Links na divulgação ativista: o uso do hipertexto no Facebook do Greenpeace Brasil (original) (raw)

O ethos ativista no Facebook: uma análise discursiva das narrativas digitais de mulheres ambientalistas

Revista Calidoscópio, 2018

No Brasil, país mais perigoso do mundo para o ativismo ambiental,3 mulheres lutam por espaço nos meios de comunicação para disseminarem seu discurso de defesa do meio ambiente. Consideradas até a década de 1980 como “segunda categoria”, as mulheres tiveram suas vozes abafadas e silenciadas pela sociedade patriarcal, em especial em ambientes políticos. Tal silenciamento reflete na carência do posicionamento feminino em lutas abrangentes e urgentes, como as ambientais. Hoje em dia, a luta feminina contra o extermínio da natureza é sustentada pelo uso do espaço virtual, principalmente do site de rede social Facebook, meio que se mostra favorável à expressão política dessas mulheres. O site tem proporcionado sobretudo certa autonomia para a disseminação do discurso, além de maior visibilidade e legitimação para a causa ambiental. Sob essas premissas, nossa pesquisa analisa a constituição de um ethos ativista pela investigação das narrativas digitais disseminadas pelas ambientalistas em seus perfis no Facebook. As ativistas escolhidas para a pesquisa são as brasileiras Ana e Mayan. Utilizamos como base teórica e metodológica a Análise do Discurso, bem como os estudos sobre ethos, ciberativismo e narratividade digital. Durante a pesquisa, identificamos determinadas estratégias narrativas utilizadas pelas ambientalistas no site, importantes para a constituição do ethos ativista no Facebook, assim como traços de posicionamento e autoidentificação feminista, reconhecendo a especificidade da luta feminina na causa ambiental, tornando-se, assim, um duplo ativismo, demarcado pelo ambientalismo feminista.

Cada um luta da sua trincheira: as estratégias para criação e compartilhamento de conteúdo de ativismos sociais no Facebook

2018

A pesquisa que nos propomos nesta tese parte de problemas que nos foram apresentados em pesquisa exploratoria microssocial – em que os sujeitos participam de eventos ou campanhas nas redes sociais, mas mesmo assim nao se consideram ativistas e, quando participam, a sensibilidade com a causa e um fator fundamental. Com o objetivo de compreender entao como os conteudos de ativismos sociais se movem na rede social do Facebook, passamos a observar este espaco por meio do nosso perfil pessoal. Assim, a metodologia utilizada foi uma observacao microssocial, partindo do perfil pessoal na rede social do Facebook, selecionando como corpus casos em que os usuarios da rede interagiram ou criaram conteudos ativistas. O problema de pesquisa foi: de que forma os conteudos de ativismos sociais se apresentam no Facebook e que elementos sao significativos para que tenham visibilidade e trafeguem naquela rede? Para construir esta discussao apresentamos a sociedade em rede, mediada pelas tecnologias d...

O ativismo inserido no ciberespaço: uma análise da página "Feminismo sem demagogia"

Com o alcance global da internet e a possibilidade de interconexão oferecida por ela, lutar por uma causa também passou a fazer parte do universo online. Este artigo estuda o ciberativismo feminista através da análise da página do Facebook " Feminismo sem demagogia – Original ". A partir de autores como Primo, Recuero e Santaella, o estudo analisa as interações estabelecidas no ciberespaço, tendo as novas mídias como protagonistas de mudanças nas relações sociais. O trabalho objetiva relacionar o ciberativismo ao estudo da recepção na construção da identidade feminista. Por meio da análise qualitativa dos comentários nos posts, pode-se observar que as publicações das redes sociais têm relação direta com a formação de identidade e aprimoramento das relações sociais dos seus usuários, que se identificam com o conteúdo. Sendo assim, é possível afirmar que a página analisada atua no ciberativismo, pois promove a discussão, relação e identificação dos membros em suas publicações.

#BHNASRUAS: uma análise do confronto político contemporâneo a partir de páginas do Facebook

Os recentes protestos em todo o mundo têm chamado a atenção de pesquisadores e da opinião pública sobre as ações de confronto político contemporâneo e a relação que as novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) têm nesse processo. Esta dissertação tem como objetivo analisar as ações contenciosas da atualidade associadas ao uso da internet e, principalmente, das redes sociais on-line. Para subsidiar a pesquisa, apresenta-se uma revisão sobre a Teoria do Processo Político e suas vertentes, principalmente a abordagem do Confronto Político. Também é feita uma discussão sobre a internet e as recentes ações de confronto mediadas por computador. Neste trabalho, utilizamos o conceito de ação conectiva, desenvolvido por Bennett e Segerberg (2013). Ao final, é feita uma análise de conteúdo das postagens de três páginas do Facebook durante os protestos de junho de 2013 na cidade de Belo Horizonte. As páginas escolhidas foram: Assembleia Popular Horizontal (APH); BH nas Ruas e Vem pra Rua BH. Procurou-se identificar nos conteúdos das páginas três importantes elementos para as ações conectivas de confronto: organização, mobilização e quadros de ação pessoal. Por meio da pesquisa, foram encontrados fortes elementos de mobilização nas páginas APH e Vem pra Rua BH. Os aspectos de organização foram identificados principalmente nas páginas BH nas Ruas e APH. Os quadros de ação pessoal, por sua vez, foram mais encontrados nas páginas Vem pra Rua BH.

Jornalismo em wearables: apontamentos iniciais sobre a circulação de notícias em smartwatches

Transmutações no Jornalismo, 2016

Como a história do jornalismo sempre foi marcada pelos avanços tecnológicos, não poderia ser diferente com os wearables. Esses dispositivos, portáteis e com conexão à internet, começam a ser usados para a produção e a distribuição de conteúdo noticioso. Diante desse cenário, este artigo tem o objetivo de trazer apontamentos iniciais sobre a circulação de notícias em wearables, mais especificamente, em relógios inteligentes - os smartwatches. De caráter exploratório, o estudo se deu a partir da combinação de técnicas qualitativas (revisão de literatura, observação, coleta de dados, seleção, descrição e análise). A investigação foi realizada a partir de notificações dos aplicativos The Guardian (do jornal britânico The Guardian), NYTimes (do jornal estadunidense The New York Times) e CNN (do canal à cabo de notícias estadunidense CNN) em um smartwatch Moto 360, entre os dias 25 e 27 de junho de 2015. O artigo trabalha noções de tecnologias vestíveis (wearable technology), mobilidade e ubiquidade no contexto do jornalismo. SOUSA, Maíra Evangelista de. Jornalismo em wearables: apontamentos iniciais sobre a circulação de notícias em smartwatches. In. SILVA, Fernando Firmino da (Org.). Transmutações no jornalismo. Campina Grande: EDUEPB, 2016. (pp. 93 - 118).

Transmutações no Jornalismo

A pesquisa no campo do jornalismo tem se deparado com novas questões teóricas e novos fenômenos empíricos em decorrência do contexto sociotécnico contemporâneo com mudanças estruturais e, em alguns casos, paradigmáticos. A multiplicação das plataformas de produção, circulação e consumo de notícias - a exemplo de smartphones, tablets e smartwatch - é um dos aspectos a considerar na conjuntura tendo em vista a proliferação desses dispositivos móveis conectados e das redes digitais. Para a análise das novas dinâmicas do jornalismo, mais especificamente no jornalismo digital e no ecossistema móvel, temos visto enquadramentos a partir de conceitos como mobilidade, redes sociais, bases de dados, Big Data, narrativas verticais, interações mediadas, mídias locativas, jornalismo móvel, entre outros temas e aspectos teórico-conceituais que exigem, cada vez mais, bases metodológicas e teóricas atualizadas para poder dar conta da complexidade dos fenômenos e objetos. Teoria Ator-Rede, Métodos Móveis, Netnografia, Teoria das Redes, Midiatização são alguns dos exemplos de enquadramentos teóricos e/ou metodológicos que são chamados para dar conta da dinâmica das pesquisas, seja de caráter empírico ou reflexivo, e da análise da inovação no jornalismo. Visando à compreensão desses fenômenos de natureza trans- formadora, o e-book transmutações no jornalismo (primeiro da Coleção Jornalismo Digital e Mobilidades da EDUEPB) apresenta uma coletânea com capítulos focados na abordagem das mu- danças que estão ocorrendo a partir do lastro tecnológico e do reconhecimento de mudanças estruturais na base do campo do jornalismo, tanto na perspectiva teórica quanto das práticas, de modo a constatar que há novos actantes nos processos deixando rastros que precisam ser rastreados, mapeados e analisados. O termo “transmutação” está presente em várias áreas desde à física, biologia, linguística passando pela magia, pela alquimia. A noção aqui utilizada está vinculada a um espírito de interpretações rizomáticas que o livro traz como contribuição para pesquisadores tanto em nível de formação como os de iniciação científica quanto de pós-graduação lato e stricto sensu – especialização, mestrado e doutorado. Este e-book foi gestado inicialmente a partir da disciplina de jornalismo digital, ministrada por mim no primeiro semestre de 2015 no Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Univer- sidade Federal da Paraíba - PPJ/UFPB e no interior do Grupo de Pesquisa em Jornalismo e Mobilidade - MOBJOR da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, além de aportes de projeto de pes- quisa do Laboratório de Jornalismo Convergente da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, laborátório do qual faço parte como pesquisador. No decorrer, a proposta da publicação foi ampliada para além da disciplina com a incorporação de contribuições de outros pesquisadores do Brasil de modo a estabelecer, de algum modo, uma conversação madura e em rede que permita um zoom sobre assuntos como Big Data, jornalismo móvel, convergência, midiatização, redes sociais, narrativas. Ao final, temos um e-book composto por 19 capítulos que envolvem 22 pesquisadores em formação, professores e pesquisadores experientes que refletem sobre fenômenos contemporâneos direta- mente vinculados ao campo do jornalismo ou de áreas conexas. Vale ressaltar que, por tratar-se do primeiro mestrado profissional em jornalismo criado no país (Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFPB), as discussões na disciplina foram transpostas para o livro com o intuito de que possamos ter uma visão do jornalismo tanto na perspectiva teórica quanto empírica e ainda mais aplicada considerando a intenção de oxigenar o mercado de trabalho e de organizações jornalísticas com as redações (impressa, online, tv, rádio, mobile), assessorias de imprensa e outras ambiências com novos conhecimentos sobre convergência jornalística, mobilidade e conceitos de jornalismo digital e cibercultura visando o incentivo à inovação e à emergência de novos produtos e processos. O e-book está dividido em três partes: parte 1 - Jornalismo para dispositivos móveis; parte 2 - Jornalismo em contexto sociotécnico; parte 3 - Narrativas, multimidialidade e personalização. Na parte 1, as discussões perpassam os relógios inteligentes (smartwatches) e vestíveis e os novos formatos de distribuição de notícias. Na mesma perspectiva, analisa os aplicativos móveis para produção e distribuição de notícias e influência das tecnologias móveis como smartphones nas redações dentro do escopo do jornalismo móvel, além de abordar a relação entre tactilidade e mobilidade a partir do desafio da acessibilidade no jornalismo e dos novos atores humanos e não-humanos perpassando os pro- cessos. A parte 2 do e-book, procura situar o jornalismo a partir do con- texto sociotécnico, das mudanças estruturais que emergiram baseadas na sociedade tecnológica e de redes híbridas. Para tal, os capítulos exploram a midiatização e os reflexos nas narrativas do jornalismo e também nos conteúdos produzidos pela audiência e as múltiplas telas que permitem uma ampliação das narrativas em contexto de multiplataforma e de convergência nas redações. Ainda nesta parte, são mostrados os tensionamentos na sociedade do controle e pulverização de dados monitorados pelo Big Data como no caso do Wikileaks no jornalismo baseado em gran- des volumes de bases de dados e nas formas de acesso à informa- ção governamental e, ainda, neste mesmo contexto, a emergência dos movimentos ativistas como o Mídia Ninja se apropriando das redes e das tecnologias móveis para a prática da “contra-informa- ção” e de formação de redes de indignação e reivindicação. Por último, a parte 3 complexifica a noção de narrativas na rede com a retomada de velhos recursos da internet e do jornalismo di- gital como hipertexto, memória e multimidialidade e experimentação de novas linguagens e formatos como a narrativa vertical multimídia disseminada pelo The New York Times perpassando por mudanças estruturais no jornalismo local e global. Como podemos perceber nesta síntese dos temas, o e-book apresenta várias camadas dos aspectos do jornalismo contempo- râneo centrado no contexto da mobilidade, da convergência, da tecnologia digital e da sociedade em rede permitindo aos leitores adentrarem pelas mudanças e transmutações no jornalismo. Nes- te sentido, agradecemos aos autores os contributos de capítulos pertinentes para a compreensão e aprofundamento de um recorte da realidade que vivemos em termos de transformações de potenciais, de tensionamentos e, essencialmente, de processos de reconfiguração da base do jornalismo. Para a realização desse árduo trabalho de organização de uma publicação, agradeço em especial ao professor Arão de Azevêdo Souza pela concepção do primoroso projeto gráfico, além da diagramação de todo o material, que ora é disponibilizado gratuito e publicamente para os leitores através da editora da Universidade Estadual da Paraíba - EDUEPB. Agradeço, igualmente, ao professor Roberto Faustino, diretor-adjunto da EDUEPB pelo empenho em transformar a produção em e-book e coleção. Esperamos que a leitura dessa obra possa trazer insights e su- portes de novos conhecimento para quem está na vida acadêmica e profissional convivendo com as transmutações no jornalismo. Fernando Firmino da Silva

Ativismo socioambiental on-line: uma análise do movimento “Uma gota no oceano”

From the example of the environmental movement Uma Gota no Oceano, this article analyzes how social movements are using digital media to disseminate information and mobilize citizens. Based on the literature on the subject, this study, exploratory, analytical and descriptive features the monitoring of movement during the month of June 2015, in order to verify its performance in online social networks, linking them with the actions offline. The quantitative analysis shows that it takes organization and a communication plan in digital media for more effective activism and greater range. A partir do exemplo do movimento socioambiental Uma Gota no Oceano, esse artigo analisa de que forma os movimentos sociais estão utilizando as mídias digitais para disseminar informações e mobilizar os cidadãos. Com base na literatura especializada sobre o tema, este estudo, de caráter exploratório, analítico e descritivo apresenta o monitoramento do movimento durante o mês de junho de 2015, buscando verificar a sua atuação nas redes sociais on-line, articulando-as com as ações off-line. A análise quantitativo demonstra que é preciso organização e um plano de comunicação em mídias digitais para um ativismo mais efetivo e de maior alcance.