África e os africanos em textos e imagens da Revista Eu Sei Tudo (1917-1958) (original) (raw)
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Esta pesquisa objetiva analisar imagens e textos relativos ao continente africano e à sua população, veiculados na revista ilustrada Eu Sei Tudo, publicada entre os anos de 1917 e 1958. A hipótese é a de que esse periódico contribuiu para a difusão de estereótipos relativos à África e aos africanos, especialmente quando se considera que, naquele momento, esse tipo de impresso recebia expressivas influências das publicações europeias. Neste sentido, buscou-se verificar se houve preponderância das ideias de modernidade e civilização europeias e se a revista, naquele período, fez circular uma visão eurocêntrica de mundo. A periodização proposta nesta pesquisa considera os quarenta e um anos de edição da revista Eu Sei Tudo no Brasil, período que envolve processos importantes relativos às discussões no país acerca das teorias eugenistas, às inovações tecnológicas que possibilitavam a impressão desses periódicos em larga escala; a inserção de um grande número de fotografias e ilustrações ainda maiores nos mesmos; e ao o processo de independência de parte significativa dos países africanos. Palavras chave: África. Africanos. Representação. Revistas Ilustradas.
Africanidades, corporeidade e opacidade nos primórdios da história da imprensa ilustrada
Cadernos de Pesquisa do CDHIS
Este artigo se propõe a analisar parte específica da produção da imprensa ilustrada na Bahia, especialmente do jornal A Coisa (1897-1904), o caráter de seus textos com temáticas africana e afro-brasileira, pensando a autoria organizada por grupos de redatores amigos com propósitos ideológicos consonantes à segmentação impulsionada por países como a França e os Estados Unidos. Ao perceber a efetiva atuação de Arthur Arezio da Fonseca, redator e caricaturista negro, assim como a presença de nomes e estereotipia produzidos por e sobre africanos e seus descendentes, interessei-me por analisar como a temática das africanidades e da corporeidade étnica se deu de forma comprometida e distanciada, de modo a contribuir para a opacidade ou visibilidade de determinados padrões na imprensa ilustrada produzida na Bahia.
Sobre penteados e cabelos africanos: visões eurocêntricas nas páginas da Eu sei tudo (1917-1929)
Oficina do Historiador, 2017
Este artigo analisa imagens e textos relativos às mulheres africanas, publicados na revista ilustrada Eu Sei Tudo entre os anos de 1917 e 1929. A hipótese desenvolvida é a de que este periódico contribuiu para a difusão de representações e estereótipos da cultura e das mulheres africanas, especialmente quando se considera que esta revista, originalmente francesa, era produzida no Brasil a partir dos exemplares que circulavam naquele país. Buscou-se, então, dar enfoque à maneira como a revista e o almanaque Eu Sei Tudo, publicado anualmente entre 1921 e 1958, veiculavam ilustrações e informações sobre os cabelos das mulheres africanas. Neste sentido, conclui-se que preponderou nesse periódico uma visão eurocêntrica de mundo, a partir da qual eram apresentadas ideias de modernidade e civilização que, frequentemente, tinham nos modos de tratamento da África e dos africanos o seu oposto.
Quadrinhos a partir de África(s)-Dossiê completo
Revista África(s), 2021
Grupo de Estudos África do Século XX-História do Tempo Presente (UNEB/UNILAB) É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa da Editora. Todos os direitos reservados ao Núcleo de Estudos Africanos e ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Africanos e Representações da África da UNEB. Sem permissão, nenhuma parte desta revista poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados.
A História Da África Que O Livro Não Conta
2016
O artigo com o tema A historia da Africa que o livro nao conta, tem como objetivo compreender como a tematica das relacoes etnico-raciais esta sendo apresentada no livro didatico de uma escola particular em Salvador. Analisamos como o livro didatico trata as questoes culturais do povo afrodescentes. Traz como categorias identidade, pertencimento cidadania e exclusao. Referencial teorico Ivo Tonet (2005) com uma abordagem filosofica, historica e ontologica, e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educacao das Relacoes Etnico-Raciais para entender as especificidades culturais do povo negro e Freire (1993) por ser necessaria a construcao de uma escola mais humanitaria e tem como concepcao a educacao como elemento para a formacao do cidadao. Embasamento metodologico trata-se de uma pesquisa qualitativa com metodo de coleta de dados a analise documental, tendo como autores Ludke e Andre (2012).A conviccao de que as imagens trazidos nos livros precisam ser revistas em nome de uma r...
A África nos livros didáticos de geografi a de 1890 a 2004
Ce texte est un résumé de thèse en cours. L’aspect temporel travaillé a été l’introduction des contenus africains dans les manuels de géographie en 1890, à travers la modifi cation éducative Benjamin Constant jusqu’à l’accomplissement obligatoire du contenu du continent africain, dans le curriculum de base en 2003 en accord avec la loi 10.639/03. L’analyse est divisée en cinq; avec le choix d’un livre didactique par période, en priorisant ceux qui ont atteint la plupart des élèves selon le Ministère de Education (MEC), dans un total de cinq oeuvres. Notre but est de débattre la manière dont ce continent a été publié dans la matière écolière de la géographie dans les livres didactiques. L’hypothèse du travail est que le contenu africain est traité depuis toujours selon la domination territoriale impérialiste. Ainsi, l’auteur croit que l’affrontement de ces questions puisse contribuer pour mieux problématiser le contenu géographique de l’Afrique au Brésil.
Este artigo busca descrever as representações contemporâneas do Continente Africano através de notas sobre filmes e anúncios cinematográficos entre os anos de 1950 à 1954 no jornal carioca Correio da Manhã. Essas matérias e propagandas sobre filmes, que expressam imaginários da África, simbolizam retratos cotidianos sobre um continente alvo de um processo histórico de estigmatização e preconceito formulado por estrangeiros. A criação desses preceitos sobre africanos será problematizada ao longo do texto, enquanto uma ferramenta de depreciação das culturas e sociedades da África pelos veículos de imprensa brasileiros.
Notícias Sobre a África Representações Do Continente Africano Na Revista Veja (1991-2006)
Afro-Ásia, 2008
Este trabalho contou com o apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Esta é uma versão parcial de capítulo da minha Tese de Doutorado: "Lições sobre a África: diálogos entre as representações dos africanos no imaginário Ocidental e o ensino da história da África no Mundo Atlântico (1990-2005)", apresentada ao