Participação da comunidade na autoavaliação institucional em universidades da Argentina, Brasil e Paraguai (original) (raw)
2019
Abstract
Este trabalho analisa a participacao da comunidade nas autoavaliacoes institucionais realizadas em determinadas universidades publicas da Argentina (UNNE), Brasil (UFFS, UTFPR) e Paraguai (UNE). O embasamento teorico se deu por meio de revisao da bibliografia especializada do tema; os recursos metodologicos utilizados sao o estudo comparado, a pesquisa documental e a analise de conteudo, com abordagens quantitativa e qualitativa. Partimos do pressuposto de que os procedimentos e instrumentos adotados nos processos autoavaliativos realizados nas universidades, bem como o modo de operacionalizacao, sofrem influencias das politicas neoliberais, e estando presentes os modelos de gestao gerencialista e a concepcao de avaliacao objetivista no seu ambiente, ha centralizacao e concentracao das decisoes estrategicas e a participacao da comunidade se da de maneira instrumental, prejudicando o seu envolvimento nos processos e as potencialidades realizadoras e transformadoras que podem significar a acao avaliativa. As analises dos dados revelam que as definicoes acerca da autoavaliacao estao restritas a orgaos e comissoes com recortes definidos e com composicao de uma pequena fracao dos atores institucionais, que estao incumbidos de realizar toda a operacionalizacao dos processos autoavaliativos. Assim, a centralizacao e concentracao dos espacos de decisao estrategicos da instituicao e uma realidade presente e com significativa relevância nas universidades pesquisadas. No que diz respeito ao processo autoavaliativo muitos atores institucionais tem ficado ausente, especialmente na elaboracao dos conteudos e instrumentos. A participacao, de outra forma, quando ocorre, tem se constituido por uma baixa adesao e pouco representativa da comunidade universitaria, sendo excessivamente instrumentalizada, parcial e calcada na busca de estabelecer resultados quantitativos e somatorios. Frente a esse quadro, apontamos que ha muito a ser reavaliado, refletido e especialmente corrigido e desenvolvido nos processos autoavaliativos estudados, particularmente no que diz respeito a participacao e envolvimento da comunidade na sua elaboracao, planejamento, execucao, ou seja, na construcao da acao avaliativa em seu todo. Concluimos que e preciso problematizar os sentidos dos processos autoavaliativos institucionais circunscritos as universidades pesquisadas, com a promocao do debate acerca da elaboracao, estruturacao e intensificacao de processos participativos, pelo qual o guia seja, em uma perspectiva de avaliacao formativa e emancipatorio, o aprofundamento do conhecimento da instituicao e o compromisso de transformacao, com vista a melhoria academico-cientifica e o fortalecimento da responsabilidade e do compromisso etico, democratico e social da universidade.
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