A cidade, a universidade e o Império: Coimbra e a formação das elites dirigentes (séculos XVII-XVIII) (original) (raw)
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A Universidade de Coimbra e a Reforma Pombalina de 1772
2013
A presente dissertacao dispos do objetivo de investigar o impacto da Reforma Pombalina de 1772 sobre a Universidade de Coimbra. Para tanto, alem de varias obras sobre historia politica, economica, cultural e educacional referentes ao periodo, foram utilizados alguns pressupostos teoricos relativos ao conceito de nacao. Como fonte da pesquisa, foram consultados, dentre outros documentos, a legislacao pombalina, a historiografia classica sobre o assunto e, sobretudo, o Compendio Historico (1771) e os Novos Estatutos (1772), quesustentaram as finalidades da composicao da nova Universidade estabelecidas pelo seu reformador, Sebastiao Jose de Carvalho e Melo, o Marques de Pombal. Como conclusao, evidenciou-se que a reforma educacional vinculada aum programa pedagogicose firmou nao so como uma proposta de modernizacao do reino portugues, mas tambem como um libelo contra todo o sistema de ensino jesuitico que ate entao era dominante em Portugal.
As relações entre o poder temporal (rei) e o poder espiritual (papa), por vezes estiveram estremecidas ao longo do medievo. Baseado nesse argumento o presente artigo visa discutir as querelas herdadas por D. Dinis ao assumir o trono português. Evidencia-se, que este monarca levou uma década buscando se desvencilhar das consequências das imprudências governamentais de seu pai D. Afonso III junto ao poder episcopal português que lhes cessou alguns privilégios contíguos ao papado e causou a interdição de cerimonias religiosas cristãs ao reino. Contudo, a diplomacia administrativa decorrente de sua criação e aproximação com os juristas na corte de seu avô, D. Afonso Xo Sábio de Castela-, contribuiu para que D. Dinis fortalecesse o poder régio por meio da fundação da Universidade de Coimbra em 1290 e dos estudos jurídicos que ganharam lugar de destaque em Portugal. A criação desse Studium Generale possibilitou-lhes maior empenho na redação e argumentação da Concordata de 1309 que pôs fim ao interdito do reino e mitigou as querelas entre a coroa e o papado.
A importância dos espólios documentais dos arquivos das misericórdias para o estudo das práticas de caridade, beneficência e controlo social e para a compreensão do universo dos pobres é evidente e já não carece de demonstração. Mas esses fundos podem servir também como óptimos laboratórios de análise das elites, visto que os cargos de provedor e de escrivão das misericórdias eram estatutariamente entregues aos socialmente mais categorizadas de cada localidade. E a prática não fugia à norma, pois as vantagens decorrentes do controlo dessas instituições eram demasiados apetecíveis para que as elites se desinteressassem.O que me proponho, neste momento, é sublinhar a operacionalidade da metodologia com os resultados que obtive ao identificar os provedores e escrivães da Misericórdia de Coimbra dos séculos XVIII e XIX.
EDUCAÇÃO: Teoria e Prática, 2016
Este texto tem o objetivo de apresentar algumas reflexões referente a reforma da Universidade de Coimbra, realizada no reinado de D. João III, século XVI. Mediante a análise desse período chamamos atenção para dois aspectos presente na vida da instituição: contratação docente e reorganização financeira. Percebemos que esses dois aspectos podem ser compreendidos como algumas das diretrizes da Coroa portuguesa para reformar a Universidade de Coimbra. Por meio da analise e apresentação das fontes documentais, cartas e alvarás remetidos a Universidade pela Coroa, procuramos demonstrar ao leitor a importância desse momento para a história das instituições de ensino não apenas portuguesas, mas também brasileiras, já que depois desse fato a Universidade de Coimbra passou a ser considerada o centro de formação do Império, responsável pela formação dos quadros dirigentes da sociedade, tanto no plano eclesiástico como civil, no reino e em territórios de ultramarinhos. Acreditamos que investig...
Olhares historiográficos sobre a cidade de Coimbra na Época Moderna
2019
Neste trabalho propomos-nos, através de uma leitura crítica, re!etir sobre o conhecimento histórico produzido sobre a cidade de Coimbra para o período o moderno e início da época contemporânea, salientando os historiadores e as obras que se constituem como referenciais nesses itinerários historiográ"cos, evidenciando as suas perspetivas historiográ"cas, as fontes utilizadas, as propostas metodológicas e os modelos de análise que desenvolveram. Terminaremos a nossa análise com uma tentativa de sistematização do estado da arte do conhecimento sobre a cidade de Coimbra, para o período em apreço, e re!etiremos sobre as perspetivas de investigação que se encontram em aberto, no contexto de novas abordagens teóricas e metodológicas e de acesso às fontes.
Este estudo pretende aprofundar a análise sobre o ensino secundário no Brasil e em Portugal, em meados do século XIX, na tentativa de descortinar como ele se inseria diante das possibilidades políticas e sociais que então se apresentavam. Na impossibilidade de fazer uma abordagem de todo o sistema, toma como objeto de estudo o Liceu de Coimbra e o Imperial Collegio de Pedro II, duas instituições de referência nacional que emergiram em um contexto político marcado pela mentalidade burguesa. No período estudado, fazia-se sentir a controvérsia sobre a relação da importância do ensino de Humanidades em face do ensino de Ciências e isso foi especialmente considerado. Subsidiados por idéias transnacionais, os planos de estudos, considerados em sua globalidade, revelam grande semelhança. Todavia, o estudo demonstra também que há diferenças que parecem dever-se a circunstâncias políticas e históricas específicas de cada país e de cada instituição. ensino secundário; estudo comparado; século XIX; educação Portuguesa e Brasileira; Humanidades Ciências.
Turismo, cidade e Universidade: o caso de Coimbra
Turismo e cultura: destinos e competitividade, 2013
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