MEDO E OUSADIA (original) (raw)

Este livro foi feito da seguinte forma: primeiro, Ira propôs um livro-diálogo em Amherst em fevereiro de 1984, onde Paulo fazia uma residência na Universidade de Massachusetts. Nos reunimos novamente em Ann Arbor, em março, e em Nova Iorque, em maio, para repassar a agenda das questões sobre as quais falaríamos. Depois, em julho, nos reunimos em Vancouver, onde Paulo ministrava um seminário sobre Educação Adulta, na Universidade de British Columbia. Em Vancouver falamos durante oito dias em sessões que duravam três horas cada uma, gravando as conversas. Ira levou as fitas para Nova Iorque e preparou a transcrição. Nos reunimos novamente durante dois fins de semana em Amherst, em fevereiro e março de 1985, para editar o manuscrito e gravar algumas coisas mais. Depois disso, Ira esboçou uma transcrição, e nos encontramos duas vezes, em julho de 1985, em Massachusetts, para terminar de editar o manuscrito. Gostaríamos de agradecer a algumas pessoas que nos ajudaram a fazer este livro. Em Vancouver, Paz Buttedahl nos cedeu preciosamente o espaço para fazer as gravações enquanto o seminário que ela organizava com Paulo transcorria. Yam-Tow Shamash, da U niversidade de British Columbia, nos socorreu com fitas, um gravador profissional e cópias, feitas durante a noite, das fitas que terminavam. Herb Perr, de Hunter College, foi nosso fiel homem do som durante as gravações. Ya-Ya Andrade, da Universidade de British Columbia, nos ajudou nas traduções do português durante as sessões. Cynthia Brown, Nan Elsasser, Patrícia Irvine, Frances Goldin e Arthur Haznin, também, leram rascunhos da transcrição e nos auxiliaram imensamente com suas críticas. Ira Shor / Paulo Freire. Setembro de 1985. * Devido à riqueza da palavra empowerment, que significa A) dar poder a, B) ativar a potencialidade criativa, C) desenvolver a potencialidade criativa do sujeito, D) dinamizar a potencialidade do sujeito, manteremos a palavra no original e em grifo. IRA. O ceticismo e o olhar crítico, o envolvimento apaixonado com a aprendizagem... a motivação de saber que você está descobrindo novos territórios. O professor precisa ser um aprendiz ativo e cético na sala de aula, que convida os estudantes a serem curiosos e críticos... e criativos. PAULO. Exatamente! E outra questão é que quando separamos o produzir conhecimento do conhecer o conhecimento existente, as escolas se transformam facilmente em espaços para a venda de conhecimento, o que corresponde à ideologia capitalista.