OUVIR O CHÃO QUE SE PISA: UMA MIRADA SOBRE OBRA “TERRA FÉRTIL” (original) (raw)

A TERRA TREME NO HAITI: A NARRAÇÃO SEQUENCIADA NA COBERTURA PELO JORNAL NACIONAL

Extraprensa (USP), 2011

A narração sequenciada consiste na atuação mais enfática do repórter de televisão no cenário onde se desdobram as cenas de um acontecimento. Tal técnica de relato jornalístico foi amplamente utilizada na cobertura do terremoto que atingiu o Haiti em janeiro de 2010. O presente artigo analisa matérias produzidas nesses moldes para o Jornal Nacional, o telejornal de maior audiência no Brasil, pelos enviados especiais da Rede Globo ao país Lília Teles e o cinegrafista Luiz Cláudio Azevedo. Nosso objetivo é traçar um panorama contendo as possibilidades e limites da narração sequenciada enquanto técnica de relato telejornalístico.

Resenha de "TERRAS, FLORESTAS E ÁGUAS DE TRABALHO"

U m dos posicionamentos mais pertinentes dessa tese de doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará, de Antonio Carlos Witkoski, é a defesa dos conhecimentos dos camponeses amazônicos em relação aos usos da floresta e da terra, além do respeito aos ciclos das águas. Além da própria crítica feita à degradação imprudente que ocorre em grande escala nessa região.

Uma possível leitura do poema TERRA, de Décio Pignatari

REVISTA INTERIN, 2012

Meu objetivo aqui, como pesquisadora e docente, é integrar-me à homenagem a ser prestada, por ocasião do 16º. Encontro COMPÓS, ao mestre/amigo Décio Pignatari, no ano em que comemora seus 80 anos. Decidi, portanto, fazer o que tenho feito, com interesse sempre intensificado, nas últimas décadas: analisar um poema visual como um processo de comunicação, no qual os signos se inter/intra/relacionam, de forma radical. Escolhi, como objeto deste estudo, um dos mais instigadores "seres de linguagem" já produzidos em nosso idioma: o poema TERRA. ii Um poema composto por uma única palavra, que se repete em 11 linhas, de forma heterogênea. O que poderia dizer um texto tão "concreto"? Seria mesmo um poema? Seria apenas um jogo de palavras? Tais questões e outras bastante agressivas foram levantadas por vozes dissonantes, na ocasião e durante as décadas seguintes. O curioso, é que, até hoje, as palavras de Pignatari, conseguem ainda despertar polêmica, paixão ou ódio.

MEMÓRIAS SOBRE A GUERRA: UMA LEITURA DE TERRA SONÂMBULA DE MIA COUTO

1º Encontro sobre Memórias e Direitos Humanos, 2019

Será que lembrar é o único recurso na formação de memória? E para que serve a memória quando o que resta sobre o chão são destroços de um mundo que não existe mais, rodeado por cinzas e cadáveres? O que há para recordar quando o passado e o presente estão atravessados por anos de guerra? São perguntas pertinentes quando nos deparamos com Terra Sonâmbula (1992), o primeiro romance do escritor moçambicano Mia Couto. Não por acaso, essas questões voltam sempre à luz de novos conceitos e de outros olhares. Mas o que se mantém em todas as análises é o que a obra representa ao tratar da guerra civil moçambicana.

(RE)PENSANDO O PROTAGONISMO ORIGINÁRIO NA OBRA "FALAS DA TERRA, 2021"

v. 6 n. 1 (2023): Edição Jan/Abr, 2023

Colaborando com a visibilidade social e acadêmica em torno de olhares originários, objetivando a ampliação de debates em torno da ocupação de espaços da produção de audiovisual e cinema junto a sujeitos e comunidades Originárias, este trabalho apoia e almeja o rompimento de um tempo supostamente estático e primitivo que insiste em apagar e invalidar a pluralidade e auto inscrição dos povos originários que existem em territórios brasileiros que incansavelmente buscam visibilidade e efetivação de seus direitos e demandas do presente que ecoam pela existência autêntica, escuta mais sensível e memórias que transbordam o passado colonial, que por meio das “telas”demarcam a mostra mais autêntica das experiências originárias na sociedade contemporânea, suas tradições e histórias de vidas no documentário “Falas da Terra” que em modo amplo conduzem o espectador a compreenderem a diversidade existente nas mais de 300 etnias originárias no Brasil e podem perceber a ampla percepção cultural e social destes povos, que estão sendo representados nas narrativas em primeira pessoa que integraliza o roteiro do documentário.

TERRA PROMETIDA: Entre o projeto e a realidade

Revista Vértices (Campos dos Goytacazes), 2004

Um dos mais graves problemas urbanos que se manifesta habitualmente nas cidades brasileiras é a questão da habitação. A Terra Prometida é um exemplo disto. Através do estudo desse loteamento, na década de 1990, este artigo examina de que forma o poder público municipal, em Campos dos Goytacazes, vem lidando com a questão da moradia para a população de baixa renda. Procura, sobretudo, aprofundar o conhecimento sobre as políticas habitacionais executadas no município. A investigação pretende apontar para a importância do planejamento, execução e avaliação de políticas habitacionais que levem em conta a participação da população em diferentes momentos.

Terra À Vista: Um Gesto De Leitura Sobre O Que Nos Afeta

Caderno de Letras

Neste texto, apresentado durante o Colóquio[1] em homenagem aos 30 anos da publicação do Terra à Vista: discurso do confronto - Velho e Novo Mundo, retomo partes das considerações finais da obra. Busco reiterar a importância desse livro e da sua autora cuja trajetória nos inspira e, singularmente, convida-nos a adentrar, com sutileza, o território da linguagem, apresentando-nos a Análise de Discurso, a partir dos estudos de Michel Pêcheux. A produção intelectual de Orlandi nos brinda com sua potência e fôlego teórico, sempre acompanhada de singular agudeza poética nas reflexões sobre a entremeada trama discursiva do ler, do escrever, do simbolizar, do (a)prender. A obra, em foco, escancara discursos sobre o modo como o Brasil é dito e visto por aqueles que ocupam os lugares do poder. O caráter atemporal desse livro materializa/atualiza o cenário de desgovernança da política brasileira em que se mobilizam “perfídias” travestidas em bravatas, através de palavras desgastadas, puídas, q...