Principais queixas e relatos de mães participantes de um grupo de intervenção (original) (raw)
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Nova Perspectiva Sistêmica, 2019
Neste artigo são analisados os sentidos atribuídos por pais adotivos à construção de vínculos parento-filiais, ou seja, vinculações que pressupõem o sentimento de pertencimento a uma família. Apresentam-se as análises de uma pesquisa qualitativa, da qual participaram quatro pessoas (um pai e três mães) de diferentes famílias que realizaram adoção tardia e que residem na região da Grande Florianópolis (SC). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas. As narrativas escutadas foram observadas tendo como referência teórico-metodológica a “análise de práticas discursivas e de produção de sentidos” de Spink e Medrado (2013). As análises indicaram alguns sentidos sobre a construção de vínculos parento-filiais em casos de adoção tardia, tais como: necessidade de construir uma adaptação para a criança que está sendo incluída na relação familiar; integração do passado da criança na dinâmica e na história da família atual; compreensão dos mecanismos de defesa da criança; promoção de sentimentos de pertencimento. Considera-se que a construção de vínculos parento-filiais é um indicativo do potencial sucesso da adoção; e que essa construção perpassa todo o processo, desde o período de decisão em adotar crianças até a consolidação dos vínculos parento-filiais na nova dinâmica familiar.
Cotidiano de mães acompanhantes na unidade de terapia intensiva neonatal
Revista de Enfermagem UFPE on line, 2018
RESUMOObjetivo: analisar o cotidiano das mães acompanhantes cujos filhos estão internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Método: estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado na Casa da Puérpera de uma maternidade pública. Os dados foram produzidos por meio de entrevista semiestruturada, com cinco mães; em seguida, analisada pela Técnica de Análise de Conteúdo na modalidade Análise Categorial. Resultados: emergiram três categorias: << Estar acompanhante: mudanças no cotidiano e o enfrentamento da hospitalização >>; << Ocupação com o filho e ociosidade: o antagonismo do cotidiano >>; << Rede de apoio social no cotidiano da hospitalização >>. Conclusão: durante a permanência no hospital, as mães passam a conviver em um ambiente que lhes é estranho, afastando-se de seu cotidiano, tendo que conviver com uma nova cotidianidade. Ressalta-se a importância de estender a assistência para além do recém-nascido hospitalizado, estabelece...
Maternidades Plurais: os diferentes relatos, aventuras e oceanos das mães cientistas na pandemia, 2020
Desde que minha primeira filha nasceu sinto vontade de trabalhar mais e não posso. Não sobra tempo. São agora 01:39h e estou aqui. Confesso a inveja de jovens mulheres sem filhos e filhas que viajam o mundo à trabalho e à turismo, sem hora para voltar para casa. Sinto saudades de mim mesma quando eu era uma dessas mulheres. Tanta saudade que chego a me esquecer a solidão de estar em lugares fantásticos e não ter vontade de sair do quarto de hotel para jantar. Dei azar de ter uma filha que acorda sempre cedo e quando eu tento me levantar mais cedo que ela para trabalhar, ela me surpreende entrando no quarto, com os olhos miúdos, mas excitados, perguntando: o que temos para hoje? Lá se foi meu plano de trabalhar algumas horas na madrugadinha. Daí só volta a dormir lá pelas 21h. Na madrugada não tem interrupções de gritos nem apelos de "mamãe, me limpa, fiz cocô" e posso contemplar a vida sozinha com meus pensamentos.
Grupos de orientação de pais: estratégias para intervenção
Contextos Clínicos, 2012
Resumo. Esse trabalho relaciona-se à prevenção de problemas de desenvolvimento, pois se dirige a pais de crianças que apresentam queixas escolares ou de comportamento inscritas para tratamento psicoterapêutico no Serviço de Psicologia Aplicada vinculado à Universidade Federal de Sergipe. Neste artigo é apresentado um levantamento de queixas referidas por mães que frequentaram um grupo de orientação, cuja fi nalidade foi atender a essa população, analisando-a segundo a teoria bioecológica de Bronfrenbrenner. Seis mães participaram de oito encontros nos quais foram discutidos temas relacionados às queixas e a aspectos do desenvolvimento infantil, além de sessões lúdicas com seus fi lhos. Os resultados obtidos das entrevistas iniciais e fi nais e dos registros das sessões revelaram que as mães identifi caram melhora nas queixas apresentadas, relacionando-a a alterações em seus próprios comportamentos face às temáticas trabalhadas no grupo de orientação.
Research, Society and Development
O presente estudo tem por objetivo identificar a percepção das mães, de pacientes com anomalias craniofaciais, sobre o primeiro atendimento em um serviço de reabilitação na região Oeste do Paraná. Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa e exploratória, de revisão narrativa, em que se utilizou o método de Análise de Conteúdo proposto por Bardin e análise estatística das porcentagens. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas para a coleta de dados qualitativos e os dados quantitativos foram extraídos do estudo socioeconômico aplicado. A população foi composta por 20 mães, de pacientes com idade entre 0 e 2 anos, inseridos no serviço de reabilitação. Em relação ao perfil das mães, os dados apontam que a maioria são jovens, com média e baixa escolaridade, no qual significativa parcela se dedica exclusivamente ao trabalho doméstico e aos cuidados com os filhos. Quanto às características do grupo familiar, destaca-se um perfil de baixa renda, em que 75% das mães entrevistadas têm ...