Doenças das Abelhas (original) (raw)

Existe uma grande variedade de doenças que acometem as abelhas, logo é necessário que o apicultor conheça algumas doenças, principalmente as que atacam as crias, já que se não forem tratadas a tempo podem ocorrer prejuízos tanto para os indivíduos quanto para as perdas econômicas. Nenhuma das doenças das abelhas é transmitida ao homem, porém alguns dos produtos que os controlam podem afetar a saúde humana se não forem usados de acordo com certas instruções. As doenças das abelhas podem ser descritas de diferentes maneiras, no entanto, para fins práticos deste trabalho, se definirão as doenças que acometem as crias e, depois, as que atacam as abelhas adultas e, por conseguinte, cada tópico apresenta subdivisões relacionadas ao agente causador, como diagnosticar e, finalmente, como evitar ou solucionar o problema quando se encontram evidências de sua presença nas colmeias. Os apicultores experimentais podem identificar as doenças das crias, entretanto, as doenças dos adultos somente podem ser detectadas mediante laboratórios através de análise de amostras, sendo recomendado realizá-las mensalmente. A manifestação de doenças nas colmeias pode gerar prejuízos diretos pela diminuição da produtividade, uma vez que aumento da mortalidade dos indivíduos, tanto de crias como de adultas, acarreta uma grande redução da população da colônia com posterior redução da produção. Nos casos mais graves, o apicultor poderá perder seus enxames, uma vez que as abelhas africanizadas possuem a tendência de abandonar as colmeias quando há declínio do número de indivíduos ou quando há um número excessivo de crias mortas. Em países com alta ocorrência de doenças, os apicultores costumam sofrer prejuízos devido aos gastos com antibióticos para o controle das doenças. Além disso, pode ocorrer contaminação dos produtos apícolas com os resíduos de medicamentos, o que prejudica a comercialização, principalmente para o mercado externo. Uma colmeia em boas condições sanitárias deve gozar de uma população vigorosa de abelhas, com diferentes estados de crias em seu ninho, a postura da rainha deve ser de um ovo por célula posto no centro e fundo da célula, uniforme, de uma maneira concêntrica, as larvas devem apresentar uma coloração branca pérola brilhante sem odores ofensivos, a cria selada deve mostrar-se parceira, não assustada nem isolada. Ao ser observada uma diminuição brusca do número de indivíduos, ausência de postura, sem uniformidade, vários ovos por célula, ovos colocados nas paredes das células, larvas de cor escura, odores fortes, opérculos sobressaltados, abelhas pouco ativas ou nervosas, podem ser sintomas de doença ou de desordem nas abelhas. As doenças que acometem em abelhas provêm de bactérias no caso das crias pútridas americana e europeia; dos fungos no caso da cria giz e de vírus ou pólen de planta (Brasil) no caso da cria ensacada que afetam as crias; fungo no caso da nosemose que afeta as adultas e, por fim, de ácaro no caso da varroatose que afeta tanto crias como adultas.