O ativismo digital (original) (raw)
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Fundação Perseu Abramo, 2016
Vivemos tempos em que todos são atores em potencial da ação polí-tica digital, bastando que se identifiquem com uma causa. A militân-cia passa a ser organizada por meio de fóruns, grupos de discussão e passeatas, de modo ágil. Com a câmera de um celular e um notebook qualquer um pode, em tempo real, fazer denúncias, reivindicações, registrar atos públicos, enfim, ser provedor de conteúdo político. Quem se sentir ofendido dirá diretamente ao ofensor, em seu perfil on-line, o que lhe incomo-da. Agora todos somos uma nova mídia, com blogs, canais de vídeo, podcasts e mesmo com comentários em endereços oficiais.
Ativismo no jornalismo alternativo digital
Resumo: O trabalho traz a discussão sobre o conceito de jornalismo alternativo e o que pode ser utilizado em dias atuais quando o advento da Internet reconfigura as relações sociais e comunicacionais. Além disso, discute o conceito de netativismo e suas produções na mesma ambiência virtual. Esses dois conceitos são confrontados na na análise de dois sites que se autonomeiam de jornalismo alternativo: Barão de Itararé e Caros Amigos, utilizando-se como recorte as produções de julho de 2015 por meio da tematização midiática proposta por Alsina. Entre os resultados percebidos é possível ver uma aproximação prática entre os dois conceitos. Abstract: This work discusses the concept of alternative journalism and how it can be used today where the advent of the Internet has reconfigured social relations and communication. Furthermore, it discusses the concept of netactivism and its productions in the same virtual enviroment. These two concepts are compared in the analysis of two sites that claim to produce alternative journalism: Barão de Itararé and Caros Amigos. The decision was to only analize the articles from July 2015 using media thematisation proposed by Alsina. Among the perceived results it is possible to see a practical approach between the two concepts.
Juventude, pandemia e ativismo digital
International Journal of Scientific Management and Tourism
O artigo aborda os problemas emergentes para a juventude no contexto da pandemia de Covid-19 e como têm sido tematizados, tendo como objetivo identificar e analisar sua atuação e repertórios de ação coletiva mobilizados, com ênfase no ativismo digital. Como ponto de partida, realiza-se uma breve revisão sobre movimentos sociais, repertórios de ação coletiva e ativismo digital. A metodologia empregada envolveu levantamentos documentais e de dados secundários, bem como a realização de entrevistas em profundidade com jovens ativistas representantes no Comitê Gestor do Centro de Referência da Juventude de Belo Horizonte e em outras instituições participativas. As principais constatações proporcionadas pela pesquisa referem-se às lacunas e déficits de atuação do Estado em relação às políticas para a juventude, bem como à fraca articulação entre Estado e sociedade civil. As iniciativas da sociedade civil buscam suprir tais lacunas, mobilizando diferentes repertórios de ação, incluindo o a...
Ativismo digital no Brasil contemporâneo
Brazilian Journal of Development, 2020
Este artigo busca compreender o papel das novas mídias na formação de redes de indignação, a partir de reflexões sobre o ativismo digital no Brasil contemporâneo. Metodologicamente, foi feito um debate sobre ciberativismo e grupos de pressão nacionais a partir de dois exemplos, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua (VPR). A temática é importante por abarcar desafios da comunicação, uma vez que a área enfrenta mudanças significativas nas últimas décadas, com o desenvolvimento de mídias interativas e a convergência tecnológica.
Jornativismo: CMI e o ativismo online
Aurora Revista De Arte Midia E Politica Issn 1982 6672, 2008
Resumo: O artigo discute as formas de comunicação do coletivo Independent Media Center, o Indymedia, criado em 1999 para realizar a cobertura jornalística dos protestos contra a Organização Mundial do Comércio, em Seattle, Estados Unidos. Parte do pressuposto de que configura um dos aspectos do chamado ciberativismo, uma vez que combina produção de informação e intenções de mobilização política no ambiente da internet. A análise encontrou, então, um tipo de jornativismo, uma linguagem híbrida que não só informa como também forma. Pelas características apresentadas no website do coletivo, o artigo também questiona o conceito de alternativo, já que os ativistas mantêm grande parte das convenções da linguagem jornalística padrão. Assim, essa comunicação foi entendida como mídia ativista, levando em conta as suas contradições, suas inovações e suas manifestações empíricas.
Bolhas sociais: ativismo em ambientes digitais
Entrevista minha para o Saiba Mais, projeto dos estudantes de jornalismo da PUC-Campinas. Nela falo sobre o ativismo nos dias atuais e a necessidade de se criar diálogos dentro e fora das redes.
Ativismo digital e valores democráticos
Estudos de Sociologia, 2021
Political participation is one of the pillars of democracy and, throughout the past decades, Political Science has argued about increasing citizens’ participation within the political process, focusing on a qualified inclusion based on dialogue and information. The rise of the Internet and social media has become a popular participation tool. Nonetheless, “digital activism”, assumes different characteristics, becoming a puzzle for scholars. Would digital participation be a “qualified” one? This study contributes to answering this question. Using the 2018 Americas Barometer, we created an indicator of the digital activism intensity in Brazil and tested its determinants as well as its effects on social and democratic values within the Brazilian electorate. The results indicate that digital activism has no significant relationship with supporting democracy or tolerance for minorities but maintains a negative relationship with tolerance for those who think differently politically.
Hacktivismo e ativismo digital na sociedade da informação
Revista Eletrônica Direito e Sociedade - REDES, 2016
Resumo: Este artigo tem o objetivo de analisar o conceito dehacktivismo, suas diferenças em relação ao ativismo digital e aos crimes cometidos nos meios digitais. Busca-se ainda analisar sua possível aproximação com as práticas de desobediência civil. Foram utilizados textos acadêmicos, bem como relatos de participantes do hacktivismo e do ativismo digital, para delinear a área de atuação de cada movimento. Este texto discute como o ativismo hacker e o digital, apesar de semelhantes, possuem diferenças essenciais, tornando-os movimentos distintos. Também foi analisada a abordagem da mídia tradicional ao tratar manifestações políticas legítimas como crimes, apesar das semelhanças apenas ocorrerem nas técnicas empregadas. Através dessa distinção, poderão os operadores do direito de forma mais precisa classificar a espécie de ação exercida, evitando assim abusos e injustiças contra os ativistas.
Net-ativismo e plataformas digitais em contexto pandêmico no Brasil
Lumina
O presente artigo pretende realizar uma análise inicial do papel desempenhado pelas plataformas digitais no enfrentamento à Covid-19 em comunidades periféricas do Brasil em um contexto de disputas de narrativas e ausências de ações e diretrizes governamentais coordenadas. A partir da discussão sobre “net-ativismo” e plataformização, buscou-se compreender como as plataformas, junto às infraestruturas existentes pré-pandemia, auxiliaram nas mobilizações coletivas e auto-organizadas contra o novo coronavírus, possibilitando a constituição de formas de participação e de ativismo com a colaboração entre entidades humanas e não-humanas de maneira alternativa às ações estatais. Para isso, a pesquisa centrou-se no estudo de caso de dois ecossistemas formados pela sociedade civil nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro (primeiras cidades no país a registrarem casos da infecção do vírus): a campanha “Maré diz NÃO ao Coronavírus”, iniciativa da Redes da Maré, no Rio de Janeiro, e as articula...