi ao curso clássico, uma vez que em princípio, no primeiro ano, eu tinha intenção de fazer História. Aí, ao longo dos três anos do colegial clássico, eu tive uma professora de Filosofia que acabou me convencendo e a outros da sala a fazer o curso de Filosofia. A minha escolha se deveu quase que inteiramente a essa professora, eu me lembro do nome dela, ela se chamava Dona Selênia, que nos entusiasmava muito com a Filosofia, tendo em vista a maneira como ela dava as aulas, dava o curso; saímos da aula assim com uma grande curiosidade em vários setores de Filosofia. Ela fazia a gente ler Platão, Kant, Heidegger, Sartre, e com isso a gente lia, não entendíamos muito, mas ia despertando assim uma curiosidade, um interesse muito grande e então resolvi que faria o vestibular para Filosofia. Então, eu realmente fiz e entrei em 1967 no curso de Filosofia da USP, que ainda era na Maria Antônia. O vestibular era específico naquele tempo, cada curso fazia o vestibular. O de Filosofia era então organizado desta forma: havia uma prova de línguas que era a tradução de um texto filosófico e uma prova de Filosofia, uma dissertação, uma pequena dissertação de Filosofia e, depois, um exame oral que constava também de temas de Filosofia e temas de cultura geral. Então, essas eram as provas que se fazia para entrar no curso de Filosofia. Eu fiz isso, passei no vestibular e entre 67 e 71 eu fiz o curso de Filosofia. Até o final de 68, na Maria Antônia, e depois até o final de 71 no campus do Butantã, para onde a Faculdade foi depois daqueles episódios do entrevero com o Mackenzie e aquela coisa toda

Entrevista com Alexandre Barbosa de Souza

Cadernos de Tradução, 2021

Alexandre Barbosa de Souza é escritor, poeta, editor e tradutor. Foi editor na Editora 34, na Cosac Naify e na Biblioteca Azul. É autor de Azul Escuro (Hedra, 2003), Autobiografia de um super-herói (Hedra, 2003) e Livro geral (Companhia das Letras, 2013). Traduz do inglês, francês e espanhol. Entre suas traduções pode-se citar: Moby Dick (Cosac Naify, 2008), de Herman Melville; A crônica dos Wapshot (Companhia das Letras, 2011), de John Cheever; Orgulho e Preconceito (Companhia das Letras, 2011) e Razão e Sensibilidade (Companhia das Letras, 2012), de Jane Austen; Alice através do espelho (SESI-SP, 2018); Só garotos (Companhia das Letras, 2018), de Patti Smith; Anne de Green Gables (Editora Nova Fronteira, 2019), de L. M. Montegomery.

Entrevista Rodrigo Barbosa e Silva, Stanford University

2020

Rodrigo Barbosa e Silva e daqueles que promovem rapidamente uma reviravolta na cabeca de seu interlocutor mais proximo, defendendo pontos de vista com argumentos bastante convincentes - especialmente quando se trata de Internet das Coisas, Inteligencia Artificial e outras formas de alta tecnologia. Paranaense, doutor em Tecnologia pela UTFPR, e pos-doutorando pela Stanford University, no Vale do Silicio, o coracao americano da Inovacao e da Transformacao Digital. Em seu curriculo, apresenta-se como membro de um grupo essencialmente inovador, o Lemann Fellows, e tem interesse ‘no desenvolvimento de uma industria de informatica nacional e na formacao intelectual autonoma da populacao brasileira’. A partir de sua residencia em Palo Alto, na California, falou com exclusividade a Comunicacao, Cultura e Sociedade. Nas linhas a seguir, desmistifica tambem alguns pensamentos totalizantes que por vezes surgem, como a ideia de que a midia Papel esta morrendo. E apresenta caminhos possiveis pa...