A “Crônica De Neuberg” (Continuatio Nouimontensis): Ad 1348-1350. Edição Bilíngue (original) (raw)
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Nápoli & Scatolin 2021-A "crônica de Neuberg" (Continuatio Novimentensis)
Brathair, 2020
Resumo: apresenta-se a tradução anotada das entradas relativas aos anos de 1348 a 1350 da anônima “Crônica de Neuberg” (Continuatio Nouimontensis), que relatam a chegada da Peste Negra ao território da atual Áustria. Utilizou-se a edição latina preparada por Pertz (1851) para os Monumenta Germaniae Historica (MGH). Palavras-chave: Peste Negra, Crônica de Neuberg, Literatura Latina Medieval. Abstract: this paper presents the annotated translation of the entries for the years 1348-1350 of the “Neuberg Chronicle” (Continuatio Nouimontensis), which narrate the arrival of the Black Plague on the territory of modern Austria. The source text was taken from the Latin edition prepared by Pertz (1851) for the Monumenta Germaniae Historica (MGH). Keywords: Black Plague, Neuberg Chronicle, Medieval Latin Literature.
O EMPÓRIO DE NÁUCRATIS: HISTORIOGRAFIA ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XXI
Temporalidades, 2024
Resumo: O empório de Náucratis foi estabelecido no Delta do Nilo entre o fim do século VII e início do século VI AEC, e ao longo de sua existência foi um dos principais portos comerciais do Egito. Este assentamento greco-egípcio foi um local de intensas trocas comerciais, culturais e religiosas entre os povos do Mediterrâneo. Dada tal especificidade, Náucratis se tornou um importante objeto de estudos para se compreender as interações entre gregos e egípcios na Antiguidade. Este artigo apresenta, concisamente, uma revisão bibliográfica das principais obras que, entre o século XVIII e XXI, se propuseram a estudar Náucratis. O objetivo primário deste estudo é pôr em perspectiva a produção de conhecimento sobre o empório e, a partir disso, analisar algumas das mudanças mais relevantes no discurso sobre Náucratis. m espaçamento) Palavras-chave: Náucratis; Delta do Nilo; Imperialismo.
Resumo O presente trabalho visa à tradução e anotação de Ystoria de morbo siue mortalitate que fuit anno domini MCCCXLVIII (História da doença, ou antes mortandade, que ocorreu no ano do Senhor de 1348), texto latino do séc. XIV, atribuído a Gabriele de‟ Mussis (†1356), tabelião de Piacenza. Para tanto, foi utilizada a edição crítica de Henschel (1842) em cotejo com a versão digital de University of Wrocław Library, Ms R 262, fols. 74-77v, que serve de base àquela. Palavras-chave Peste negra, Gabriele de‟ Mussis, século XIV, Idade Média, língua latina, tradução Abstract The present paper comprises the annotated translation of the fourteenth-century Latin account Ystoria de morbo siue mortalitate que fuit anno domini MCCCXLVIII (An account of the disease, or rather mortality, which occured in the year of the Lord 1348), attributed to Gabriele de‟ Mussis, a notary from Piacenza. The translation follows Henschel‟s critical edition (1842). Dubious readings were directly checked in the digital version of University of Wrocław Library, Ms R 262, fols. 74-77v, the manuscript used by Henschel (1842). Keywords Black death, Gabriele de‟ Mussis, fourteenth-century, Middle Ages, Latin, translation
3º Congresso Internacional de História da Construção Luso-Brasileira, 2019
RESUMO Durante os anos 1920, a cidade de Diamantina foi destino de viagens de dois personagens centrais para a valorização da arquitetura colonial brasileira: Lucio Costa e José Wasth Rodrigues. O intuito era criar uma documentação visual que colaborasse com o desenvolvimento de um estilo nacional ligado aos círculos revivalistas do neocolonial. Costa, jovem arquiteto carioca, foi enviado por José Mariano Filho, enquanto Wasth Rodrigues, pintor experiente residente em São Paulo, foi patrocinado por Ricardo Severo. As excursões resultaram em desenhos da cidade e das suas construções típicas, além de distintas interpretações do que seria a relação entre o passado colonial e a modernidade perseguida pelos artistas da época. A viagem de Diamantina feita por Costa é reconhecida como um dos fatores que lhe inspira a abraçar as teses das vanguardas européias, mas pouco se cotejam os aspectos dessa excursão com viajantes contemporâneos do arquiteto. Também como Costa, Wasth Rodrigues tinha pretensões modernizantes e atribuía aos vilarejos visitados no período papel fulcral na formulação de sua carreira. Nesse sentido, parece pertinente perfazer os registros escritos e ilustrados existentes dos dois autores como modo de compreender melhor questões ainda em aberto na historiografia, como a importância de Diamantina para a conversão de Costa, a visão construída da cidade por diferentes viajantes e seus desdobramentos na construção de uma premissa de recuperação do passado no presente do país. Serão analisados desenhos elaborados pelo arquiteto e pelo pintor e os jornais da época com as entrevistas, cotejados pelos textos escritos a posteriori e pela documentação primária dos arquivos visitados em Diamantina e no Rio de Janeiro. Pretende-se evidenciar não apenas os detalhes da arquitetura colonial diamantinense, mas também quais eram os motivos que chamavam a atenção desses intelectuais e como cada um pôde interpretar a cidade. ABSTRACT During the 1920s, the city of Diamantina was visited by two important artists engaged on the discovery of Brailian Colonial Architecture: Lucio Costa and José Wasth Rodrigues. The aim was to create a visual inventory that would help on the development of a national style by the neocolonialists revivalists. Costa was a young carioca architect, sent by José Mariano Filho, while Wasth Rodrigues was a seasoned painter living in São Paulo and sponsored by Ricardo Severo. The trips have resulted in drawings of the city and its typical buildings, resulting however in different understandings on what were the possible connections between colonial past and modernity. Costa's excursion is known as one of the events that have helped him to subscribe to the thesis of the european avant-gardes, but few studies compare the journey to those made by others travellers at the same decade. Just like Costa, Wasth Rodrigues had modernizing pretensions and likewise saw the colonial villages as an important missing link. Therefore, it's convenient to study the written and drawn documents of both authors in order to better understand questions still important in the Brazilian Historiography of Architecture, such as the role of Diamantina in Costa's notion of Brazilian Modernism. Their different views of the city and the overall legacy their visits had in their further work reveal distinct-altough eventually similar-theoretical ideas of present and past. On analyzing their drawings and writings and the documents now available in the archives of these authors in Diamantina and Rio de Janeiro, it is intended to shed light not only on the details of Diamantina's particular Colonial architecture, but moreover on which were the reasons that made this city important, and how different views resulted in different approaches on the city's legacy.
A obra de Maurício Tragtenberg -in memoriam
Duas vezes se morre: Primeiro na carne, depois no nome. A carne desaparece, o nome persiste mas Esvaziando-se de seu casto conteúdo -Tantos gestos, palavras, silêncios -Até que um dia sentimos, Com uma pancada de espanto (ou de remorso?) Que o nome querido já não nos soa como os outros". Manuel Bandeira Maurício Tragtenberg (1929-1998) nos legou uma vasta obra que trata de temas históricos, sociológicos, políticos, educacionais, etc. São livros e artigos publicados em jornais de circulação nacional e revistas especializadas. 1 É uma obra que expressa um compromisso militante e uma perspectiva política crítica à sociedade capitalista e às concepções autoritárias sobre o socialismo. Escritos em linguagem simples, são textos de denúncia que estabelecem o diálogo com os operários e os excluídos do sistema de ensino formal, em especial a universidade. 2 Representam uma contribuição importante à crítica da pedagogia burocrática e à afirmação de uma alternativa pedagógica inspirada em pensadores libertários. 3
A curiosa história do Real Collegio dos Nobres
Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 2022
Resumo O que aprendemos examinando um colégio para preparar a nobreza portuguesa, no período do Marquês de Pombal? Hoje seria inaceitável usar verbas públicas para financiar um colégio restrito à nobreza. Ou punir com cadeia a indisciplina. Ou aceitar que alguns livros eram proibidos. Em compensação, colégios públicos podiam cobrar dos alunos. Dos reitores, exigiam-se cultura e dotes morais. O mesmo com sua equipe. O regime de estudos era severíssimo. Os professores deveriam explicitar a pedagogia usada e sempre levar os alunos a aplicar na prática o que ensinavam.
ANAIS DO FÓRUM GOIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA & XII SEMINÁRIO DE PESQUISA UFG/PUC-GO, 2019
Este artigo explora a temática das relações eremíticas e cenobíticas no norte da atual Inglaterra, na Nortúmbria entre os séculos XI e XII. Os dois ideais de vida espiritual não foram dicotômicos e a regra beneditina considerou que alguns monges poderiam retirar-se, com a permissão do seu superior, para a vida eremítica. Buscamos, assim, discutir elementos que os monges beneditinos do priorado de Durham construíram sobre São Godric, o Eremita de Finchale, a partir da análise da hagiografia a Vida de São Godric. A narrativa foi confeccionada pelo monge do referido priorado Reginald de Durham, na segunda metade do século XII. Palavras-chave: Eremita. Inglaterra. Representações.
Os selvagens de Nuremberg e o seu lamento pela imprensa de 1545
Resumo: Este artigo discute a representação de uma família de selvagens no panfleto intitulado "O Lamento dos selvagens da floresta sobre um mundo desleal" (Nuremberg, 1545). A partir das fontes iconogáficas e textuais às quais remontam a xilogravura de Hans Schäufelein e o poema de Hans Sachs, o artigo explora sentidos específicos da selvageria antes da sua moderna oposição à noção de civilização. Atém-se à função especular dos selvagens, isto é, à sua condição de indígenas alemães, asselvajados por opção. Argumenta que os selvagens alemães não apenas reatualizam o primitivismo clássico, mas também apresentam reinvidicações protestantes. A radicalidade da crítica social que corporificam e articulam está ligada à emergência de "espaços livres ideais" no âmbito de uma incipiente esfera pública na Alemanha da Reforma. Palavras-chave: Selvageria. Conceito e iconografia. Hans Schäufelein. Hans Sachs. Imprensa. Esfera pública. Abstract: This article discusses the representation of a family of savages in a pamphlet titled "Lament of the Wild Forest Folk over the Perfidious World" (Nuremberg, 1545). Based upon iconographical and textual sources, from which Hans Schäufelein's woodcut and Hans Sachs's poem derive, the article explores specific meanings of savagery before its modern opposition to the notion of civilization. It dwells upon the specular function of the savages, i.e., their condition as indigenous Germans, who chose to become a wild folk. It argues that the German savages not only refashion classical primitivism, but also convey Protestant demands. The radicalness of the social critique they embody and articulate bears upon the emergence of "free ideal spaces" within an incipient public sphere in Protestant Germany.
CRÍTICA NIETZSCHIANA AO PRINCÍPIO ASCÉTICO SCHOPENHAUERIANO
Religare, 2010
A relação entre a filosofia de Schopenhauer e de Nietzsche é objeto de estudo desde os primeiros anos do século XX. Não restam dúvidas sobre a interna relação que une, do ponto de vista da leitura nietzschiana estes dois pensadores. O trabalho que segue procura centrar-se no distanciamento da abordagem nietzschiana à necessária redenção da vontade apresentada por Schopenhauer. O texto parte de uma breve apresentação da posição schopenhaueriana e se concentra na perspectiva nietzschiana sobre os ideais ascéticos. O artigo pretende ser uma contribuição para a compreensão de um dos aspectos mais importantes da filosofia da religião nestes autores, a saber, o lugar do ascetismo, na moral, na metafísica e na religião. Palavras-chave: Schopenhauer; Nietzsche; ascetismo. Abstract: The relationship between Schopenhauer and Nietzsche's philosophy has been studied since the early years of the twentieth century. There are no doubts about the internal relationship that joins both thinkers, regarding Nietzsche's reading. This study focuses on the distance from the Nietzsche's approach to the required redemption of the will, presented by Schopenhauer. This research begins with a brief presentation of Schopenhauer's position and it focuses on Nietzsche's approach concerning the ascetic ideals. This article attempts to contribute for the understanding of one of the most important aspects of the philosophy of religion based on these authors, namely, the place of asceticism, morality, metaphysics and religion. A questão da religião no pensamento filosófico é matéria para pesquisas em distintos autores e variadas perspectivas. No âmbito da filosofia da religião, o problema filosófico Deus não necessariamente está vinculado a uma crença religiosa, embora esta o mantenha como o seu marco fundamental. O problema filosófico Deus é um problema, diga-se logo, de natureza metafísica. A ele a tradição filosófica costuma referir-se como à última instância em que o pensamento fundante precisa ser pensado. Assim, como fundamento, ser, bem, sentido, origem, princípio, fim, são predicados racionais sinônimos do conceito Deus em distintas perspectivas filosóficas. A especificidade do pensamento schopenhaueriano está em conceber esta realidade fundante como vontade, o que implica uma ampla revisão do significado dessa afirmação para o conceito Deus 1. Esse bem poderia ser o tema deste estudo. No entanto, preferiu-se uma análise comparativa em torno do princípio do ascetismo. No particular que aqui se pretende tratar, os filósofos Schopenhauer e Nietzsche podem 2. Um estudo sobre este tema pode ser consultado na obra de Manuel Suances Marcos, intitulada, Arthur Schopenhauer. Religión y metafísica de la voluntad. Nesta obra, o autor estuda o pensamento do filósofo alemão na ótica do tema religião. Em três partes o autor destaca a relação da religião na concepção do mundo como representação (primeira parte), como vontade (segunda parte) e a mensagem soteriológica de Schopenhauer (terceira parte).