Notas Sobre a Influência Da Origem Do Capital Sobre Os Padrões Regionais De Comércio Exterior Brasileiro (original) (raw)

Padrões Regionais de Comércio Exterior Brasileiro: Qual a Influência da Origem do Capital

2003

Historicamente, a economia brasileira teve uma participação elevada de empresas estrangeiras. Essa configuração do setor produtivo nacional foi sendo constituída ao longo de anos de políticas econômicas que privilegiaram a internacionalização do sistema produtivo nacional como mecanismo de desenvolvimento econômico e/ou de inserção externa. Argumentos como necessidade de poupança externa, maior capacidade tecnológica e maior inserção no comércio exterior das empresas estrangeiras foram recorrentemente citados pelos economistas como justificativa para a atuação do capital externo no país. O próprio processo de industrialização brasileira contou com presença marcante de empresas estrangeiras, especialmente na indústria pesada, atuando de forma complementar às empresas de capital privado nacional e às empresas estatais, responsáveis pelos segmentos "leves" da indústria e pelos setores de infra-estrutura, respectivamente.

Comércio exterior de empresas brasileiras: uma análise segundo a origem do capital

O artigo trata do comércio exterior de empresas brasileiras, verificando as diferenças de desempenho entre as empresas nacionais e as estrangeiras ao longo da década de 90. São analisados os fluxos de comércio, as propensões a exportar e a importar, os padrões de destino e origem e a pauta de comércio considerando a intensidade tecnológica dos produtos transacionados. Os dados mostram que, na comparação com as empresas de capital nacional, as empresas estrangeiras possuem uma propensão maior a importar, principalmente produtos mais intensivos em tecnologia, provenientes de regiões mais desenvolvidas. Os resultados apresentados também mostram que essa característica está relacionada à influência dos fluxos de comércio intracorporativos, uma vez que se verifica uma clara influência da região de origem do capital das empresas estrangeiras sobre os fluxos e os padrões de comércio.

Algumas Considerações Sobre a Base De Exportação Das Regiões Brasileiras

2016

Este artigo analisa o comportamento da base de exportacao da economia das Regioes brasileiras em 2000 e 2012, tendo como referencial teorico a base de exportacao de Douglas North e como indicadores de analise regional o Quociente Locacional e o Multiplicador de Emprego, sendo que os dados foram coletados junto ao Ministerio do Trabalho e Emprego. Os principais resultados sugerem que na Regiao Norte predomina o extrativismo e servicos industrias de utilidade publica; na Regiao Nordeste o extrativismo e Administracao Publica; na regiao Sudeste se destacam os setores Extrativista Mineral e Servicos; na Regiao Sul destacam-se as industrias metalurgicas, texteis e automobilisticas. A Regiao Centro-Oeste se mostrou a mais promissora, com dados significativos. Em relacao ao multiplicador de emprego foi identificado que este aumentou em todas as Regioes nos anos analisados, o que implica maior capacidade de geracao de emprego.

Os Efeitos Do Novo Regionalismo Sobre O Comércio

pucrs.br

A partir de 1990 ocorreu um "boom" na formação de blocos econômicos no mundo, e este trabalho procurou identificar se o regionalismo propiciou criação ou desvio de comércio. Para isto, utilizou-se o modelo gravitacional com dados em painel para o período de 1990 a 2009. Os resultados sugerem que houve criação de comércio e desvio de exportação no Mercosul. Além disso, percebe-se o efeito antecipação sobre os fluxos de comércio intrazona e sinais de criação de comércio com a formação do NAFTA. De forma distinta, há indícios de que o Asean e o PAFTA desviaram comércio. Por fim, a forma como evoluíram os fluxos de comércio intrazona (ex ante e ex post) decorrentes da constituição dos blocos analisados foi diferente não somente em termos de volume, mas também na velocidade em que eles responderam a sua formação.

Impactos Das Empresas Estrangeiras Sobre O Comércio Exterior Brasileiro: Evidências Da Década De 90

Revista de Economia, 2005

Durante os anos 90, vários autores procuraram avaliar os impactos do processo de internacionalização produtiva da economia brasileira sobre o seu desempenho externo. Este trabalho procura reproduzir e avaliar as evidências levantadas por esses autores durante a década e, por meio de uma análise de dados em painel, acrescentar novos elementos ao debate. A pergunta a ser respondida é se a origem de capital da firma (estrangeira ou nacional) é um determinante importante de suas exportações e importações. Para isso, utilizaram-se microdados das empresas industriais brasileiras no período de 1996 a 2000 e controlaram-se outros fatores capazes de influenciar o desempenho comercial das firmas. Os resultados obtidos apontam para uma maior inserção comercial das empresas estrangeiras instaladas no país em relação às firmas domésticas, sendo esta maior inserção significativa e maior nas importações do que nas exportações. Estes resultados contradizem as expectativas iniciais de alguns autores...

Os Impactos da Liberalização Comercial sobre o Padrão de Comércio Exterior Brasileiro

Brazilian Journal of Political Economy

RESUMO Este artigo analisa os principais efeitos da liberalização do comércio brasileiro sobre a eficiência técnica da indústria manufatureira e o padrão de comércio. Os principais resultados empíricos sugerem os seguintes resultados para a década de 1990: i) ganhos expressivos na produtividade do trabalho e redução dos custos reais médios para a maioria dos setores da indústria de transformação entre 1988 e 1998; ii) o padrão comercial foi impulsionado principalmente por mudanças nas importações; iii) em média, as indústrias que apresentaram os maiores ganhos em eficiência técnica não as traduziram em ganhos de competitividade nos mercados globais; e iv) em média, houve perdas dinâmicas de eficiência uma vez que, em primeira mão, os maiores ganhos em competitividade internacional foram localizados nos setores tradicionais e, por outro lado, as indústrias que fizeram os maiores investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P & D) foram os mesmos que apresentaram déficits comerciais s...

Breve Relato sobre a Base de Exportação das Regiões Brasileiras

2 SEDRES: Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado e Sociedade, 2014

Este artigo analisa o comportamento da base de exportação da economia das Regiões brasileiras em 2000 e 2012, tendo como referencial teórico a base de exportação de Douglas North e como indicadores de análise regional o Quociente Locacional e o Multiplicador de Emprego, sendo os dados coletados junto ao Ministério do Trabalho e Emprego. Os principais resultados sugerem que na Região Norte predomina o extrativismo e serviços indústrias de utilidade pública; na Região Nordeste o extrativismo e Administração Pública; na região Sudeste destacam os setores Extrativista Mineral e Serviços; na Região Sul destacam-se as indústrias metalúrgicas, têxteis e automobilísticas. A Região Centro-Oeste se mostrou a mais promissora, com os dados mais significativos. Com relação ao multiplicador de emprego foi identificado que este aumentou em todas as Regiões nos anos analisados, o que implica maior capacidade de geração de emprego.

O papel das cidades-gêmeas da região norte brasileira na articulação do comércio exterior

Caderno de Geografia, 2019

Este artigo propõe dimensionar a força comercial dos oito municípios da região norte brasileira que abrigam cidades-gêmeas. Utilizando-se dos ricos dados disponíveis pelo ministério da economia brasileiro sobre exportação e importação em nível municipal, serão analisadas detidamente as cidades-gêmeas por meio de sua posição urbana, parceiros comerciais e participação ou não dos benefícios advindos dos termos do regime das Áreas de Livre Comércio (ALCs). Verifica-se que a posição lindeira é ao mesmo tempo um benefício e um desafio ao comércio, à medida que, se por um lado, o contato direto com os territórios estrangeiros facilita o intercâmbio, por outro, as fragilidades notórias quanto à integração às redes de transporte encarecem os fretes de mercadorias. Conclui-se também que o regime das ALCs favorece o desenvolvimento econômico das cidades-gêmeas que dele desfrutam, mas pouco colabora para o fomento do comércio exterior. O artigo atenta-se ainda para algumas particularidades reg...