Neoplasia trofoblástica gestacional após normalização espontânea da gonadotrofina coriônica humana em paciente com mola hidatiforme parcial Gestational trophoblastic neoplasia after spontaneous normalization of human chorionic gonadotropin in patient with partial hydatidiform mole (original) (raw)

Neoplasia trofoblástica gestacional após normalização espontânea da gonadotrofina coriônica humana em paciente com mola hidatiforme parcial

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2015

Neste relato, é apresentado um caso de neoplasia trofoblástica gestacional após normalização espontânea de gonadotrofina coriônica humana em paciente com mola hidatiforme parcial. Trata-se da segunda ocorrência publicada desse evento e a primeira em que há comprovação imuno-histoquímica. No bojo dessa apresentação, ademais de mostrar o tratamento para essa intercorrência da gravidez, discute-se a possibilidade de redução da duração do seguimento pós-molar, assim como estratégias para o precoce reconhecimento da neoplasia trofoblástica gestacional após a remissão espontânea da gravidez molar.

A curva de regressão da gonadotrofina coriônica humana é útil no diagnóstico precoce da neoplasia trofoblástica gestacional pós-molar?

2007

PURPOSE: to evaluate the usefulness of the normal human chorionic gonadotropin (hCG) regression curve in the early diagnosis of post-molar trophoblastic neoplasia (GTN). METHODS: a longitudinal study including 105 patients with complete hydatidiform mole (CHM) followed up at the Botucatu Center of Trophoblastic Diseases from 1998 to 2005. Serial serum hCG titers were measured fortnightly in all patients. Individual curves of the 105 patients were built. Comparison between the normal regression curve established at our center with individual hCG curves was used to screen and diagnose (plateau/rise) GTN. The number of weeks postevacuation when hCG levels exceeded the normal limits was compared with the number of weeks when hCG reached plateau/rise. RESULTS: among the 105 patients with CHM, 80 reached spontaneous remission (SR) and 25 developed GTN. Among the 80 SR patients, 7 (8.7%) initially showed hCG concentrations above normal but eventually achieved remission. All the 25 GTN patients showed deviation from the normal hCG curve at 3.84±2.57 weeks and reached plateau or rise at 8.40±2.94 weeks (p<0.001). CONCLUSIONS: the normal regression curve of post-molar hCG is useful in the early diagnosis of GTN.

A influência na determinação dos níveis do Hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG) no monitoramento de neoplasias trofoblásticas gestacionais

Objetivo: Avaliar a influência na determinação dos níveis do hormônio gonadotrofina coriônica humana no monitoramento da Neoplasia Trofoblástica Gestacional. Metodologia: trata-se de um estudo de natureza descritiva e exploratória de abordagem qualitativa através de uma revisão de literatura. Resultados: Foram apresentados 8 artigos selecionados e que trataram da temática de acompanhamento da gestação molar por meio do hormônio gonadotrofina coriônica humana. Conclusões: Através das revisões da literatura constatamos o quanto o fenômeno em tela é pouco abordado.Uma patologia de extrema importância e com um grande poder de destruição fisiológica se não diagnosticada e tratada de maneira adequada. Acredita-se que as ações de enfermagem devem ser organizadas para atender as reais necessidades das gestantes, mediante a utilização do conhecimento técnico-cientifico existente e dos meios e recursos disponíveis mais adequados para cada caso.

Doença trofoblástica gestacional

Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 2014

É o termo usado para nomear os tumores do trofoblasto viloso placentário, englobando as diferentes formas da mola hidatiforme, a mola invasora, o coriocarcinoma e o tumor trofoblástico do sítio placentário (PSTT). As três últimas são denominadas neoplasia trofoblástica gestacional. CLASSIFICAÇÃO (mola hidatiforme)  Mola completa: feto, cordão e membranas estão ausentes e é o cariótipo invariavelmente feminino 46 XX.  Mola parcial: feto, cordão e membrana amniótica frequentemente presentes. O cariótipo é triplóide, com par adicional de cromossomos de origem paterna.

Características das curvas de regressão da gonadotrofina coriônica pós-mola hidatiforme completa

Rev Bras Ginecol …, 2000

Objetivos: construir a curva de regressão do β-hCG pós-mola hidatiforme completa (MHC) com remissão espontânea e comparar com a curva de regressão pós-MHC com tumor trofoblástico gestacional (TTG). Análise comparativa da curva de regressão do β-hCG das portadoras de MHC, acompanhadas no Serviço, com a curva de regressão observada por outros autores 1-3 . Métodos: foi realizada avaliação clínica e laboratorial (dosagem sérica de β-hCG), na admissão e no segmento pós-molar, de todas as pacientes com MHC, atendidas entre 1990 e 1998 no Hospital das Clínicas de Botucatu -Unesp. O resultado da determinação seriada do β-hCG foi analisado em curvas log de regressão. A evolução da curva de regressão do β-hCG foi analisada e comparada em MHC com remissão espontânea e MHC com TTG numa curva log de regressão, com intervalo de confiança de 95%. A curva log de regressão do grupo de remissão espontânea foi comparada com curvas consideradas padrão 1,2 . Foram construídas curvas log individuais de todas as pacientes e classificadas de acordo com os quatro tipos de curva (I, II, III e IV), propostos para o seguimento pós-molar 3 . Resultados: 61 pacientes com MHC tiveram seguimento pós-molar completo, 50 (82%) apresentaram remissão espontânea e 11 (18%) desenvolveram TTG. No grupo de pacientes com MHC e remissão espontânea, o tempo para alcançar a normalização dos níveis do β-hCG, após o esvaziamento molar, foi até 20 semanas. As pacientes que desenvolveram TTG apresentaram desvio precoce da curva de regressão normal do β-hCG, 4 a 6 semanas após o esvaziamento molar. Nestas pacientes, a quimioterapia foi introduzida em média na 9 a semana pósesvaziamento molar. Conclusões: a curva de regressão do β-hCG pós-MHC com remissão espontânea apresentou declínio log exponencial, semelhante ao observado por outros autores 1,2 , e diferente das MHC com TTG. Foram identificados três tipos de curvas de regressão do β-hCG, semelhantes aos de Goldstein 3 , I, II e IV, e outros dois tipos diferentes de regressão do β-hCG: V (regressão normal) e VI (regressão anormal).

Gonadotrofina coriônica humana e hormônio liberador de gonadotrofina como indutores da reprodução do jundiá

Acta Scientiarum. Animal Sciences, 2008

ABSTRACT Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar parâmetros reprodutivos de machos e fêmeas de jundiá adultos após a aplicação do HCG (gonadotrofina coriônica humana) e do GnRHa (hormônio liberador do hormônio gonadotrópico) e compará-los àqueles obtidos quando usado o extrato hipofisário da carpa comum. Etapa 1 (Machos) - quatro grupos, com oito machos cada, receberam os seguintes tratamentos: M1: sem hormônio; M2: extrato hipofisário 0,5 mg kg-1; M3: HCG 200 UI kg-1; M4: GnRHa+inibidor dopaminergético 0,1 glóbulo(Ovopel®) kg-1. Etapa 2 (fêmeas) – 36 fêmeas foram divididas em cinco grupos: F1: extrato hipofisário em duas aplicações, 0,5 e 5,0 mg kg-1; F2: HCG em duas aplicações, 200 e 400 UI kg-1; F3: HCG 400 UI kg-1 em doseúnica; F4: HCG 1000 UI kg-1 em dose única; F5: GnRHa+inibidor dopaminergético 1 glóbulo(Ovopel®) kg-1. O uso do extrato hipofisário da carpa comum aumentou significativamente o volume de sêmen liberado e estimulou maior quantidade de fêmeas à liberar óvulos. O HCG e o GnRHa não apresentaram resultados positivos no tocante à reprodução induzida do jundiá, nas doses utilizadas neste estudo. In this study we analyzed reproductive parameters of males and females of jundiá induced by HCG (human chorionic gonadotropin) and GnRHa (gonadotropin-releasing hormone), and compared the results tothose using carp pituitary extract. Stage 1 (Males) - four groups with eight males each received one of the following treatments: M1: without hormone; M2: pituitary extract 0.5 mg kg-1; M3: HCG 200 UI kg-1; M4: GnRHa+dopamine receptor antagonist 0.1 pellet (Ovopel®) kg-1. Stage 2 (Females) – thirty-six females were separated in 5 groups: F1: pituitary extract in two applications, 0.5 and 5.0 mg kg-1; F2: HCG in two applications, 200 and 400 UI kg-1; F3: HCG 400 UI kg-1 in a single dose; F4: HCG 1000 UI kg-1 in a singledose; F5: GnRHa+dopamine receptor antagonist 1 pellet (Ovopel®) kg-1. The pituitary extract significantly increased the volume of semen and was more efficient in the final ovulation process, stimulating a higher number of females. HCG does not induce jundiá breeding with doses employed in this study and GnRHa is not suitible to induce jundiá breeders under the dose recommended by the manufacturer for other tropical species.

Formas moleculares da gonadotrofina coriônica humana: características, ensaios e uso clínico

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2006

A gonadotrofina coriônica humana (hCG) é estruturada pela combinação não covalente de duas subunidades, alfa (αhCG) e beta (βhCG), sintetizadas separadamente pelo tecido trofoblástico normal, mola hidatiforme, coriocarcinoma, células hipofisárias e tecidos tumorais de diversos tipos histológicos. A síntese da cadeia peptídica e sua glicosilação na célula secretora envolve complexa ação de várias enzimas. Esta complexidade resulta na secreção de moléculas heterogêneas. As diferentes formas moleculares secretadas podem ser encontradas no soro, urina e líquido amniótico de gestantes; soro, urina e vesículas em pacientes com mola hidatiforme ou coriocarcinoma e em fluidos biológicos de mulheres não grávidas e homens normais ou acometidos de tumores de diferente origem embrionária. Tanto a molécula hCG nativa, intacta,como suas subunidades nas formas livres e as variantes hCG hiperglicosilada (H-hCG), hCG clivada (N-hCG) e fragmento-núcleo de βhCG (CF-βhCG) têm aplicabilidade clínica relevante. Dependendo da forma molecular mais prevalente ou da proporção da molécula variante/molécula hCG intacta numa determinada condição clínica, há indicação para a dosagem específica de uma ou mais destas moléculas. Este texto revê o conhecimento básico e analisa o uso da hCG e suas variantes na detecção precoce da gravidez ectópica ou gestantes em risco de abortamento, na identificação precoce de anomalias cromossômicas êmbrio-fetais e estima o risco da gestação de evoluir com pré-eclâmpsia ou crescimento intra-uterino restrito. Examina, ainda, fora da gravidez, o emprego destas moléculas como marcadores laboratoriais de tumores com diferentes tipos histológicos e seguimento após a terapia inicial. Conclui-se ser útil o uso da dosagem de hCG e suas moléculas variantes na prática clínica, mas a dificuldade no desenvolvimento e obtenção de ensaios mais sensíveis e específicos restringe a aplicação mais universal destes marcadores hormonais.

Doença trofoblástica gestacional: lições de um caso paradigmático

Rev Med Minas Gerais, 2010

Paciente de 23 anos, admitida na urgência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais com dor abdominal aguda, sangramento vaginal e distensão abdominal. Na admissão hospitalar, apresentava ß-hCG sérico de 1.034.209 UI/L e,ao exame especular, eliminou material vesicular pela vagina. A ultrassonografia era sugestiva de doença trofoblástica gestacional (DTG), confirmada por exame anatomopatológico. Apresentava dois nódulos pulmonares à tomografia computadorizada. Foi realizado tratamento com metotrexato, com melhora clínicolaboratorial.