Epicuro no contexto do Helenismo (original) (raw)

2012, Revista de Ciências Humanas

Nós, ocidentais os mais tardios, somos a vigência do último-ismo, pós-posto à última síntese das experiências de realidade trazidas pela tradição histórica, desde a Grécia de Homero, no seu jogo de memória e esquecimento, conservação e transformação, retomada e abandono. O Helenismo é parte de nós. E um nome que circula em nossa biblioteca. E um nó de tensão histórica no qual enxergamos uma peripécia fundamental de nossa própria essência errante. Trata-se do-isnno do primeiro de nós, o Heleno. Primeiro significa: o originário de nós, o inaugural de nós, o nosso principio. 0 Heleno concebeu a Poesia tpica, a Tragédia, a Retórica, a Fisiologia, a Filosofia. Esta última representou para ele a tematização, a problematização, a explicitação da consciência de si mesmo, expressa na linguagem da Poesia tpica, da Tragédia, da Retórica, da Fisiologia. Herdeiro dessa experiência de linguagem que é a Filosofia e, portanto, do caráter de crise que lhe é inerente, o Helenismo é a crise dessa crise. Esta inaugurado o