4222) Eleicoes brasileiras de 2022 num cenario de terra arrasada (2022) (original) (raw)
Related papers
ELEIÇÕES 2022 O LUGAR DAS MULHERES NEGRAS NAS CHAPAS MAJORITÁRIAS
Revista POPULUS TRE BA, 2022
Este ensaio apresenta reflexões críticas acerca do lugar das mulheres negras nas chapas majoritárias das eleições de 2022 no Brasil, analisando, para tanto, as candidaturas à presidência da República e ao senado federal. Metodologicamente, estriba-se em dados de fontes oficiais2 e em conteúdos divulgados, via internet, por estudiosas e ativistas que atuam em defesa do fortalecimento da cidadania feminina. Para a análise dos dados foram adotadas a perspectiva feminista e seu enfoque de gênero interseccional, o que permitiu evidenciar a supremacia masculina e brancocêntrica nas candidaturas majoritárias propostas por quase todos os partidos e coligações, e desnaturalizar a inequidade de gênero e raça no campo da política, apesar do número recorde de candidaturas femininas, negras e indígenas no referido pleito. Destarte, e em consonância com outra publicação de nossa autoria sobre o tema, referente às eleições de 20183 , concluiu-se que, independentemente da ideologia, os partidos ainda apostam, prevalentemente, em candidaturas masculinas e brancas para concorrerem à presidência do país e ao senado federal, o que requer uma maior atenção e compreensão, por parte dos movimentos feministas e de mulheres, acerca da importância dos referidos cargos no cenário político nacional, haja vista suas atribuições privativas. Ademais, foi possível sustentar que as agremiações tem reservado às mulheres, sobretudo às negras, quando muito, a função de vice ou de suplente, uma vez que já não podem impedi-las de concorrerem à Câmara dos Deputados, por força da lei de cotas e da ampliação do percentual de recursos financeiros para as referidas campanhas. Tudo isso revela um grande descompasso entre discursos e práticas partidárias e a continuidade do déficit democrático de gênero e raça, visto que as mulheres, notadamente as negras, constituem a maioria da população brasileira e, pelo voto, decidem toda e qualquer eleição.
AS ELEICOES NACIONAIS 2022 Contexto Dinamica e Desafios marco de
O conflito que explodiu no final de fevereiro com a invasão da Ucrânia pela Rússia é resultado de uma série de disputas políticas, territoriais, étnicas, econômicas e de zonas de influência que tencionam o Ocidente (representado pela OTAN-Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a Rússia, e que remontam ao fim da antiga URSS. Não adentraremos na análise de tais conflitos, mas o fato é que essa guerra explicita, também, novas concertações mundiais, com o declínio do poder político, militar e econômico dos Estados Unidos da Américaque se beneficiou de quase um mundo unipolar desde a queda do Muro de Berlim-os avanços da China e a carência de lideranças europeias que foram incapazes articular a união da Europa com a Rússia. Como escreveu Boaventura de Sousa Santos: Sem dúvida que a inépcia é patente e caracteriza bem o comportamento da União Europeia ao longo destes anos. Foi incapaz de construir uma base sólida para a segurança europeia que obviamente teria de ser construída com a Rússia, e não contra a Rússia, quanto mais não seja para honrar a memória de cerca de vinte e quatro milhões de mortes, o preço que a Rússia pagou para se libertar e liberar a Europa do jugo nazista. 2 Por outro lado, apesar dos inúmeros esforços diplomáticos para impedir a guerra, como aquele realizado pelo presidente da França, Emmanuel Macron 3 , o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ignorou todos os apelos para uma solução negociada e decidiu pelo uso do seu aparato militar para invasão do país fronteiriço. Além das inúmeras perdas de vidas, de lado a lado, inclusive de civis, da destruição da infraestrutura de várias cidades ucranianas e das incertezas decorrentes da ocupação de usinas nucleares, a guerra da Ucrânia já provocou até o momento, segundo a ONU, a fuga de mais 2,5 milhões de pessoas, na sua maioria mulheres e crianças. 4 Iniciado o conflito, cujas proporções, intensidade, duração e consequências não podemos dimensionar, vários líderes globais tentaram ações de mediação. Destaca-se, nessa empreitada, as ações do Vaticano, lideradas pessoalmente pelo Papa Francisco.
(2022) Erosão Democrática e Constituição
2022
Ulisses Levy S. dos Reis (Organizadores) EROSÃO DEMOCRÁTICA E CONSTITUIÇÃO Rafael Lamera G. Cabral | Raphael Peixoto de P. Marques | Ulisses Levy S. dos Reis É com grande alegria e certa surpresa que temos o prazer de anunciar ao grande público a obra "Erosão Democrática e Constituição", pauta hoje fundamental a qualquer governo constitucional em ação. Alegria, por se cuidar de mais uma exitosa produção científica do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFERSA. Surpresa, por, não obstante a "pouca idade" do PPGD/UFERSA, tratar-se de trabalho amadurecido e muito bem elaborado que espelha, a um só tempo, a excelência do referido Programa perante a comunidade nacional e dos corpos docente e discente que o integram. Assim, o leitor interessado em aprofundar seus estudos em teoria constitucional e democrática encontrará no presente livro rara oportunidade de enveredar-se por diálogos e reflexões, indispensáveis à sua formação jurídica e política.
Eleições 2022 e desastres ambientais
Portal Jota, 2022
Eleições 2022 e desastres ambientais Como serão apresentados os planos de governos para o meio ambiente? DIEGO PEREIRA Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da O cina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana uminense / Crédito: Tania Rêgo/Agência Brasil
ENCRUZILHADAS: ENTRE HISTÓRIAS E ALGUMAS ANÁLISES DO AFROCIENTISTA-NACIONAL EM 2022
Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 15(Edição Especial), 2023
.Este artigo tem a intenção de evidenciar algumas das memórias do projeto Afrocientista em âmbito nacional, projeto este realizado pela ABPN e com apoio do Instituto Unibanco. Quanto aos aspectos históricos, buscar-se-á tratar desde a primeira edição do projeto. Quanto às análises de impactos, dedica-se aos resultados da terceira edição, em 2022, acerca de dois eixos: i) concepções e sobre racismo; ii) impactos do projeto na perspectiva de estudantes bolsistas da educação básica. Este é um projeto de intensa complexidade por articular instâncias formativas distintas (escolas de educação básica, ensino técnico-profissional, instituições de ensino superior, e movimentos sociais do povo negro), bem como por ser um projeto extenso nacionalmente (12 NEAB(I)S ou grupo correlato nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste) com 100 estudantes bolsistas da educação básica, 12 bolsistas de graduação, 21 escolas participantes e muitos/as colaboradores/as. Considerando uma análise dos relatos aos questionários iniciais e finais a partir de Lüdke e André (2012) foi possível perceber mudanças em 95,6% na concepção de racismo, especialmente ao que tange uma maior percepção de atitudes e falas racistas no cotidiano, maior posicionamento em falas e comportamentos acerca do tema e o entendimento do caráter estrutural do racismo. Quanto aos impactos, a maioria dos/as bolsistas indicou impactos tanto no âmbito escolar como pessoal. Assim, reiterando o intuito de promover mobilização coletiva para a construção de contextos equânimes e justos, inclusive no âmbito da produção e acesso aos conhecimentos científicos a partir da intelectualidade negra, o Afrocientista enfatiza a relevância em atentar-se para jovens negros/as de modo a incentivar talentos e contribuir com espaços que representam aquilombamentos contemporâneos.
DEMOCRACIA DIREITA e LULA 3 - a eleição de 2022 e seus desdobramentos
Cadernos CRH, 2024
A derrota do candidato da extrema-direita na eleição presidencial de 2022, Jair Bolsonaro, bloqueou a possibilidade de que a democracia brasileira entrasse em um processo regressivo. A vitória de Lula, no entanto, se fez acompanhar de um crescimento da força dos partidos de direita, que passaram a controlar mais de 60% das cadeiras na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Tal cenário vem se juntar às mudanças ocorridas nos últimos anos na relação entre Executivo e Legislativo e ajuda a explicar as dificuldades enfrentadas pelo novo governo na montagem de sua coalizão e na implementação de sua agenda. Este artigo, na sua primeira seção, analisa a relação existente entre a democracia brasileira e o resultado das urnas. Na sequência, discute a composição do novo Congresso. Na terceira seção, o foco se volta para o desempenho da coalizão de governo. A última seção conclui o artigo com algumas considerações sobre os limites de Lula 3.
Eleições eletrônicas 2014 no Brasil
Relatório do Dr. Hugo Hoeschl e Dra. Tânia Bueno que contém uma visão preliminar de um “work in progress” sobre a possibilidade da aplicação da Lei de Newcomb Benford em processos eleitorais, em especial nas últimas eleições presidencias no Brasil, bem como a análise sobre a existência de pressupostos que justifiquem tal aplicação.