As conquistas militares de Otaviano na numismática (original) (raw)

Ontologia Informacional e a Neblina de Guerra

O presente artigo busca apresentar referências acerca da produção intensificada da informação na modulação ontológica do real, da verdade e da percepção de mundo. Através da intensidade veloz e de controle das máquinas de produção e organização, no que podemos apontar como capitalismo informacional, procura-se acompanhar mudanças constituintes de uma engenharia social como categoria de um espírito de época, inerente à fase avançada do capitalismo maquínico: financeiro, midiático e semiótico. A profusão constante de informações acaba por transbordar e saturar o campo racional de percepção da realidade em estratégias de marketing dirigido, fragmentando o campo social em bolhas de administração e vigilância, constituindo uma neblina de guerra de dissimulações, o que apontamos junto ao jornalista Pepe Escobar como ‘Império do Caos’. Operações de mudanças de regime, terrorismo de marketing, revoltas populares cooptadas como as chamadas ‘Revoluções Coloridas” e ataques especulativos financeiros constituem algumas das estratégias de guerra que vão além da força física militar, tido nos manuais de inteligência como “Full Spectrum Dominance” do autor William Engdahl. A intensificação tecnológica é referida em certa literatura como um ‘aceleracionismo’, produzindo mudanças além da agência política humana; dobra-se de sua instância ontológica como ferramenta positiva para processos neguentrópicos, sintanatos e viro-técnicas como indica Nick Land, em autofagia social e permanente estado de guerra (ciber-guerra: informacional, financeira e semiótica). Posteriormente iremos indicar como uma Ética-Hacker (desenvolvido na dissertação de mestrado pelo proponente “Devir-hacker: empirismo, ética e ontologia na era informacional”, 2017) se contrapõe como construção coletiva à questão da Vigilância, uma contra- vigilância distribuída e informação estratégica, aprofundando aí o conceito de competência (tecno) informacional, experimental e criativa de novas formas de produção e sensibilidade. Delimitar essa disputa onde o poder investe em capturar fluxos de informação, linguagens, símbolos, comunicação, afeto e valor consiste também em ‘hackear’ a partir de um caráter de experimentação processual como descoberta das multiplicidades e atividades criadoras do pensamento e em estratégias contra- hegemônicas.