Um Estudo sobre as Publicações de Investimentos em Meio Ambiente do Setor Empresarial com Base no Balanço Social (original) (raw)
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2011
Este estudo buscou verificar se os investimentos em meio ambiente afetam positivamente o aumento nas vendas. Utilizou-se uma amostra com 29 empresas de 11 setores de atividade. Os dados foram coletados do balanço social – modelo Ibase e das Demonstrações Contábeis, abrangendo o período de 2002 a 2004, proporcionando um conjunto de 87 observações. Para a análise utilizou-se o modelo com dados em painel, estimado por efeito fixo, após ser submetido ao teste de Hausman, através do Software Eviews 6.0. A variável dependente é a "receita líquida" e a variável independente de interesse é o "investimento em meio ambiente". Como variáveis de controle utilizou-se: "despesas com vendas"; "ativo total" e "PIB", corrigidas dos efeitos inflacionários ao longo do tempo. A hipótese nula (H0) de pesquisa foi rejeitada, permitindo inferir que os investimentos em meio ambiente não determinam aumento nas vendas.
Informativo Tecnico Do Semiarido, 2013
As empresas anualmente disponibilizam em seus websites, informações obrigatórias ou voluntárias com o propósito de transmitir às partes interessadas os resultados de sua gestão, de forma a conquistar, manter ou recuperar a legitimidade na gestão, criação de valor, além de reduzir o custo político. O objetivo do presente estudo busca fazer uma investigação sobre as principais motivações que determinam que as empresas brasileiras de capital aberto pratiquem evidenciação social e ambiental voluntária nos relatórios anuais que patrocinam no ano de 2010. A pesquisa está fundamentada na teoria da legitimidade, na teoria dos stakeholders e na teoria do custo político, que fornecem os elementos teóricos para a evidenciação ambiental. Além disso, buscou-se nos indicadores essenciais da Global Reporting Initiative (GRI) um conjunto de palavras-chave que através da análise de conteúdo, aplicada em uma amostra de 99 empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), verificou a influência de determinadas variáveis sobre o nível de evidenciação ambiental e social nos Relatórios Anuais disponibilizado ao partes interessadas. A compilação e análise de dados permitiu considerar que as empresas que voluntariamente realizam relatórios de sustentabilidade se encontram em estágios mais avançados de posicionamento social e ambiental em relação às empresas que apenas realizam relatórios de administração compulsórios, previstos na legislação. Este fato é amplamente demonstrado pelas análises, correlações e avaliações realizadas com os tratamentos estatísticos interpretados.
Análise De Investimentos Em Ações Ambientais Em Oficina Mecânica
REUNIR: Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade, 2016
Investment analysis on environmental actions in mechanical workshop Análisis de inversión en acciones ambientales en oficina mecanica RESUMO Este trabalho discute a viabilidade de investimentos em ações dedicadas ao cuidado com o meio ambiente, dentro dos aspectos da sustentabilidade. O objetivo é analisar a viabilidade de investimentos em ações ambientais em oficina mecânica do oeste do Paraná. A análise considera os investimentos necessários para adequar uma oficina mecânica para além das exigências legais e sua perspectiva de retorno. A metodologia de pesquisa é descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa. Os dados foram coletados por meio de entrevista e questionário com 51 clientes potenciais. A análise de viabilidade foi baseada no modelo adaptado de Bertolini et al. (2012). Ao final foi possível concluir sobre a viabilidade, a partir da disposição dos consumidores em pagar mais pelos serviços em uma oficina mecânica que agrege valor ao serviço utilizando-se de práticas ambientalmente sustentáveis. Palavras-chave: Sustentabilidade. Meio ambiente. Viabilidade de investimentos. Oficina mecânica.
Publicação ambiente e sociedade
As águas brasileiras estão onde o povo não está, do que decorrem problemas de abastecimento. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a disponibilidade hídrica superficial no Brasil é de 91.300 m³/s e a vazão média é de 180.000 m³/s, entretanto, a distribuição dos recursos hídricos superficiais no território nacional é desproporcional em relação à distribuição da população: "enquanto nas bacias junto ao Oceano Atlântico, que concentram 45,5% da população total, estão disponíveis apenas 2,7% dos recursos hídricos do país, na região Norte, onde vivem apenas cerca de 5% da população brasileira, estes recursos são abundantes (aproximadamente 81%) [...]" (ANA, 2014, p. 30). Além disso, desde 2012, observa-se uma gradativa redução nos índices pluviométricos relativos a algumas regiões do país-tem diminuído a média histórica mensal, considerando dados monitorados desde 1930-o que prejudica a oferta de água para o abastecimento público, especialmente no semiárido brasileiro e em regiões metropolitanas com grande demanda hídrica e muito populosas, como São Paulo e Rio de Janeiro (ANA, 2014b). No entanto, a ANA ressalta que as causas da crise hídrica não podem ser reduzidas às taxas pluviométricas, "pois outros fatores relacionados à gestão da demanda e à garantia da oferta são importantes para agravar ou atenuar sua ocorrência [...]" (ANA, 2014, p. 5). Segundo o documento "A água como um bem e o saneamento básico na RMSP", São Paulo abriga 1,6% de toda a fatia de água disponível no Brasil, enquanto aproxima
A Dinâmica Dos Negócios De Impacto Social e Ambiental
Revista Ciências Humanas, 2022
A sociedade da informação passa por um processo de ressignificar o que a mesma espera da sua economia, criando assim novas modelagens de negócio, como os negócios de impacto social e ambiental que podem ser definidos de forma breve como negócios que visam trazer impacto social positivo e conseguem ter sustentabilidade financeira. O presente artigo traz a jornada de implementação do projeto NISA, que vem acontecendo desde 2018, em Alagoas, por intermédio do Sebrae, tendo como pano de fundo todas as características socioeconômicas do território, e com o objetivo de fomentar a criação e desenvolvimento destes novos modelos de negócio para que possam contribuir na transformação da realidade da população das classes C, D e E. Para isso, foi realizado um pesquisa exploratória, utilizando uma análise bibliográfica e documental a fim de agrupar as informações disponíveis sobre o projeto. Dessa forma, pode-se constatar os primeiros passos rumo à formação de um futuro ecossistema de impacto a...
Revista de Negócios, 2009
This paper presents the results about voluntary disclosure of social and environmental Intellectual Capital (IC) in the 2006 Annual Reports and Sustainability Reports (henceforth, Annual Reports – ARs), and on the websites of the 39 companies that are listed on the "In Good Company" program of the São Paulo Stock Market (BOVESPA). The purpose of this study is to identify how the disclosure of both types of IC is performed and what elements are most frequently disclosed by the companies assessed. To perform the analysis, two matrices containing IC elements were designed – one for social IC, and another for environmental IC. This is a descriptive study, based on data from a secondary source, employing content analysis. The results indicate that environmental elements tended to be disclosed more frequently than social elements. Among the environmental IC elements, the most recurrent category was Internal Structure, both in the reports and on the websites. The same category is...
Impacto dos investimentos socioambientais sobre a taxa de crescimento de empresas brasileiras (Atena Editora), 2024
A atenção voltada para ações que envolvam responsabilidade social por parte das empresas tem sido um tema cada vez mais recorrente na literatura. O cenário econômico atual tem exigido das organizações uma postura mais ética e voltada para as questões socioambientais, indo além das questões financeiras tradicionais. Mais do que uma função social das organizações, os investimentos socioambientais passaram a representar uma estratégia competitiva. Diversos estudos têm analisado os impactos de tais investimentos sobre o desempenho econômico das organizações, porém não existe um consenso quanto a sua importância e nível de relação. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo verificar a relação entre os investimentos socioambientais e a taxa de crescimento econômico de empresas brasileiras. Para isso, foi coletado no Balanço Social dados econômicos de uma amostra de 130 empresas, com publicações ao longo do período entre 2000 e 2008, e a partir dos dados em painel e com o auxílio de uma ferramenta estatística foi estimado um modelo de regressão buscando a visualização da relação entre os investimentos socioambientais e métricas de desempenho econômico, tais como a taxa dos resultados operacionais e líquidos da firma. Embora a relação entre os investimentos sociais externos e as taxas de crescimento aplicadas tenha consistido em um padrão no formato de uma curva U, os investimentos sociais internos e ambientais apresentaram, conforme esperado,
Revista De Contabilidade Do Mestrado Em Ciencias Contabeis Da Uerj, 2012
Sendo o Balanço Social o principal meio de divulgação das informações socioambientais das empresas no Brasil, surge o seguinte questionamento: é possível ao usuário da informação contábil distinguir diferenças entre as empresas que participam do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e as demais empresas que não participam por meio dos indicadores contidos no Balanço Social? Por meio da análise de regressão pelo modelo Logit, constatou-se que não há evidências de que os indicadores do Balanço Social se relacionem com a variável dependente qualitativa, sugerindo que os usuários dessa informação não conseguem capturar as diferenças entre as empresas participantes ou não do ISE. O problema encontrado é que os stakeholders não conseguem prever por meio de informações disponíveis no mercado quais empresas poderão se eleger futuramente ou que empresas poderão deixar de fazer parte do ISE nos anos vindouros.
ESTRATÉGIAS AMBIENTAIS DE EMPRESAS DO SETOR DE PAPEL E CELULOSE NO BRASIL
Introdução A Indústria de papel e celulose no Brasil desempenha um importante papel no processo de crescimento e desenvolvimento econômico. Contudo, a competição mundial, crescentemente acirrada pela busca de ampliação dos mercados, reforça a concorrência por preço e qualidade na produção dessa indústria, além de exigir um permanente monitoramento dos consumidores que vêm se apresentando cada vez mais exigentes em relação aos produtos, processos produtivos e contratos internacionais que, geralmente, requerem certificados de garantia de qualidade segundo as normas da ISO-International Standard Organization. Conforme dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel-BRACELPA, a indústria brasileira do setor de Papel e Celulose é composta por 220 empresas estando presente com unidades industriais e plantações em 450 municípios e 16 estados brasileiros gerando 100 mil empregos diretos nas indústrias e florestas, produzindo 9 milhões de toneladas de celulose por ano (7º do mundo) e 7,9 milhões de toneladas de papel (11º do mundo). No contexto mundial a produção e consumo de papel vem crescendo significativamente. A taxa anual média para o crescimento da demanda mundial é de 3,3%, sendo as categorias de papel do tipo imprimir e escrever as que apresentam as maiores taxas. Os maiores produtores e também consumidores são os países desenvolvidos: EUA, Japão e Canadá respondem por cerca de 47% da produção mundial e EUA, Japão e Alemanha consomem 50% de todo o papel produzido. O Brasil ocupa o 11º lugar entre os países produtores e 12º entre os consumidores de papel. 62 Os principais países exportadores de papel são Canadá, Finlândia, Suécia, e EUA atuando o primeiro fortemente em papel de imprensa, a Finlândia no tipo imprimir e escrever e os EUA em papéis para embalagem. As exportações brasileiras de papel alcançaram 1,46 milhões de toneladas em 2002. As condições necessárias à competitividade de qualquer empresa do setor de papel e celulose são: equipamentos atualizados, economias de escala, acesso a capitais de longo prazo, produtos e processos compatíveis com os padrões estabelecidos de qualidade e de proteção ambiental e capacitação gerencial e produtiva para a condução das engenharias financeiras e comerciais. (BNDES) Os Relatórios de Informações Anuais das empresas mostram que o setor de papel e celulose vem sofrendo o aumento da pressão quanto à qualidade ambiental, exercida em três vetores: exigência de produtos que não agridam o meio ambiente, pelo uso de tecnologias limpas e no deslocamento de matéria-prima de origem florestal por papel reciclado. O processo produtivo da industria de papel e celulose apresenta grande potencial de danos ao meio ambiente. As fibras usadas na fabricação de pasta celulósica para a produção de papel são obtidas, quase que exclusivamente à partir de matérias primas vegetais (madeira) e durante o processo de produção são utilizados produtos químicos e materiais biodegradáveis além da geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, que são os principais causadores de transtornos ambientais, ou seja, desde o cultivo da matéria-prima (madeira) e sua extração, no processo produtivo e também no final do ciclo de vida de seus produtos existem riscos ambientais das formas mais diversificadas. Neste contexto, conhecer apenas o setor, porém, não é suficiente, visto que os níveis de tecnologia e de produção podem variar muito de uma região para a outra e mesmo de uma empresa para outra. Nesta direção, o presente estudo tem por objetivo analisar as estratégias ambientais desta indústria, ou seja, verificar quais as ações, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos empregados pelas empresas do setor no Brasil e no exterior para melhoria e preservação do meio ambiente. Revisando questões ambientais fundamentais Evolução das questões ambientais Nas últimas três décadas ocorreu uma ampliação do nosso conhecimento empírico sobre o funcionamento da biosfera e sobre os riscos possíveis de acidentes nucleares e químicos, de aquecimento global da atmosfera e do efeito estufa, além das ameaças à segurança representadas pelos conflitos e disputas por recursos e pela guerra ecológica. Ainda nesse período, a preocupação com o estado do meio ambiente entra definitivamente na agenda dos governos de muitos países e de diversos segmentos da sociedade civil organizada havendo um considerável Estratégias ambientais de empresas...