Como Problematizar as Violências De Gênero Na Educação Infantil? Uma Proposta Em Discussão (original) (raw)
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Reflexões Acerca Da Violência De Gênero No Ambiente Escolar
Revista de Pesquisa Interdisciplinar
O recorte que o texto em tela faz é a apresentação das primeiras etapas de uma pesquisa em andamento na Universidade do grande Rio – UNIGRANRIO intitulada “Um Estudo de Caso sobre a Violência de Gênero em uma Escola Municipal na Baixada Fluminense”. O estudo tem como objetivo principal diagnosticar qual a percepção que os estudantes do CIEP 200 - Recanto dos Colibris, localizado na cidade de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro tem sobre a Violência de gênero. O estudo realizado teve como metodologia o levantamento de dados quantitativos realizados com alunos da referida escola. O resultado da aplicação de questionário mostrou que a maior parte dos estudantes acreditam que a criação da Lei Maria da Penha tem um papel importante no combate e prevenção à violência de gênero.Palavras-chave: Educação; Gênero; Violência
Revista da FAEEBA, 2023
Considerando que a violência de gênero participa das diferentes formas de violência escolar, o presente ensaio é dedicado a uma discussão sobre as especificidades da violência de gênero e sobre o modo como este tipo de violência participa das relações escolares. Em uma perspectiva teórico-crítica, a escola e as pessoas que dela participam exercem um papel importante na mediação entre a violência social e a violência escolar, impedindo, produzindo e/ou reproduzindo em seus espaços também a violência de gênero. Dialogando com estudos anteriores sobre o bullying e o preconceito, enquanto formas conhecidas de violência escolar, analiso alguns dos aspectos psicossociais envolvidos na violência de gênero, tarefa que envolve uma necessária crítica das representações ideológicas de gênero e de suas imagens de controle. Espero, com estas reflexões, contribuir para uma melhor compreensão da violência escolar de gênero e seu campo de estudos.
Enunciações sobre gênero na Educação Infantil em tempos de conservadorismo
Revista Diversidade e Educação , 2020
Este artigo discute narrativas de professoras regentes em atuação na educação infantil, problematizando se os efeitos performativos da enunciação “ideologia de gênero” afetaram (ou não) o trabalho docente com a infância. Deste modo, nos fundamentamos nos estudos de gênero pós-estruturalistas, principalmente com as autoras Butler, Scott, Finco, Felipe e Paechter. A produção de narrativas com as docentes pautaram-se pelos princípios de Arfuch, na operacionalização de entrevistas dialógicas. Entre os resultados, as professoras enunciaram incertezas no entendimento do conceito de gênero e apontaram a ausência de discussões sobre o tema na formação inicial, porém, interviam em situações que emergiam no cotidiano. Consideramos que, de certa forma, as professoras resistem ao conservadorismo imposto nesses tempos, mesmo que por vezes sejam também afetadas por ele
Pode Falar sobre Gênero na Escola
Quando LGBTs invadem a escola, 2020
O texto que explica o que significa, afinal, “gênero”, qual a utilidade desse conceito para a educação escolar e por que tantas pessoas têm medo de que essa palavra seja usada na escola. O capítulo integra o livro digital QUANDO LGBTs INVADEM A ESCOLA E O MUNDO DO TRABALHO, publicado pela editora da UNIRIO.
Gênero Na Educação Infantil: (Des)Caminhos De Uma Política Pública Não Consolidada
Revista de Ciências Humanas, 2018
RESUMO O presente artigo é resultado de pesquisa cujo foco principal foi conhecer como a Educação Infantil lida com as relações de gênero no município de Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais. Com esse propósito, o estudo contou com procedimentos metodológicos combinados, na forma de buscas bibliográficas, documentais e também entrevistas com professoras da rede, representantes da Secretaria de Educação e mulheres integrantes da equipe da Coordenadoria de Políticas Públicas Casa da Mulher. O debate desses dados, com referenciais feministas e com a atual conjuntura política, é rico pois o momento aponta para a retirada do tema gênero dos Planos Nacionais e Municipais de Educação, ao lado da forma historicamente ausente ou precária com a qual a rede de ensino aborda a questão. Todo esse contexto pode significar descompasso entre os anseios democráticos e a Educação das crianças pequenas, uma vez que a censura de discussões junto às crianças rompe completamente com as prerrogativas constitucionais que reconhecem a criança como cidadã. Tal cenário se traduz em mais um desafio para as políticas voltadas à criança. Esta torna a ser, de maneira ultrapassada, vista como incapaz de lidar com debates voltados à sua própria realidade social e ao cotidiano de outras pessoas com as quais convive. Assim sendo, se colocam em xeque tanto os posicionamentos políticos referentes às variadas concepções de infância presentes na formação inicial e continuada de professores/as quanto o reconhecimento social que as múltiplas infâncias têm nas variadas searas da sociedade brasileira.
Gênero e Sexualidade Na Escola: Rastros Culturais Que Dificultam O Debate
Educação, inclusão e Diversidade: Abordagens e experiências, Volume 1
A inclusão de debates que envolvam questões sociais, dentre elas as questões de gênero e sexualidade, é uma necessidade latente dentro da sala de aula, com o fim de haver reflexões que ao serem geradas livrem o ambiente escolar de preconceitos, da cultura do machismo, da soberania entre corpos e da violência. O presente artigo tem como objetivo analisar os rastros culturais que dificultam os debates sobre gênero e sexualidade na escola. Para tal, a metodologia utilizada na pesquisa foi um levantamento bibliográfico e documental em plataformas, revistas, periódicos, onde foram consultados autores que estudam sobre o assunto, fazendo uma ligação com experiências pessoais e conectando às questões corporais e culturais da sociedade e de cada indivíduo. O assunto é bastante delicado e gera constrangimento não só para os alunos, mas para os professores que deveriam estar preparados para inserir os temas em sala de forma natural, utilizando-se da escola como grande aliada, onde o diálogo é o meio mais eficaz no combate as desigualdades de gênero e de sexualidade. É necessário criar o hábito de debater temas tão sensíveis, entretanto deve haver uma preocupação com a formação dos professores para que estes não despejem suas crenças e questões culturais sobre alunos e os impeçam da possibilidade de criar suas próprias percepções. Somente desta forma, trabalhando a comunicação com toda a comunidade escolar, fortalecendo a educação baseada na igualdade e no respeito, é que mudanças significativas poderão ser compartilhadas. A cultura a ser implantada e difundida é o respeito às diversidades.
Leituras e Discussões De Gênero Na Escola
Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, 2019
Apresentamos uma experiência de trabalho com a temática de gênero em uma escola pública da Educação Básica, em Irecê, interior da Bahia. Inicialmente, trazemos um tópico teórico, no qual exploramos problemas de gênero, que persistem em salas de aula e corredores escolares; mostramos alternativas para que tais questões sejam dirimidas e ancoramos nossa discussão em autoras como Joan Scott, Guacira Louro e Jane Felipe, considerando gênero enquanto uma categoria necessária e útil para análise em programas escolares. Em seguida, apresentamos o desenvolvimento das atividades e justificamos a necessidade de se discutir gênero na escola, diante de casos de machismo que ainda vêm ocorrendo na escola e nos lugares de convívio dos/as estudantes. Palavras-chave: Educação. Gênero. Mulheres.