Paisagens Linguísticas (original) (raw)

Paisagens de letras e palavras

Anuário de Literatura, 2013

Th is paper presents female writers of the nineteenth century relating them to the socio-cultural environment that shapes the landscape that they walked and which traced the dynamics of their formation and instigated their subject. Th e writers who appear in this text are rebellious in the sense they cared about situations and confl icts that society would rather not noted, seeking alternative passages to modify them, especially those related to the family, the education of women and love.

Paisagens literárias

2023

O artigo trata da contribuição do conceito de paisagens literárias para o estudo da literatura de terror ambientada no sertão nordestino, no âmbito da história cultural. Para isso, utiliza-se o suporte teórico de Jean-Marc Besse (2014) acerca dos estudos sobre paisagem nas humanidades, além de Michel Collot (2013) no que se refere ao conceito de paisagens literárias, realizando-se um exercício de seu uso na análise do conto "Brenda e a estrada amarela", de Filipe Falcão (2021). Conclui-se que discutir as paisagens sertanejas apresentadas na literatura de terror contribui para compreender a origem e persistência de determinadas noções acerca desse espaço, o que pode gerar contribuições significativas para o debate sobre as relações entre história e literatura.

Paisagem linguística de Timor-Leste

Domínios de Lingu@gem

A Constituição da República Democrática de Timor-Leste estabelece o português e o tétum como línguas oficiais, reconhecendo o inglês e o indonésio apenas como línguas de trabalho e determinando o estudo e a preservação das diversas línguas nacionais. Através da análise de um recorte da paisagem linguística da capital, Díli, este estudo oferece uma perspectiva sobre a representação e distribuição das várias línguas naquela paisagem, enquadrada por uma breve contextualização em termos de política linguística, na tentativa de apurar se existe predominância de alguma(s) língua(s) sobre as outras, de verificar a visibilidade das línguas nacionais e de averiguar se há lugar a outras línguas distintas das nacionais, das oficiais e das de trabalho. Ademais, será feita a comparação dos resultados agora obtidos com aqueles apresentados noutros estudos sobre a mesma temática, naquele mesmo contexto.

Paisagens e Narrativas

In. A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens. Brasília, EdUnB, 2002

Nem confissões, mergulhos subjetivos, nem ensaios clássicos, as paisagens articuladoras de imagens e conceitos são marcas de um sujeito feito de exterioridades, de um texto de superfícies, como já era O Livro das Passagens de Walter Benjamin. “Talvez nós necessitemos tentar nos redefinir em uma paisagem onde seja possível encontrar mais verdades laterais. O que para outros são desvios, são para mim dados que definem meu caminho” (BENJAMIN apud CHAMBERS, 1990, p. 81) A paisagem é mais do que um estilo de pensar e escrever, é uma forma de viver à deriva, entre o banal e o sublime, a materialidade do cotidiano e a leveza do devaneio (HIRSCH, 1995, p. 3/4). Ao invés de pensar, caminhar; salvar-se no mundo das coisas e não apenas ser voyeur ou consumidor, deixando rastros, idéias para trás a cada novo momento, a cada encontro; renovar-se constantemente, mesmo que seja num modesto passeio, um deixar-se, uma dissolução, mesmo quando voltamos para casa. “ A paisagem vem a nós de todas as direções, de todas as formas” (WOOD, 1995, P. 3). O mar. O mar. O mar.

Paisagem e Literatura

2020

Literatura e Geografia caminham lado a lado na materializacao do ficcional para o real, dentro de um processo mimetico. Assim, este trabalho tem por objetivo trazer observacoes feitas a partir da leitura do poema Morte e Vida Severina, escrito por Joao Cabral de Melo Neto, entre os anos de 1954 e 1955, e publicado em 1956. Este poema conta a historia de Severino, homem que sai do Sertao em busca de uma melhor qualidade de vida. A metodologia utiliza-se de uma revisao bibliografica em que apontamos como principais fontes teoricas de consulta: Bachelard (1986), Monteiro (2002), Feitosa (2010), Pinheiro Neto (2012) e Alves (2018).

Paisagem Cultural

Abstract Philosphy is that ‘search for knowledge’ by man which aims to improve our knowledge of what is around us and create institutions which make a better life possible. In this article we aim to demonstrate that culture is a spiritual and material product of man within a community and as such identifies with the same community, (Cassierer 1968. Herder 1971). Our understanding of culture is of a space where all the anthropological dimensions of man are expressed, be they existential, intellectual, decisive and actional. Philosophy intervenes and accompanies the process of man’s learning through the assimilation of those values with contribute to his full realization. Starting from the subjective and objective concepts of culture, this article aims to study the relation between philosophy as man’s conscious knowledge and culture as the fruit of man’s intelligence. A philosophical reading makes it possible to see the foundations and characteristics of culture, and thereby conclude that Mocambique is a group of cultures and none can claim to be superior to any other. Only complementarity and the principle of complementarity can be used also in relation with other cultures which come from outside Mozambique. keywords: culture; tradition

Paisagem Linguística Em Contexto Fronteiriço: Estudo De Caso Em Tabatinga (Bra) e Leticia (Col)

Trama, 2020

Neste artigo apresento um estudo de caso sobre a paisagem linguística na fronteira entre as cidades de Tabatinga (Brasil) e Leticia (Colômbia), com base nos conceitos de paisagem linguística (Bloomaert, 2012; Shohamy, 2010; Cenoz y Gorter, 2006), superdiversidade (Bloomaert y Rampton, 2012; Vertovec, 2007) e metrolinguismo (Otsuji; Pennycook, 2010). Este estudo de caso utiliza como dados de análise imagens de placas e letreiros de estabelecimentos comerciais, localizados próximo ao marco de fronteira entre Brasil e Colômbia, fotografadas durante trabalho de campo nas cidades mencionadas e tem como objetivo pensar a paisagem linguística como um dos instrumentos que podem auxiliar no diagnóstico sociolinguístico dos repertórios comunicativos dos falantes de uma determinada comunidade e o status das línguas nesses territórios fronteiriços. Além disso, proponho pensar a paisagem como um importante recurso para a promoção do multilinguismo e das línguas autóctones invisibilizadas pela he...

Territórios e Paisagens na América Latina

Fronteiras - Journal of Social, Technological and Environmental Science, 2017

omo invenção moderno-colonial, a América Latina por séculos foi vista como " espaço " puro, um continente vazio a ser preenchido. Pretensamente impelidos e agraciados pela vontade divina, os europeus viam a si mesmos como agentes históricos no duplo sentido da expressão, ou seja, como atores e escritores do drama da colonização. Com suas armas, sua biota e suas letras, os colonizadores ao mesmo tempo criaram e preencheram o " espaço " americano – exterminando e substituindo as populações nativas (humanas e não-humanas), geometrizando a representação da terra e registrando alfabeticamente uma história regional sob a perspectiva dos invasores.