Museu Nacional: espaço, arquivo, memória (original) (raw)
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Memento mori: Museu Nacional e o arquivo sem museu
Contemporânea - Revista do PPGART/UFSM, 2020
Este artigo parte de uma análise do conteúdo visual compartilhado no Instagram sobre o Museu Nacional do Rio de Janeiro após o incêndio que destruiu quase a totalidade de sua coleção, em 2 de setembro de 2018. Focando na hashtag #museunacionalvive, e concentrando a busca no primeiro ano após o trágico episódio, discutimos como esse arquivo sem museu (Foster, 1996) pode ser visto como um memorial difuso criado por memórias coletivas. Argumentamos, ainda, que esse memorial involuntário que surge de forma espontânea com o compartilhamento de imagens pessoais de arquivo ou de outras categorias existe também como uma compensação para a falta de programas públicos que tratem da memória e preservação do patrimônio no Brasil. Além disso, também apresentamos algumas proposições sobre o processo de remediação de um arquivo que não existe mais após a perda material da maioria de seus 20 milhões de itens a partir do conjunto de imagens fantasmagóricas que existem enquanto vestígio. Nesse senti...
Informação & Informação
Objetivos: Identificar os elementos do sistema Colheita e refletir sobre questões técnicas e teóricas que o ancoram. Abordar a relação entre memória, informação e arquivos, além de demonstrar a interdependência das ações do homem com a informação e a memória. Metodologia: A pesquisa se caracteriza como descritiva e qualitativa, com discussão centrada em autores da área de Ciência da Informação e da Memória Social. Resultados: As reflexões teóricas suscitam questionamentos acerca do projeto de reconfiguração e implantação do sistema Colheita e, sobretudo, embasam a constatação de que ambos são construções coletivas da memória. Conclusões: Ao considerar que um dos objetivos da Semear é salvaguardar a documentação institucional sobre a memória do Museu Nacional, aponta que as memórias pós-catástrofe devem ser contempladas no projeto de reconfiguração e, consequentemente, inseridas no Colheita.
Os Arquivos do Museu Nacional e espetacularização do índio marajoara
2018
O objetivo e analisar a disseminacao do simbolismo marajoara das pecas arqueologicas encontradas na ilha do Marajo. A base documental dessa pesquisa e constituida por fontes do seculo XIX publicadas na revista do Museu Nacional. Da ciencia, o simbolismo marajoara passou a ser utilizado na arte, na arquitetura, nos espacos publicos e privados.
Nas teias da memória, o museu, o arquivo e a produção de conhecimento
Línguas e Instrumentos Línguísticos
A obra Museus, Arquivos e Produção do Conhecimento em (Dis)curso traz ao leitor uma série de textos interessados em discutir a memória enquanto objeto teórico e simbólico. Organizado por Maria Cleci Venturini, reconhecida pesquisadora sobre o discurso urbano, o livro caracteriza-se por uma pluralidade pulsante de pesquisas, reflexões e inquietações provenientes de diferentes campos do saber, como a análise de discurso, a literatura e a história das ideias linguísticas. Cabe salientar que a publicação, de 2017 (Pontes Editores), é resultado das discussões do “I Colóquio Museus, Arquivos: espaços de memória no/do discurso urbano” realizado na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) em 2016. A coletânea, prefaciada por Amanda Scherer, conta com a presença de quinze capítulos escritos por pesquisadores de variadas instituições, o que demonstra, em certa medida, a heterogeneidade e a originalidade da organização do volume. Os eixos estruturadores, a saber, museus, arquivos e pr...
Tempo e espaço como experiência no museu
Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade de Brasília , 2018
O artigo discute como a categoria historiográfica do tempo se manifesta em espaços expositivos. O estudo de duas instituições - o Museu Histórico Nacional (MHN), localizado na cidade do Rio de Janeiro, e o Museu de Artes e Ofícios (MAO), em Belo Horizonte - analisa a interposição entre a concepção do desenho espacial expositivo e o conceito narrativo, focalizando a representação temporal em ambas as exposições de longa duração. Por meio do processo de espacialização de acervos orientado pelo conceito curatorial, as representações de tempo ganham materialidade como imagens e se oferecem à experiência sensível do público. O artigo é resultado da pesquisa "História, herança cultural e temporalidade: conhecimen-to e imaginário museológico", desenvolvida com o apoio da Fapemig-Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais. 2 Professora Adjunta da Escola de Ciência da Informação da UFMG, atuando especialmente no Curso de Graduação em Museologia.
Um Museu Nacional em Brasília: considerações sobre a formação de seu acervo
Revista Em Questão, 2024
Este artigo propõe uma análise sobre o percurso de criação do Museu Nacional da República em Brasília, museu público administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, e sobre aspectos relativos à formação de seu acervo. Interessou-nos entender sua trajetória de funcionamento, colecionamento e gestão, o que o fez configurar-se como um museu de artes visuais desde sua inauguração em 2006, levantando, assim, considerações acerca das políticas da área cultural e das relações dessas com a memória social.
Museu Nacional: elogio, lamento, augúrio
Anuário Antropológico, 2019
Luiz Fernando Dias Duarte é formado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1972), obteve o mestrado em Antropologia Social pela UFRJ (1978) e o doutorado em Ciências Humanas pela mesma universidade (1985). Fez pós-doutorado na EHESS, Paris (1991). Atualmente é Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, do Museu Nacional, da UFRJ. É pesquisador 1A do CNPq. Desde o livro Da Vida Nervosa nas classes trabalhadoras urbanas (1986), publicou ou editou outros treze; além de uma centena de trabalhos científicos. Já orientou mais de setenta teses e dissertações. Foi Professor Visi
2016
Perceber os idosos como fontes de informacao e conhecimento fundamentais para a sociedade, tendo as suas memorias como referenciais basilares da vida em comunidade , e reconhecer a relevância de envolve-los no cotidiano museologico, respeitando o processo de envelhecimento a que todo ser humano esta exposto. Por serem escassos os relatos de acoes museologicas que envolvam pessoas idosas e ao atentar para o papel da museologia na discussao da senilidade, o presente ensaio busca expor as primeiras experiencias orientadas aos senis, desenvolvidas pelo Museu Historico de Morro Redondo. Conjuntamente a descricao das acoes, o ensaio propoe-se a refletir sobre memoria, velhice, identidade, museu, senilidade, patrimonio, protagonismo e vida, provocando questionamentos sobre as perspectivas teorico-metodologicas da museologia.
O Museu Nacional e a construção do patrimônio histórico nacional
RREVISTA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL, 2012
Nosso interesse no presente texto é mostrar a interação constante entre o Museu Nacional, particularmente na esfera da antropologia, e o Sphan, para tanto procurando um ângulo pouco explorado na pesquisa sobre a história da constituição do patrimônio histórico e artístico nacional e do próprio saber antropológico no Brasil. Ou seja, aquele que se refere à constituição de coleções científicas e de sua exibição em exposições
Informação e Mediação Em Arquivos De Museus
2021
Modalidade da Apresentação: Comunicação Oral Resumo: O presente artigo consiste em um apontamento inicial sobre o papel dos arquivos dentro das instituições museais, analisado na dimensão da documentação e da mediação, bem como os processos para a sua preservação. Destaca as sistemáticas adotadas pelos arquivos e pelos museus no trato dos seus objetos, que apresentam particularidades e diferenças que devem ser respeitadas e analisadas para o entendimento do processo de gestão da informação e documental praticadas no âmbito institucional. A relação dos procedimentos que alimentam os arquivos, aqui entendido, como de cunho museológico e suas particularidades, passam pela gestão administrativa e técnica do museu, resulta em uma série de documentos que servem de base para os processos comunicacionais do museu, a exemplo de exposições, material gráfico e redes sociais. Para entender essa dinâmica adotou-se como procedimento metodológico a pesquisa qualitativa, com um enfoque analítico das referências que discutem o tema. Essa análise passou pela compreensão da sincronicidade entre as ações que os arquivos e os museus desempenham na geração da informação para a sociedade. As discussões permitiram compreender os pontos de intersecção entre as áreas da Museologia e Arquivologia, bem como suas contribuições, que permitem um olhar diferenciado nos processos de tratamento, gestão e mediação cultural.