A revista Leitura: Teoria & Prática – momentos no tempo (original) (raw)
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Os Níveis Da Leitura: Teorias Do Tempo
Linha Mestra, 2018
Resumo: Das práticas de leitura coletiva na escola pública, de três tipos de leitores adolescentes, dois níveis de leitura foram identificados: o Tempo Relativo, do escritor; o Absoluto, do leitor. Pela pesquisa autobiográfica/narrativa, o tema será tratado no âmbito da experiência, do olhar da professora no desenvolvimento do aluno adolescente leitor, principalmente em contato com a Literatura Clássica. Que dissonância há entre a literatura Clássica e a realidade? Dissonantia, ae; dissono, as, are; dissonus, a, um. Nomes, verbos, adjetivos. Origem. Movimento. Caminhos. Modos de considerar um mesmo elemento. Sentido único deslocado de estado: diferença, um eco surge discordante. Uma discordância entre a Literatura Clássica e a realidade: eis o Homem. Ressonantia, ae; resono, sonui, sonatum; resonus, a, um. O Eco da deusa soa pela flauta métrica dos poetas e pelas estruturas narrativas. Aí está a resposta ao questionamento: A repetição, a música, a matemática, o tempo... Dissonâncias necessárias à lógica e à harmonia. O Homem e a música são indissociáveis. São sentidos complementares e dependentes. Num vácuo da dissonância, acontecem a assonância e a sintonia entre a narrativa e o leitor, entre o músico e o Homem. Uma se faz existir por causa da outra: texto. A desarmonia e a harmonia são dependentes. Dessa ambiguidade necessária caracterizam-se os sentidos. Mas se pode reduzir todo o sentido de Homem, de repetição, de música, de matemática, em um: o tempo. Elemento este discordante do psicológico do leitor em níveis históricos, sociais e culturais, e coeso cronologicamente em nível narrativo. Começo, meio e fim são inerentes à existência humana. Tempo e ego são intrínsecos. "Ora o tempo é uma condição fundamental da vida do Ego. Não se podem separar o tempo e a subjetividade." (SILVA, 1998, p. 102). O tempo, portanto, é o eixo direcionador deste trabalho. Ele é musical, porque se repete no mesmo "metro", na epopeia da vida. Imitação (ARISTÓTELES, 1987) e repetição talham a memória. Dão ritmo e noção temporal ao ego. Nos clássicos literários, o tempo e o estilo dão ritmo ao texto, mas quem o modula é o leitor. No tempo narrativo, o escritor deixa marcas fossilizadas de época e de modo de fazer, e, no sentir da arte, o leitor, após modular o tempo narrativo no ritmo do seu tempo, imerge num estado atemporal, em que seu ego se dilui e se mistura, perdido em êxtase, num mar discursivo. De expressões discursivas frequentes em práticas de leitura de clássicos numa escola agrícola do estado de São Paulo, distinguo, por analogia, em relação à leitura de clássicos literários, dois níveis de leitura: o "Tempo Relativo" de Einstein (TR), o tempo narrativo, marcado pelas ações dos personagens, pelo fazer e marcas do escritor, e o "Tempo Absoluto" (TA), abstração de Newton, o tempo "atemporal" do leitor, do sentido não limitado e atrelado à ação narrativa, mas ao efeito estético, à arte, aos conceitos, à reflexão profunda. A ligação entre os dois níveis acontece pela "Ponte de Einstein-Rosen" (PER), popularmente conhecida como "Buraco de Minhoca", analogia com o movimento vertical e transversal do leitor entre o TR e o TA. Para o leitor acessar o TA, isto é, a abstração sem qualquer relação com algo externo (parte da materialidade do texto, mas depois se desprende dela, pois não há acontecimentos nesse nível de sentir), em que espaço e tempo independem das ações, dos fenômenos físicos e de elementos narrativos, pois passa a depender apenas do leitor, é necessário primeiro imergir
O Tempo: No Livro X e no Timeu de Platão Paper
2021
O tempo talvez seja a principal questão da filosofia antiga quiçá da filosofia contemporânea. Na obra de Platão esta questão irá se anunciar sobretudo em duas obras, a saber: no Livro X da República, quando a personagem de Sócrates se indaga sobre o futuro de quem pratica a justiça, e no Timeu quando a personagem homônima considera a possibilidade de se alcançar a possibilidade de se ler, nos desenhos inscritos no fígado de quem dorme tranquilamente, tanto o futuro quanto o passado. Nisto, algo de maravilhoso se anunciaria: da mântica realizada junto a esta prática de leitura, surgiria a sabedoria a partir da qual os atenienses haveriam de ter vencido o famoso povo de Atlântida. Em nossa comunicação pretendemos: 1) trazer os termos gregos desta reflexão enigmática; 2) abordar a relação que esta reflexão mantém com a noção de música. Dedico esta exposição a dois professores: prof. Giovan Fogel e prof. Monge budista Ricardo Mário Gonçalvez , por todo amor ao saber que ambos devotam. "Exu matou um pássaro ontem com uma pedra que atirou hoje." Esta frase, que está no cartaz do Simpósio sobre o Tempo na Antiguidade organizado pelo Laboratório Ousia, é tão enigmática quanto a questão do tempo em Platão que nos serve de guia. (Em nossa apresentação) O Pássaro que Exu mata é a Grécia Antiga por conta de ser a decadência desta cultura quem nos colocou no registro de um tempo doente. Ao mesmo tempo, é a Grécia, ou melhor, Platão que nos permite nos afinarmos com um tempo dos guardiãs da República, não como estando em um passado remoto, mas como aberto para um porvir em que guardião da República e Übermenschen (Nietzsche) possam ser tomados como um mesmo acontecimento. Aqui se fala sobre a República (tempo da política) e sobre a possibilidade de submissão deste tempo ao tempo em jogo no Timeu (tempo da Physis). Em Platão há, pelo menos, duas oportunidades para se tratar da questão do tempo (Livro X e Timeu) e pelo menos três vocábulos para considerar esta questão, a saber :
Ficha de Leitura: “ Valores Temporais das Orações com Quando”
As relações temporais estabelecidas entre orações subordinadas com quando e orações principais, têm revelado uma grande complexidade. Estudos de autores, como Carecho, Kamp & Reyle, Cunha, Perez entre outros, têm se focado neste tema e desenvolvido os valores temporais de orações com quando, "… as orações temporais introduzidas por quando parecem ter a capacidade de localizar as eventualidades das orações principais com que ocorrem de um modo muito variável, podendo exprimir anterioridade, simultaneidade ou posterioridade. (…)
LIVRO HISTÓRIA - TEMPO & ARGUMENTO
ATENA EDITORA, 2022
O e-book “História Tempo & Argumento” traz um conjunto de estudos inéditos que apetecem contribuir com o campo da pesquisa em história. Nero e Evangelista Júnior, em sua pesquisa, investigam o "Monstro de Guaianases" que teria sido autor de pelo menos 29 crimes entre ataques sexuais e homicídios na cidade de São Paulo no período entre 1936 a 1952, um tema ousado, que levanta questionamentos que merecem a atenção do leitor. No texto de Bandeira, há uma discussão pautada no medo que acompanha a sociedade brasileira desde a pandemia do século XIX. Por meio das charges publicadas na Revista Ilustrada, o autor traça um paralelo com a pandemia do século XXI, de COVID-19, buscando propor um equilíbrio para a vida em comunidade. A imagem do caixeiro viajante ressurge no estudo de Vieira Filho, que traz sua importância social e econômica para o interior do Piauí, trazendo elementos da cultura material e imaterial que envolve o desenvolvimento econômico, político, social e cultural do Estado. No artigo de Claro, a autora propõe seu olhar a partir do estudo da líder religiosa do Terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Eugênia Anna dos Santos e seu papel educacional na resistência e luta negra em Salvador/BA. No artigo de Lara, a autora discute o drama social vivido pela pandemia de COVID-19 e sua relação com a ocupação/desocupação do espaço acadêmico da UNEMAT, no município de Cáceres/MT, propondo como esse processo impactaria na trajetória acadêmica destes alunos. A história da Universidade de Sorocaba foi registrada por Xavier e Pinto que pesquisaram o período de 1951 a 2021 apontando o crescimento da instituição em várias áreas, com destaque a extensão universitária. Utilizando-se da história oral, Mendes e Marta pincelam a história da cena musical do rock em Vitória da Conquista/BA no período de 2000 a 2009. É uma importante oportunidade de conhecermos um pouco mais sobre esse gênero musical e sua presença no interior do Brasil. Uma ótima leitura a todos! Willian Douglas Guilherme (Organizador)
2009
Thought and actuality. The magazines of the 20 th century Luís Andrade Considering the central role played by magazines in the cultural transformations and the creation of doctrinarian and civic movements, between the late 19 th century and the late 20 th century, we attempt to characterize this type of press, from the distinctive features which enabled it to gather, following different purposes and modalities, both thought and actuality.
Leitura Em Língua Inglesa: Entre a Teoria e a Prática
Interdisciplinar Revista De Estudos Em Lingua E Literatura, 2013
RESUMO: Os PCN (1998) trouxeram para o contexto do ensino de línguas a necessidade de estimular a competência discursiva para que o aprendiz pudesse agir no mundo social. Tal função estaria relacionada ao uso da Língua Estrangeira via leitura. A leitura seria, portanto, o foco do ensino de línguas. Nem mesmo a publicação das OCEM (2006), que retomam o princípio do ensino de línguas através das quatro habilidades lingüísticas, suprimiu a hegemonia do ensino de habilidades de leitura na Educação Básica. Assim, é objetivo deste trabalho fazer uma revisão bibliográfica de textos que discutam estratégias de ensino da língua inglesa e contrastar as informações obtidas com a realidade do Instituto Federal de Sergipe, coletadas a partir de questionários aplicados a alunos do 2º ano. Observamos que autores que estudam a temática afirmam ser importante envolver os discentes em processos de leitura que desenvolvam habilidades como compreensão geral do texto; compreensão de informações específicas, detalhadas; inferências textuais e recepção crítica. Entretanto, as respostas dos alunos revelam que as aulas de inglês continuam centradas na tradução, o que nos permite inferir que nem sempre o trabalho com texto tem ajudado os alunos a desenvolver as habilidades necessárias para a ação em sociedade.