A intolerável tolerância da era moderna (original) (raw)

Estudo sobre as noções práticas da tolerância na contemporaneidade

Latin American Journal of Development, 2021

Este estudo teve como objetivo discutir as noções e as práticas da tolerância na contemporaneidade utilizando, como procedimento metodológico, a pesquisa bibliográfica. A pesquisa mostra que há certo consenso acerca da tolerância ser entendida como o reconhecimento do direito que outras pessoas têm de abraçarem diferentes crenças, visões de mundo, modos de vida, bem como modos de expressá-los. No entanto, a partir da análise do contexto contemporâneo, especificamente o brasileiro, é possível encontrar diferentes casos em que a busca pela tolerância, sustentada pela noção pouco aprofundada dela, tem contribuído para que as práticas intolerantes se perpetuem.

Tolerância e Proselitismo No Mundo Atual

Revista de Direito Brasileira

Na sociedade atual, na qual as informações são repassadas em segundos e atingem milhões de pessoas, sociedades e culturas, a tolerância passou a ser tema de primeira ordem.Diante disso, deve ser observada por toda a sociedade que se denomina democrática, pois garante os aspectos da liberdade de expressão, inclusive da liberdade de culto. Além disso, a tolerância pode ser vista como um dos termômetros de uma sociedade democrática, garantidora da dignidade da pessoa humana.Todavia, a tolerância encontra divergência quando se trata da liberdade de expressão em sua vertente religiosa, porque a liberdade de crença é baseada em dogmas e quem os têm almeja manifestar aos demais sobre sua crença, configurando ponto ínsito da própria expressão da liberdade religiosa, restando a dúvida do quanto essa liberdade de crença exacerba contra o alvo.Assim, sobre a tolerância, o direito de propalar a própria fé na sociedade atual da comunicação imediata, o presente artigo busca trazer conceitos e ana...

Insolação e as trevas do moderno

experimento de análise do longa-metragem Insolação, de Felipe Hirsch e Daniela Thomas. Trabalho final da disciplina Anarquitetura: arte e arquitetura contemporâneas em diálogo, ministrada por Guilherme Wisnik e Agnaldo Farias.

A tolerância como virtude

Revista USP, 2006

A tolerância como virtude ste tema nos instiga a pensar o conceito tolerância que, ainda que dúbio, deve ser interpretado como uma virtude.

FACES DA INTOLERÂNCIA NA CONTEMPORANEIDADE (artigo)

Leitura Flutuante, 2012

Assistimos durante as últimas eleições presidenciais no Brasil, em 2010, um exemplo de como o marketing político e a colaboração da mídia podem afetar de tal maneira o eleitorado que uma disputa entre candidatos tornou-se uma guerra entre regiões. E questões como migração e intolerância contra o nordestino entraram em pauta como algo legítimo de discussão nas redes sociais. A disputa política trouxe à tona questões ligadas ao preconceito racial e de classe, que partiram do próprio preconceito e conservadorismo de uma fatia da população. Por meio das falas dos usuários do Twitter contra os nordestinos (a partir do dia 31 de Outubro de 2010, dia em que Dilma Rousseff foi eleita, até o final de 2011), analisamos de que maneira esse preconceito foi utilizado como estratégia política, as desigualdades sociais que foram “essencializadas” como diferenças culturais no país e a forma como os preconceitos se formam e, em determinados contextos, tomam força. Além disso, havia o intuito de entender por que a manipulação política e midiática conseguiu com tanta facilidade levar jovens a exibir agressividade e preconceito nas redes sociais e na petição online criada pelo Movimento São Paulo para os Paulistas.

Os caminhos da tolerância

Griot : Revista de Filosofia

O presente trabalho, elaborado a partir de um caráter teórico, bibliográfico e documental, tem por objetivo desenvolver algumas abordagens teóricas a respeito do conceito de tolerância de um ponto de vista filosófico, ao longo de um contexto histórico que se inicia no pensamento de John Locke, na Idade Moderna, no âmbito das guerras religiosas, quando tal conceito adquire um caráter mais rigoroso e crítico, indo até a contemporaneidade, período em que a tolerância passa a adquirir um papel de destaque para a compreensão dos sistemas políticos e das sociedades marcadas por um elevado grau de complexidade e pluralismo. Autores como Stuart Mill, Bobbio, Adorno e Habermas, entre outros, apresentam contribuições significativas a partir de suas reflexões e questionamentos para os estudos dessa temática assim como para o enfrentamento das patologias que afligem a contemporaneidade. Mais recentemente, o fato de a tolerância ter se transformado em consenso e marco normativo, através da elabo...

Os fundamentos filosóficos da tolerância na modernidade: BAYLE e LOCKE

2021

O livro que o leitor tem agora diante de si corresponde a um espelho das pesquisas realizadas há mais de uma década pelos autores em tornos dos problemas da Modernidade filosófica, sobretudo aqueles que envolvem a relação entre religião, política e tolerância. Apesar de adequado a um público mais amplo, o caráter desta obra continua a ser o de um texto filosófico no qual os termos e os conceitos tratados recebem uma abordagem técnica, imprescindível ao fazer científico. Ao longo dos dois capítulos deste livro, o pesquisador ou o leitor curioso, cujo título despertou a sua atenção, encontrará uma investigação dedicada a um dos temas mais discutidos pela filosofia desde o século XVII, a saber, a tolerância entre as religiões e a relação do Estado com Igrejas e sociedades religiosas. O livro parte da investigação sobre o sentido do termo tolerância para demarcá-lo em sua origem e variações semânticas, bem como para refletir a respeito das apropriações e desenvolvimentos frutos da filosofia moderna. A partir dessa orientação, os escritos do filósofo francês Pierre Bayle e do filósofo inglês John Locke sobre a tolerância, e as suas relações com a política, a liberdade, a religião, são tomados como objeto central por meio dos quais os autores pretendem estabelecer os contornos que demarcam a discussão filosófica acerca da tolerância na Modernidade.

Cuba: (im)possibilidades cuír na era da tolerância

Uniletras

Resumo: Este trabalho aborda o ostracismo e o ativismo LGBT em Cuba após a Revolução de 1959; especialmente, o impacto social, econômico e cultural dos desenvolvimentos trazidos pela dissolução da USSR sobre a população LGBT cubana. À medida que Cuba começa sua virada Neoliberal, abraçando a economia de mercado misto em meados de 1990, testemunhamos uma mudança significativa no enquadramento dos direitos LGBT na ilha. O que causou essa mudança discursiva e institucional dos direitos LGBT nas últimas duas décadas? Como a circulação transnacional de ideias sobre gênero e sexualidade influenciaram o ativismo e os estudos LGBT em Cuba, que esteve relativamente isolada dos movimentos e da produção acadêmica globais até recentemente? É possível imaginar a cuiridade como algo além do modelo de governança binário heteronormativo que, desde os princípios da Revolução, marcou o modelo estatal? Como artistas responderam a essas mudanças? Essas são algumas das questões exploradas neste ensaio.