Rainha no cinema, empregada na TV. Mito e trajetória artística de Zezé Motta, 1976 - 1984 (original) (raw)
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Tempos históricos, 2013
Resumo: Este artigo busca analisar as produções memorialísticas e as narrativas pelas quais se constituiu historicamente a figura e o mito em torno de Zezé Leão 2. Personagem presente na vida social e política piauiense, Zezé Leão tornou-se símbolo de violência e terror em uma época marcada pelos conflitos políticos protagonizados entre as principais frentes partidárias no estado na década de 1940: União Democrática Nacional (UDN) e Partido Social Democrata (PSD). Analisamos como as redes discursivas aferem visibilidade à imagem de violência vinculada a sua pessoa. Em torno dessa compreensão, é que nos voltaremos a abordar, os fatos, os mitos, as histórias, "causos", e memórias que falam de um passado e o representam em meio às incursões do tempo presente.
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O enigma da Marquesa de Sade: realidade e ideal no teatro de Mishima
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The writer Yukio Mishima is known in the Occident mostly for his novels, but he also wrote many plays for the theatre inspired in oriental and western themes. In Madame de Sade, from 1965, the main role is given to the wife of Donatien Alphonse François de Sade, the 18th century libertine and writer. In this paper, we examine Mishima’s reasons for his choice of protagonist. We also try to show how some of the subjects raised in the play reflect ideas that are dear to the author.
Desmitificando Leila Diniz: a estrela em Mulheres de cinema, de Ana Maria Magalhães
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Waldir Cezaretti de Freitas, 2019
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Djanira da Motta e Silva: Crônica de uma mulher autofabricada
Djanira: a memória de seu povo, 2019
Ensaio sobre o trabalho da artista brasileira Djanira da Motta e Silva para o catálogo da exposição Djanira: a memória de seu povo que aconteceu no MASP – Museu de Arte de São Paulo e na Casa Roberto Marinho (Rio de Janeiro) em 2019.
A diva como ficção da dor - literatura e biografia em Sylvia Plath
Programa de Pós-Graduação em Literatura, Doutorado, UFSC Crítica cultural, divas, Sylvia Plath ST 63 -A escrita do eu: ficções e confissões da dor O período glorioso vivido pelo star system, entre as décadas de 1930 e 1960, fez a morte e a fatalidade recuarem frente ao "otimismo providencial" lançado sobre a cultura de massas 1 . Por meio do happy end a indústria cinematográfica de Hollywood pretendia reformular o núcleo afetivo do imaginário público ao introduzir a figura do herói que, ao final da trama, alcança o sucesso e a felicidade na forma de um destino irrevogável do ser humano. Isto representava o rompimento com
Como Era Gostoso o Meu Francês e Iracema, a virgem dos lábios de mel: a mulher indígena no cinema
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Este artigo analisa como as obras cinematográficas Como Era Gostoso o Meu Francês (1971) e Iracema, a virgem dos lábios de mel (1979) constroem as personagens indígenas de suas tramas. Tendo como base teórica-metodológica os preceitos arqueológicos desenvolvidos por Michel Foucault, investigamos os discursos materializados nas personagens indígenas Seboipepe e Iracema. Para isto, identificamos as regularidades e dispersões entre os enunciados presentes nessas duas produções fílmicas e as formações discursivas que eles compõem. Compreendemos que essas obras cinematográficas colocam em circulação diferentes discursos sobre as mulheres indígenas brasileiras. Esses discursos estão inseridos em redes de memórias historicamente construídas e que têm suas bases alicerçadas no século XVI, época em que os portugueses chegaram ao Brasil e objetivaram o corpo e a identidade dessas nativas. A partir da análise das condições de possibilidades históricas dos discursos compreendemos também que o p...
Patrimônio oral: memórias sobre o Cinema da Floresta e a Produtora de Cinema Regina
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