Emoções compartilhadas: a construção do pathos por um movimento ambiental no Facebook (original) (raw)

Facebook como espaço de ação virtual: uma análise sobre as reações discursivas na fan page de um movimento ambiental

Revista Calidoscópio, 2015

Este artigo tem como finalidade mapear as reações discursivas encontradas em comentários de internautas-leitores em um post do movimento ambiental Greenpeace Brasil no Facebook e avalia, primariamente, como tais reações podem vir a interferir na visibilidade pública e legitimidade do movimento, construídas pelo discurso publicado no site. A hipótese do trabalho é a de que, pelas reações, os internautas podem conquistar a expressão política que desejam, porém, possuem níveis limitados de conversação e participação, podendo ser incapazes de contribuir para a visibilidade e legitimidade da instituição. Buscamos identificar as características das reações e os níveis de participação depreendidos e, por fim, analisar, primariamente, a interferência de tais reações. Para isso, adotamos como pressupostos teóricos a Teoria Semiolinguística de Patrick Charaudeau e outras teorias sobre a subjetividade digital, bem como algumas discussões mais filosóficas sobre o alcance das redes sociais.

Compreensões De Educação Ambiental a Partir De Charges Do Facebook

REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática

O presente texto discute sobre algumas contribuições que charges publicadas no Facebook podem oferecer para potencializar o desenvolvimento da Educação Ambiental (EA) no ensino de Ciências. A investigação é caracterizada como uma pesquisa qualitativa de análise de conteúdo. Para a construção de dados foram pesquisadas no Facebook charges com representações gráficas de EA, divulgadas na mídia social de modo público. O material selecionado foi classificado em três categorias: Charge de Educação Ambiental com Realidade Alterada, Charge de Educação Ambiental com Ficção Contextualizada e Charge de Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. A discussão dos resultados constituiu-se a partir do referencial teórico que trata da EA com base em autores que discorrem sobre o ensino escolar. Os resultados construídos mostram que charges que circulam no Facebook têm potencial para instigar discussões sobre EA e que, portanto, se constituem como um recurso didático favorável ao desenvolvimen...

Facebook como mídia alternativa para o ativismo ambiental: análise das reações discursivas na fanpage do Greenpeace do Brasil

Anais do 10º Encontro Nacional de História da Mídia, 2015

Este artigo tem como objetivo mapear as reações discursivas depreendidas dos comentários dos internautas-leitores em post do movimento ambiental Greenpeace do Brasil no Facebook e avalia, primariamente, como tais reações podem interferir no ativismo ambiental. A hipótese do trabalho é a de que, pelas reações, os internautas podem conquistar a expressão política que desejam, porém possuem níveis limitados de conversação e participação, podendo ser incapazes de contribuir para a visibilidade e legitimidade da instituição. Buscamos identificar as características das reações e os níveis de participação Depreendidos dos comentários postados e por fim, analisar, primariamente, a interferência de tais reações. Para isso, adotamos como pressupostos teóricos a Teoria Semiolinguística da Análise do Discurso e outros teóricos sobre a subjetividade digital, bem como algumas discussões mais filosóficas sobre o alcance das redes sociais.

Uso de Técnicas de Análise de Sentimentos em Tweets relacionados ao Meio-Ambiente

Anais do Workshop de Computação Aplicada à Gestão do Meio Ambiente e Recursos Naturais (WCAMA 2015), 2015

A proliferação dos meios de comunicação na Web e a necessidade das empresas compreenderem os impactos de suas ações socioambientais junto à população afetada, torna necessária a adoção de um mecanismo automático para analisar as opiniões da população. Esta necessidade evidencia-se ainda mais no caso de empresas que tratam diretamente com alto risco ambiental. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é a aplicação de técnicas de análise de sentimentos em tweets relacionados à temática ambiental para auxiliar empresas do setor energético na análise dos impactos das ações empreendidas ao longo do tempo através das opiniões contidas nas mídias sociais.

FACEBOOK COMO ESPAÇO DE LEGITIMAÇÃO VIRTUAL: uma análise de posts e reações discursivas em páginas de ONGs ambientais

Nesta dissertação, objetivamos analisar as vias de legitimação das ONGs ambientais no site de rede social digital Facebook por meio da análise discursiva dos posts de três entidades (Greenpeace Brasil, SOS Mata Atlântica e Associação Mineira de Defesa do Ambiente – AMDA) e da análise de reações discursivas aos posts dessas organizações. Para dar conta da dimensão deste trabalho, adotamos pressupostos teóricos dos estudos de linguagens, principalmente a teoria semiolinguística (CHARAUDEAU), bem como das ciências políticas (HABERMAS; GOHN; GOMES; MAIA; PEREIRA) e dos estudos de tecnologia (BAUMAN; PRIMO; RECUERO; SANTAELLA; VAN DIJCK; WOLTON). No decurso das análises, buscamos, inicialmente, identificar as estratégias discursivas utilizadas pelas três ONGs ambientais em seus posts no Facebook, para, posteriormente, identificarmos nas reações discursivas às formas de interação, marcas de participação, reconhecimento de legitimidade e marcas de visibilidade emitidos durante a resposta ao discursos das ONGs. Segundo os resultados obtidos, identificamos a existência de altos níveis de engajamento na maior parte das reações discursivas, que podem contribuir para a visibilidade e legitimação da ONG e de suas causas. Também identificamos a existência de estratégias discursivas mais eficientes do que outras para as ONGs ambientais. Todavia, para sustentarem a continuidade e intensidade das reações discursivas, cabe às ONGs um melhor monitoramento de suas atividades no Facebook, a fim de incentivarem a troca discursiva e a participação política em suas páginas. Compete também às entidades ambientais a consciência de que compartilham com outros enunciadores um espaço virtual, discursivo e altamente retórico no Facebook, em que impera o fenômeno, defendido nesta dissertação, de visibilidade retroalimentada entre internautas e instituições.

Dissensos sobre o ethos discursivo da Rede Sustentabilidade: a “nova política” no Facebook

This paper inquires how “Rede Sustentabilidade”, the political movement leaded by the former senator Marina Silva, aimed to constitute its own discursive ethos at Facebook from the idea of ‘new politics’. The research analyzed 951 publications posted by the "Rede” leaders and by their interactors, the movement’s ‘militants’, at the time when ‘Rede Sustentabilidade’ was trying to become an official political party by collecting supporters’ signatures. The research identified that the image of self built by the movement leaders, based on a sameness/otherness regime, clashed with the meanings elaborated by their sympathizer netizens. While ‘Rede’ enunciators emphasized the quality of ‘novelty’ in politics as “creativity”, their interactors thematized it mainly as “honesty”.

O ethos ativista no Facebook: uma análise discursiva das narrativas digitais de mulheres ambientalistas

Revista Calidoscópio, 2018

No Brasil, país mais perigoso do mundo para o ativismo ambiental,3 mulheres lutam por espaço nos meios de comunicação para disseminarem seu discurso de defesa do meio ambiente. Consideradas até a década de 1980 como “segunda categoria”, as mulheres tiveram suas vozes abafadas e silenciadas pela sociedade patriarcal, em especial em ambientes políticos. Tal silenciamento reflete na carência do posicionamento feminino em lutas abrangentes e urgentes, como as ambientais. Hoje em dia, a luta feminina contra o extermínio da natureza é sustentada pelo uso do espaço virtual, principalmente do site de rede social Facebook, meio que se mostra favorável à expressão política dessas mulheres. O site tem proporcionado sobretudo certa autonomia para a disseminação do discurso, além de maior visibilidade e legitimação para a causa ambiental. Sob essas premissas, nossa pesquisa analisa a constituição de um ethos ativista pela investigação das narrativas digitais disseminadas pelas ambientalistas em seus perfis no Facebook. As ativistas escolhidas para a pesquisa são as brasileiras Ana e Mayan. Utilizamos como base teórica e metodológica a Análise do Discurso, bem como os estudos sobre ethos, ciberativismo e narratividade digital. Durante a pesquisa, identificamos determinadas estratégias narrativas utilizadas pelas ambientalistas no site, importantes para a constituição do ethos ativista no Facebook, assim como traços de posicionamento e autoidentificação feminista, reconhecendo a especificidade da luta feminina na causa ambiental, tornando-se, assim, um duplo ativismo, demarcado pelo ambientalismo feminista.

Éthos compartilhado e o consumo da reputação do outro no Facebook - Intercom 2016

A partir da meta-análise de pesquisas empíricas que apontam para a autocensura e silenciamento no Facebook, verificamos se e em que medida é no consumo do conteúdo de terceiros que o ator irá construir sua performance identitária nesta rede social. Dessas apropriações resultaria seu caráter e reputação, atualizado a cada nova interação. Entretanto, porque o dispositivo estrutura um ecossistema informacional e dá importante visibilidade às conexões que viabiliza, propomos que a formação de duplas e equipes performativas deem forma a um éthos compartilhado, que impregnará atores e os próprios conteúdos ao longo de suas vidas sociais em rede.