Escravidão e familia escrava na Zona da Mata Mineira oitocentista (original) (raw)

família escrava na região central da Zona da Mata mineira

Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, 2020

A formação dos laços familiares entre os escravos foi de vital importância para o fortalecimento de grupo, pois puderam reverter suas relações em ganho, construir espaços de sociabilidades, podendo ampliar os limites de sua unidade familiar. A fim de aprofundar no tema, o objetivo desse trabalho é analisar o perfil familiar dos escravos na freguesia de São Paulo do Muriahé, no século XIX, região marcada por forte presença de filhos ilegítimos e padrinhos livres, e ainda entender como foi organizada as redes de sociabilidades dos escravos com os demais grupos. As fontes utilizadas serão os registros de casamentos e batismos, além das listas de matrículas de escravos e o censo de 1872.

Famílias Senhorias, Estratégias De Manutençao E/Ou Ampliaçao De Posses Em Escravos: Zona Da Mata Mineira, Século XIX

2008

Este trabalho pretende analisar a questão da reprodução escrava no decorrer do século XIX por meio do estudo de caso de três famílias proprietárias de cativos do Distrito de Santo Antonio do Paraibuna, localizado na Zona da Mata Mineira. Constatam-se diferenças de estratégias entre um senhor e outro. Nota-se que até a primeira metade dos oitocentos optou-se pelo incremento das posses por meio do tráfico atlântico, já na segunda metade, a manutenção e/ou ampliação se deu com a reprodução natural e o tráfico interno. Entretanto, o tráfico (externo ou interno) e a reprodução natural dos escravos parecem não ter sido excludentes. Palavras-chave: famílias senhorias, tráfico de escravos, reprodução natural. Sessão temática: H2-Família e cotidiano em Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX

Escravidão e propagação do trabalho escravo: heranças na região sudoeste.

Resumo:No presente trabalho, demonstra-se a necessidade de aproximar o tema escravidão, e realizar as adequadas amarras histórico-sociais para assim poder compreender os problemas atuais objetivos do trabalho escravo contemporâneo, não apenas como fatos históricos isolados, mas com sua devida inserção na complexa instituição escravista, e fazer a devida localização e reconhecimento dos sujeitos históricos.

Escravidão no Brejo Paraibano: A formação de famílias escravas na Alagoa Grande Oitocentista

Revista de História Bilros, 2016

A historiografia oficial, propagada pelo Instituto Histórico e Geográfico Paraibano – IHGP, buscou diminuir a presença negra no interior da Paraíba, afirmando que esta população ficou restrita ao espaço litorâneo. O presente artigo, contrariando essa visão propagada pelo IHGP, busca evidenciar a presença negra no brejo paraibano, enfocando a formação de famílias escravas na cidade de Alagoa Grande oitocentista. Nesse sentido esse recorte, situado no contexto do enfraquecimento da instituição escravista, contribui com a historiografia sobre a escravidão paraibana e na cidade de Alagoa Grande, esta última até então inexistente. Resgatando histórias de vida de pessoas que, mesmo estando situados no mesmo espaço-tempo, vivenciaram a escravidão de formas distintas, constituíram famílias e enfrentaram as situações da vida de forma adversa, busco demonstrar a complexidade das relações sociais que foram tecidas na sociedade escravista brasileira, ampliando as noções antagônicas de senhor (branco) e escravizado (negro), que permearam por determinado tempo a historiografia paraibana sobre a temática.

Família escrava em Mato Grosso nos melhores engenhos cuyabanos. Chapada dos Guimaraes-1798-1820 (Investigaçao em curso)

1999

A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso.

Protagonismo de mães escravizadas na hora da partilha: fragmentação familiar e manutenção de vínculos parentais na zona da mata da Paraíba oitocentista

IV Congresso Internacional de História, 2009

A produção do conhecimento histórico sobre a escravidão no Brasil passou por intensa renovação nas últimas décadas i , no que se refere à área da família de escravizados, essas mudanças advêm, principalmente, de estudos desenvolvidos por pesquisadores estadunidenses, tendo como precursores Eugene D. Genovese (1988) e Herbert G. Gutman (1976), que se colocaram contra uma imagem consagrada pela historiografia, segundo a qual os escravizados eram seres inertes, com famílias desestruturadas, ambos buscaram, de forma diferenciada, mostrar que mulheres e homens escravizados eram sujeitos/agentes de suas histórias e que seus familiares foram importantes nas suas relações sociais. No Brasil, as pesquisas pioneiras de Slenes (1988, 1990) contribuíram para formação de um campo de estudo que hoje dispõe de uma vasta produção, apoiada em extensa pesquisa documental, na qual os/as historiadores/as passaram a reavaliar o parentesco de mulheres e homens escravizados, mostrando que, apesar dos limites sociais e a violência imposta pelo sistema

Compadrio e Escravidão na Bahia seiscentista

Afro-Ásia, vol. 50, 2014

A partir do estudo do compadrio em quatro paróquias rurais na Bahia, entre 1613 e 1700, são examinadas as especificidades do período de consolidação da escravidão na principal capitania açucareira do Estado do Brasil. Por meio de uma análise quantitativa, demonstra-se a reduzida relevância demográfica dos forros, o prestígio de pardos e mulatos dentro do próprio cativeiro e a raridade do matrimônio oficializado pela Igreja Católica, em comparação com outras regiões e períodos. Por outro lado, também são realizados estudos de caso, de modo a atentar para o envolvimento - direto ou indireto - das elites no compadrio com os cativos: tais momentos podiam servir, por exemplo, para ampliar a rede de relações dos maiores potentados com livres subalternos - que, por sua vez, buscavam ascender socialmente.

Escravidão contemporânea na zona rural brasileira: um reflexo de 300 anos de escravidão

2019

Traditional slavery experienced in the nineteenth century still has its reflexes in the twentyfirst century. Working conditions analogous to slavery still persist, tracing an abusive reality of human labor, not only in Brazil, but also around the world. The objective of this study is to characterize modern slavery in Brazil’s countryside and to allow a realistic view of the working conditions in the country. Briefly, this article uses secondary data from blogs and judicial information to characterize the working conditions analogous to slavery in Brazil’s countryside. It is believed that the observed working conditions do not constitute an exception to the reality of the Brazilian worker and, even less, a sign that there is an efficient body responsible for their punishment, for this reason, the theme addressed remains current and of great relevance to characterize the labor conditions in Brazil. Thus, common characteristics were listed in most of the observed cases. The results sho...