A Tragédia da Liberdade, Ante-Tragédia da Cultura na Filosofia do Dinheiro (original) (raw)

Prometeus Filosofia Em Revista Possíveis Influências Da Tragédia Na Moralidade

Resumo: De acordo com a Poética de Aristóteles haveria uma espécie de educação pela poesia: uma educação poética. Esta pode ter por finalidade o aperfeiçoamento moral do homem, guiado pela beleza e pela fruição com a arte. Assim, os heróis trágicos e as situações descritas nas tragédias podem ser pensados como modelos para uma conduta possível. Desse modo, a arte poética e o teatro, palco de sua expressão, podem ser encarados como peças-chave no convívio e no aperfeiçoamento das virtudes dos cidadãos. Palavras-chave: educação, virtude, aperfeiçoamento moral. Resumo: De acuerdo con la Poética de Aristóteles, habría una especie de educación para la poesía: una educación poética. ésta puede tener como finalidad el perfeccionamiento moral del hombre, guiado por la belleza y por la conexión con el arte. De esta manera, los héroes trágicos y las situaciones descriptas en las tragedias pueden ser pensadas como modelos para una conducta posible. Es así que el arte poético y el teatro, palco...

Tragédia e filosofia da história em Benjamin

Cadernos Walter Benjamin, 2010

Apresentamos uma interpretação da concepção de tragédia no pensamento de "Origem do drama barroco alemão" (1925), de Walter Benjamin. A partir das críticas dirigidas, de um lado, às abordagens moralizantes do trágico (o aristotelismo moderno na interpretação da tragédia) e, de outro, ao “esteticismo” nietzschiano da metafísica de artista, Benjamin propõe uma concepção do trágico apoiada em uma filosofia da história. Interpretar a tragédia à luz de uma filosofia da história significa buscar o caráter especificamente grego do trágico. Esse elemento trágico consiste, para Benjamin, no agón, no conflito, no caráter agonístico, implicado no silêncio do herói.

A Cultura é Livre: Uma história da Resistência Antipropriedade

2021

Publicado pela Autonomia Literária em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, o livro trata da ideia de cultura livre dos gregos ao digital, passando pelo surgimento da Imprensa, dos direitos autorais, das tecnologias transformadoras do século XIX (rádio, fonógrafo, cinema), os movimentos/ações de resistência ao copyright do século XX - entre eles, os situacionistas, cut-up, o copyleft e o Creative Commons - uma breve história do download livre e da pirataria da internet até a ascensão do streaming e das redes sociais, chegando enfim ao comum e algumas ideias dos povos ameríndios e do extremo oriente sobre cópia, autoria e propriedade intelectual.

Mito e liberdade. A crítica da cultura contra o totalitarismo político

O presente trabalho põe a si como tarefa central investigar o pensamento político na obra de Ernst Cassirer, buscando depreendê-lo de seu projeto filosófico geral apresentado ao longo dos três tomos da Filosofia das formas simbólicas. Assim, as obras que são aqui analisadas com atenção especial, quais seja, O mito do Estado e Ensaio sobre o homem, são tomadas à luz desse projeto filosófico que as precede em cerca de duas décadas. A estratégia expositiva adotada nesta dissertação foi a de partir da análise diacrônica do diagnóstico do filósofo acerca do tempo histórico em que vive, buscando os reflexos de tais acontecimentos em sua produção intelectual. Assim buscamos compreender as declarações de abertura d'O mito do Estado sobre a situação social e política que tornou possível a efetivação de um programa totalitário como foi o regime nazista. Em seguida, recuamos para a compreensão dos fundamentos da filosofia das formas simbólicas de Cassirer para buscar nela os elementos que, de nosso ponto de vista, teriam suscitado ao filósofo a aplicação de seu projeto filosófico geral para a compreensão de um fenômeno bastante concreto e singular como o da experiência nazista. Após essa análise dos elementos teóricos centrais do projeto filosófico cassireriano, retomamos a análise d'O mito do Estado, agora em atenção aos elementos históricos que conduziram, desde o campo da teoria política até o de sua prática efetiva, ao estado de crise e irracionalidade que caracterizam a situação política da primeira metade do século XX. Nos capítulos seguintes, abordamos aquilo que, defendemos, constituiriam os ideais normativos do programa político de Cassirer, depreendidos de sua antropologia filosófica e das premissas gerais de uma noção de humanidade que se pretende inclusiva em relação a todas as manifestações do espírito humano. As duas noções fundamentais que destacamos e que constituiriam as linhas gerais desse programa político são a liberdade e o cosmopolitismo, por meio das quais procuramos ainda compreender a crítica de Cassirer ao hegelianismo e o modo com que se dá, nesse campo da filosofia política, sua releitura do projeto iluminista.

A Crise e a Cultura

2009

RESUMO: O estudo relaciona questões sobre a crise mundial presente, a cultura e o desenvolvimento humano. Reúne provocações que buscam contribuir para o esclarecimento do conceito e do contexto da crise. Em seguida, coloca a sua relação com a cultura e o modelo de políticas culturais em uso no Brasil, ponderando a articulação das dimensões material e simbólica para o desenvolvimento integrado. PALAVRAS-CHAVE: crise; cultura; desenvolvimento. The Crisis and the Culture ABSTRACT: The study relates questionings about the recent world crisis, the culture and human development. It reunites provocations which try to contribute to the clarifying of the concept and context of the crisis. It also relates it to the culture and to the model of cultural politics in Brazil, meditating the articulations of the material and symbolic dimensions to the integrated development. A etimologia da palavra crise, bem como as acepções derivativas de usos específicos que configuram dezenas de verbetes singul...

A Crise Em Decorrência Da Pandemia Da COVID-19 À Luz Da Filosofia

HUMANIDADES E TECNOLOGIA(FINOM), 2020

Resumo: O presente artigo visa analisar a crise causada pela pandemia da COVID-19 e, para tanto utiliza-se de argumentos filosóficos e, mais especificamente, do pensamento de Nietzsche, considerado um dos filósofos da suspeita, pois apresenta o ser humano em sua vertente realista, que não ignora ou suprime o negativo ou sombrio da existência humana. O ponto de partida é uma breve análise das diversas manifestações da crise na vida das pessoas e da sociedade. Posteriormente, lança-se luz a essa realidade por meio das principais obras de Nietzsche, a saber Assim falou Zaratustra, por meio da qual o autor apresenta a humanidade em decadência e a necessidade de se reacender o espírito visionário, próprio do ser humano, diante de tal situação e Ecce Homo, onde ele aborda a questão da sina e da fatalidade que marcam a humanidade.

Reflexos Da Cultura Brasileira Nas Expressões Da Dádiva Em Clubes De Troca: O Caso Da II Feira Baiana De Economia Solidária

Revista Eletrônica de Ciência Administrativa

O objetivo do presente trabalho é identificar as representações da cultura brasileira e as expressões da dádiva em um clube de trocas ocorrido na II Feira Baiana da Economia Solidária. O marco analítico de partida foi construído sobre os conceitos de dádiva de Goudbout e sobre s peculiaridades da “casa e rua” e do “jeitinho” de DaMatta e Barbosa. Estas expressões culturais foram observadas no espaço de trocas, com algumas modificações nas práticas da dádiva, introduzidas especialmente pela utilização da moeda social. Existe, aparentemente, uma correlação entre todos estes fenômenos, em especial quando se trata da cultura brasileira. A dádiva tende a não surgir espontaneamente neste contexto, mas pode ser liberada por mecanismos específicos. Quando ela ocorre, entretanto, tende a se mostrar acompanhada do “jeitinho”, por ser esta uma expressão típica da cultura nacional.

CRISE ECONÔMICA E CRISE DEMOCRÁTICA: ENTRE A TIRANIA DA ESTUPIDEZ E A ARTE DE PERDER-SE

A pouca preparação, a incapacidade, a má gestão, a corrupção e as mentiras dos políticos de plantão chegaram a conseguir que nos acostumemos as suas imposturas e incumprimentos sistemáticos. Todo um conjunto kafkaniano de disparates, de deploráveis engodos e de promessas vazias que nos faz indiferentes ao cinismo político que trata de defender estratégias de irresponsabilidade sobre a mesma negação do dever, sobre a mesma certeza de dispor de um crédito infinito sobre os cidadãos. Não há um problema de crise econômica distinto do problema de crise moral e política, distinto do problema de crise administrativa e judicial. O que de fato existe, “mais além” de uma crise econômica, é uma crise maior da qual não saímos e nem parece que vamos sair. Crise que se incrustou em nossa forma de vida e que não somente não apresenta melhoria, senão que, como um câncer, se estende e se generaliza. Crise mais preocupante que a econômica e que não para de pedir a gritos a afirmação da confiança, da virtude, da honradez, da liberdade e da segurança pública, sob pena de vermos completamente dilapidado nosso capital moral tanto como o financeiro.[...] Por dizê-lo de alguma maneira, a falta de liquidez é uma carência político-democrática; o déficit creditício é um déficit moral...

O Fim Da Arte, O Tédio E A Miséria Da Vida Quotidiana

Aufklärung: journal of philosophy, 2014

Satisfazer a exigência de interrogar a nossa condição de contemporâneos implica, desde logo, uma crítica do presente. Deste ponto de vista, tornase manifesto o facto iniludível de a Arte e a Revolução, enquanto práticas de ruptura criativa, estarem em crise. Daí que seja imperativo reler Guy Debord, que tanto recusou a estetização da política (a atitude histérica dos fascistas) como a politização da estética (a obsessão totalitária do estalinismo). Para uma hermenêutica da contemporaneidade, a sua obra é, por certo, um lugar incontornável. Proválo, em suma, constitui o desígnio deste ensaio.