Cartografias subjetivas na cibercultura: o caso da rede social do orkut (original) (raw)

Uma Cartografia Das Repercussões Das Redes Sociais Na Subjetividade

Psicologia em Estudo, 2016

O objetivo deste artigo é mapear as possíveis repercussões ou influências das redes sociais de internet na subjetividade de seus usuários. As concepções e sentidos subjacentes à vivência dos participantes, em termos da autoapresentação e interação nesse ambiente, constituíram-se no objeto de estudo desta investigação. A metodologia fundamentou-se na pesquisa qualitativa com base na observação participante e em entrevistas semiestruturadas com 16 participantes do facebook, de ambos os sexos, de diferentes idades, etnias e níveis socioeconômicos. A interpretação dos dados foi efetuada por meio de um diálogo entre a concepção de subjetividade prêt-à-porter e noções da psicanálise. Como fatores positivos, constatou-se o potencial de ampliação das formas de sociabilidade, de aprendizagem, de empoderamento e de elaboração psíquica. Por outro lado, evidenciaram-se o risco de inversão do tempo de produção e de socialização e a ocorrência do sentido de vigiar e ser vigiado. Os resultados res...

O método cartográfico na/com a formação na cibercultura

2020

O presente artigo problematiza a formação docente, a partir de experimentações cartográficas, sobretudo em nossa sociedade contemporânea marcada pelo digital em rede, denominada de cibercultura. Para isso, mergulhamos nas ideias de Deleuze, Guattari, Rolnik, Foucault entre outrxs e a partir dessas ideias, traçamos articulações cartográficas de metodologizações e movimentações ética-estética-políticas com xs estudantes da disciplina de Educação do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ. Como desdobramento dessa experimentação, destacamos que o método cartográfico é um método processual, analítico-crítico, é produzido no ato de pesquisar com o outrx e não sobre o outrx; cartografar é um gesto político, epistemológico, reflexivo e crítico, no qual conduz o/a pesquisador/a tomadas de posição e análises aprofundadas da complexidade de seu tempo.

Imaginários da cibercultura a partir do pensamento complexo

Revista Terceiro Incluído

O presente artigo tem por objetivo discutir conceitos, imagens e narrativas que constituem os imaginários da cibercultura. Partindo da importância da cibernética na constituição de um ciberimaginário, localizam-se as ideias-chave (comando, correspondência entre sistemas, transmissão de informações e retroação) e as vertentes de imagens que lhe são subjacentes, seguindo a perspectiva da escola francesa de antropologia do imaginário. Depois, este trabalho expõe discussões de Edgar Morin sobre a cibernética e as reabilitações que ele opera em seus conceitos e imagens a partir do pensamento complexo. Por fim, discute as limitações e potencialidades associadas à ciência do comando.

Uma cartografia das poéticas do ciberespaço

Conexão-Comunicação e Cultura, 2010

Resumo: Este artigo tem por objetivo traçar uma cartografia da criação no ciberespaço. Como critério adotado na escolha de obras a serem analisadas, foram privilegiados trabalhos que se apropriam das redes gerando ou estimulando práticas colaborativas. O artigo inicia com um panorama histórico sobre arte telemática e avança na discussão conceitual a respeito dos termos arte online, net.art e net arte. Em seguida, são propostas três categorias de experimentação: poéticas da programação, poéticas da navegação e poéticas dos bancos de dados.

Cartografando multiterritorialidades docentes e discentes na cibercultura

Acta Scientiarum. Education

O artigo tem como objetivo analisar as multiterritorialidades e os processos de conhecer de docentes e discentes do 9º ano do Ensino Fundamental, ao acessarem o território virtual. Os participantes do estudo pertencem a uma escola pública de uma cidade de médio porte de Minas Gerais, que funciona em tempo integral, e a fonte dos dados produzidos foi a entrevista narrativa. O aporte teórico são as contribuições de Rogério Haesbaert sobre território, de Gilles Deleuze e Félix Guattari sobre rizoma, em diálogo com autores(as) que se debruçam sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação e suas relações com a educação. A análise mobiliza a cartografia como um dos princípios do rizoma e mapeia as apropriações do território virtual feitas por docentes e discentes, ao acessarem uma rede de interações rizomáticas na cibercultura. Os resultados indicam, na constituição das multiterritorialidades docentes e discentes, diferentes graus de vulnerabilidade informacional e diferentes processos...

Sobre redes de interação subjetiva: a comunicação como vetor da cibercultura

Verso e Reverso, 2014

Seria a "tecnologia" uma força autônoma capaz de impulsionar os avanços das sociedades modernas, como afi rma Kevin Kelly (2012)? Contrariando essa ideia, acreditamos que tal autonomia está situada, não na tecnologia, mas na Comunicação em sua concepção humana, mediada pela tecnologia. Trata-se da comunicação analisada, não mais como visão sistêmica, e sim do ponto de vista da complexidade, como a defi nem Morin (2007) e Bar-Yam (2004). É essa outra compreensão da cibercultura que nos faz perceber a existência de redes de interação subjetiva, cuja característica principal é a constante negociação entre a expressividade pessoal e as concepções coletivas, transitando na Rede e gerando vetores de mudanças e transformações na sociedade da informação. O propósito do presente artigo é demonstrar como a comunicação gera vetores de mudanças a partir dos grandes fl uxos informacionais imprevisíveis, a exemplo das redes de interação subjetiva. Palavras-chave: comunicação, redes de interação, cibercultura.

[2006] Folkcomunicação e Orkut: os culturalmente marginalizados

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2006

No presente artigo os autores apresentam algumas comunidades do Orkut como manifestações comunicacionais culturalmente marginalizadas, adequando este objeto às teorias da Folkcomunicação. Para isso faremos uma breve apresentação do referencial teórico usado no artigo, o da Folkcomunicação, seguindo por um recorte histórico referente ao nosso objeto, partindo do macro para o micro, ou seja, da Internet até o Orkut e suas comunidades. Por fim traçaremos um paralelo entre nosso objeto e nosso referencial teórico, baseando-se sempre nas premissas de Luiz Beltrão.