Afonso Lopes Vieira, o português de Portugal (original) (raw)

Foi com muito gosto que acedi a um convite conjunto, para me encontrar hoje aqui a comemorar esta data que une esta assembleia de pessoas-os 50 anos sobre a morte do nosso querido poeta Afonso Lopes Vieira [ALV], ocorrida em 25 de Janeiro de 1946. Sem dúvida alguma me agradou que a BML, depositária de grande parte do espólio de Lopes Vieira, e o Arquivo Distrital de Leiria, também ele fiel guardador de algumas memórias da vida civil do nosso poeta, se tivessem unido nestas comemorações. Mas, pela parte que me toca-e apareço aqui na modesta qualidade de investigadora de um tema literário, que é o próprio ALV-não posso deixar de partilhar duas enormes responsabilidades com que este simpático convite me carregou. Em primeiro lugar, e como investigadora, não posso deixar de relembrar hoje três importantes momentos no historial post-mortem de ALV. Em 1968, a palestra feita na sessão solene da abertura do ano lectivo na antiga Escola do Magistério Primário de Leiria, em 10 de Novembro de 1967, pelo Professor Aníbal Pinto de Castro, editada pela CML, e que deve ser lembrada como um dos primeiros convites feito aos futuros professores do 1º. ciclo do ensino básico, no sentido de divulgarem uma obra, tão naturalmente didáctica e vocacionada para fins pedagógicos, como a do poeta ALV. Precisamente há 25 anos atrás, em 1971, as conferências proferidas pelo Dr. Américo Cortez Pinto, e os discursos do então director da Biblioteca, Dr. Gentil Ferreira e Sousa, durante as comemorações do 25.º aniversário da morte do grande poeta leiriense. Aí se podem hoje recolher informações úteis sobre todo o historial da BML, sobre a doação do espólio, consumado através da esposa do poeta, D. Helena Aboim Lopes Vieira, e sua inauguração oficial em 30 de Abril de 1955. Faz o Dr. Gentil, nessa data já distante, referência a alguns inéditos de que a biblioteca é depositária, bem com aos preciosos volumes de correspondência com personalidades importantes da época, desde Teófilo Braga a Vitorino Nemésio, passando por D.