A construção da subjetividade masculina e seu impacto sobre a saúde do homem: reflexão bioética sobre justiça distributiva (original) (raw)

Saúde do homem e construção da subjetividade

Teoria e Cultura, 2021

O presente trabalho tem como tema o impacto das politicas publicas na construção social da masculinidade, e analisa a maneira como os contextos normativos e culturais nos quais os indivíduos estão inseridos tornam-se os balizadores para a forma como serão interpretadas as noções de gênero, e por consequência, de masculinidades. Sabe-se que as políticas públicas de saúde no desenvolvimento das sociedades modernas sempre foram o principal instrumento de interferência estatal na busca pelo controle dos corpos e das mentalidades das populações governadas. Tem-se por referencial empírico o texto que institui a Política Nacional de Saúde do Homem e procura-se refletir na forma como o aparato estatal brasileiro atua como um agente regulador da conduta da população masculina do país, estabelecendo um horizonte subjetivo limitado para esses homens se constituírem. Constata-se que a noção de autonomia na construção do universo subjetivo masculino seria mais um recurso retorico do que uma rea...

DISCURSO SOBRE ESTA QUESTÃO PROPOSTA PELA ACADEMIA DE DIJON: QUAL É A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS, E SE É AUTORIZADA PELA LEI NATURAL ÍNDICE APRESENTAÇÃO BIOGRAFIA DO AUTOR DEDICATÓRIA À Repúlica de Genebra

Rousseau, com os seus companheiros enciclopedistas e da maçonaria, nos ensinou a respeitar o ser humano, amar a natureza e a sentir paixão pela liberdade. Foi devido a essa influência, pelo menos em parte, que lutamos contra o jugo português, proclamamos a República, enfrentamos a ditadura do Estado Novo e o regime militar. Aprendemos também a defender as florestas, os animais, a vida enfim.

Considerações Conceituais Acerca Da Subjetividade Masculina Para O Campo Da Alimentação e Nutrição

DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 2016

ARTIGOS DE TEMA LIVRE / FREE THEMED ARTICLES Considerações conceituais acerca da subjetividade masculina para o campo da Alimentação e Nutrição Conceptual considerations about male subjectivity to the realm of feeding and nutrition Resumo O presente ensaio apresenta algumas reflexões iniciais construídas no decorrer da produção da dissertação de mestrado intitulada A Saúde no corpo do homem: a construção da subjetividade acerca do corpo masculino na revista Men's Health. Apresentamos alguns conceitos e referências teóricas utilizadas na dissertação e consideramos este ensaio como uma primeira articulação entre as discussões sobre gênero, saúde, alimentação e consumo. Pretendemos apresentar um mosaico de questões a partir da perspectiva de Howard Becker, para quem a imagem do mosaico é útil, pois nele cada peça acrescentada contribui um pouco para a compreensão do todo. Deste modo, os diferentes fragmentos teóricos aqui reunidos compõem o mosaico e contribuem de modo diferente para nossa compreensão de como a comida, as diferentes masculinidades, os cuidados com a saúde e os discursos da ciência, da mídia e do mercado se articulam no que se intitula "saúde do homem", produzindo novas subjetividades afeitas ao consumo de modelos ideais de corpo e saúde.

Os rituais da construção da subjetividade masculina

O Público e o Privado, 2012

Georges Daniel Janja Bloc Boris é Psicólogo, Doutor em sociologia pela UFC e Professor titular vinculado ao PPG em Psicologia da UNIFOR. @-geoboris@unifor.br Lucas Guimarães Bloc é Psicólogo, mestrando em psicologia pela UNIFOR @-lucasbloc@ yahoo.com.br Magno Cézar Carvalho Teófilo é Psicólogo, mestre e doutorando em psicologia pela UNIFOR @

Raça e subjetividade: do campo social ao clínico

2020

This article aims to address the different ways in which race and racism penetrate the social field and are singularly inscribed in the subjects. Otherwise, it intends, from the field of racial relations, to discuss the ways in which these systems, polysemic, multiform, mercurial and always in transition, are experienced, meant, appropriated and introjected by people and are incorporated into subjectivity, forming this construct. Taking reasoning and methodology from socio-historical psychology, ways of approaching racial issues are also considered in the clinical context of the psychologist’s performance, based on the elements that the race itself and its dynamics point as a path towards its subversion.

Saúde, subjetividade e trabalho: o enfoque clínico e de gênero

Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 2012

Este trabalho visou tratar a relação entre saúde, subjetividade e trabalho a partir das contribuições das Clínicas do Trabalho - a Ergonomia da Atividade, a Clínica da Atividade, a Psicodinâmica do Trabalho - e da perspectiva Ergológica, que se aproximam da linhagem vitalista de Canguilhem, para apreender as relações saúde-trabalho, e do enfoque de gênero, analisado sob a perspectiva da apropriação do tempo de trabalho. Para tanto, recorremos ao levantamento do estado da arte acerca do tema e apresentamos resultados de estudos empíricos ligados a serviços (educação, saúde e telemarketing), inclusive análises decorrentes de investigações por nós realizadas, articulando com essas contribuições teóricas. Estas análises revelaram a importância do reconhecimento social do trabalho cuja natureza tem forte componente simbólico, possibilitando a construção do sentido no trabalho por parte dos sujeitos. As negociações cotidianas de afirmação da vida e, portanto, da saúde são perpassadas por ...

Saúde do homem em debate

2011

Licenciado em sociologia e psicologia, livre-docente em psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janiero (Uerj) e doutor em saúde pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz); professor titular de antropologia e saúde e pesquisa qualitativa em saúde do Instituto Fernandes Figueira (IFF) da Fiocruz e pesquisador I do CNPq.

Critérios de justiça distributiva em saúde

2011

As versões em língua inglesa das sinopses desta coleção não são objeto de revisão pelo Editorial do Ipea. The versions in English of the abstracts of this series have not been edited by Ipea's editorial department.

Justiça distributiva e saúde: uma abordagem igualitária

This thesis aims to develop a normative argument about distributive justice and health. Two questions underpin the study: what do we owe each other, as citizens of a democratic society, in the promotion and protection of the health of our fellow citizens? What justice obligations and duties does a democratic State have vis-à-vis the health of its citizens? Firstly, to answer these questions, we seek to present an objective and publicly accessible understanding of health needs. These needs are related to the normal functioning of species and impact the range of opportunities available throughout our lives. Drawing on Rawls's theory of justice as fairness, and on the extension to this theory, proposed by Daniels, we argue that the set of institutions, services, goods and resources necessary for the maintenance, reestablishment, and provision of functional equivalents to normal functioning, should be distributed in a way that respects the principle of fair equality of opportunity. Secondly, we develop an argument about the contemporary debate dedicated to the definition and defense of the fundamental principle that should mark the fair allocation of the most varied distribuenda. We argue that although justice requires a notion of equality (such as that the democratic equality we defend) rather than a threshold of sufficiency or a principle of priority, these normative criteria can aid in the formulation and evaluation of public policies and institutional recommendations. We question the attacks directed at egalitarian theories, arguing that these theories can not be reduced, nor do they necessarily require, the application of simple egalitarian distributive principles. Finally, we are dedicated to developing an argument about justice and health centred on the issues of social determinants of health and the social gradient in health. We shall argue, drawing on the empirical literature on the issue, that public health policies should be based on an ideal of democratic equality and should take the elimination of existing health inequities between social groups as a central guideline, as well as combatting present structural injustices in contemporary societies.