Imaginação histórica e sala de aula: um estudo de caso e uma possibilidade teórica (original) (raw)

O levantamento de concepções prévias em uma aula-oficina: a perspectiva de história a partir da experiência e da consciência histórica

Revista Veredas da História

É de suma importância investigarmos e elaborarmos reflexões didático-pedagógicas no que diz respeito ao ensino e aprendizagem da disciplina de história, nos preocupando com o conteúdo que é realmente transmitido, com o que poderia e com o que deveria ser transmitido. Sendo assim, lançar mão da investigação da consciência histórica e tentar fazer a regulamentação didática da mesma, é um fator essencial da autoidentidade humana. A utilização de métodos educacionais diferentes em sala de aula é um recurso que o professor tem para captar o interesse dos alunos. No caso do modelo da aula-oficina, com maior abertura para diálogo entre professor e aluno, é importante a utilização de recursos e estratégias, como, por exemplo, o levantamento das concepções prévias, que ultrapassa o quesito de chamar a atenção do aluno, mas confere a ele o lugar de agente crítico e debatedor de ideias.

Narrativas divergentes no processo de desenvolvimento do pensamento histórico em sala de aula

2016

Indagar como os alunos pensam historicamente e de que forma eles lidam com a existência de diferentes narrativas históricas sobre um mesmo evento passado são os principais objetivos da pesquisa conduzida por Marília Gago. Com base em uma teoria construtivista sobre aprendizagem, o aluno e suas ideias são o foco principal deste estudo. Superando uma visão tradicional de ensino de História que previa uma assimilação passiva de informações transmitidas em sala de aula, Gago considera os alunos como sujeitos no processo de aprendizagem e coloca-os diante de problemas a serem solucionados. A concepção de aprendizagem histórica defendida neste livro passa pela compreensão, por parte do aluno, sobre a disciplina da História e a forma como ele relaciona os saberes produzidos em sala de aula à sua própria subjetividade, dotando-os de significância e tornando-os fatores de orientação para as decisões de sua vida prática. A partir de pesquisas realizadas na área da Educação Histórica por histo...

Uma Experiência Entre O Real e O Imaginário: Perspectiva Dos Alunos

COLLOQUIUM HUMANARUM, 2015

Este artigo tem por objetivo uma discussão sobre o real da sala de aula e o imaginário das teorias educacionais e o resgate da situação sócio-político da educação. É uma pesquisa qualitativa. Propõe a construção teórica a partir da realidade de sala de aula como caminho para superação do idealismo que paira nas produções cientificas sobre a prática educacional. E, ainda supõe a Práxis como elemento fundamental na constituição de uma prática transformadora da educação. Apresenta o engajamento social do educador e a relevância da luta para a destinação de políticas publicas adequadas. É um convite a colocar-se do lado dos explorados da história na perspectiva de sua libertação. Tem como resultado o envolvimento de alunos de escola média ao pensar a superação dos desafios da escola. Palavras-chave: Educação. Teorias educacionais. Práxis. Formação. Escola Pública.

O ENSINO DE HISTÓRIA SOB O VIÉS DO ANARQUISMO: É POSSÍVEL?

Essa comunicação tem como base discutir a possibilidade de pensar o Ensino de História sob o viés do Anarquismo. O que é possível fazermos para que o fenômeno de ensino desse tipo ocorra, se é que isso é realmente possível? Para iniciarmos esse debate primeiro faremos o diálogo com o capítulo chamado A História Na Visão de Anarquistas do livro História Por Anarquistas, para depois refletirmos a realidade desse processo em Sala de Aula da Educação Básica na disciplina de História.

Eu, Nós e a Instituição: Formações Imaginárias Sobre a Aula

Linguagem em (Dis)curso, 2018

Resumo: Este artigo discute as formações imaginárias relativas a manifestações discursivas de docentes, gravadas em aulas em uma instituição de ensino superior privada. Alguns questionamentos nortearam a investigação: como o professor imagina sua aula e de onde vem esse imaginário; o que ele ensina para além dos conhecimentos sistematizados; e como a relação professor/aluno via discurso ocorre em sala de aula. O corpus é constituído de recortes de cinco aulas gravadas no curso de Administração, de cinco professores com formação em diferentes áreas. O referencial teórico é a Análise do Discurso de Linha Francesa. Como resultado, o texto constatou que, no momento em que o professor verbaliza, ocorre a incompletude, a falha, pois o conhecimento que possui está imbricado com o simbólico. Também verificou que a aula é mais do que uma prática de transmissão de conhecimentos científicos, pois o professor, determinado pelo imaginário constituído socialmente, reproduz valores, papéis e modos de pensar socialmente cristalizados. Palavras-chave: Formações imaginárias. Aula. Professor. * Este texto é parte da tese de Doutorado em Letras apresentada na Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste, sob orientação do professor Dr. João Carlos Cattelan.

Contação De Histórias Na Sala De Aula: Um Poder Mágico!

Prolingua, 2008

Este trabalho tem por objetivo apontar importantes contribuições da contação de histórias para o desenvolvimento dos alunos em sala de aula. Dentre elas, podemos citar algumas: suscitar o imaginário infantil, responder indagações, enriquecer o vocabulário, favorecer a reflexão crítica, respeitar os turnos de fala, auxiliar na leitura e na escrita, conhecer aspectos da própria cultura e possibilitar a interação social. Como aporte teórico, tomamos como referência os estudos de Bagno, Bortoni, Ong, Patrini e Silva. Para melhor entendimento, retomamos um pouco da história do conto e dos contadores. Sabemos que a prática social do reconto é uma arte que ressurgiu recentemente, depois de quase ter desaparecido no começo do século XX. De acordo com Patrini (2005), esse quase desaparecimento do conto está associado ao surgimento das novas mídias, como o cinema e a televisão, que substituíram o horário dos saraus do passado. Isso porque o poder da imagem é muito grande, ao ponto de subentender que a escuta do conto tradicional é algo fora de moda. Acreditamos que a presença do contador de histórias na sala de aula possibilita manter vivos na escola outros repertórios conhecidos das crianças e dos professores. Além do mais, esta presença reconhece e valoriza a oralidade.

Museu e imaginação histórica

2019

Neste artigo apresentamos as linhas gerais de uma proposta metodologica de educacao museal, concebida no Museu do OuroIbram e inspirada na Teoria da Historia de Robin Collingwood, tendo em vista a instauracao de predisposicoes favoraveis ao desenvolvimento da imaginacao historica em estudantes. A partir da escuta de multiplas vozes sociais, elaboramos cartas indutoras da imaginacao, com base no acervo do museu. Em seguida, convidamos um grupo de estudantes para criar a trama de um jogo, estimulados pelo uso das cartas. Nossa preocupacao fundamental foi captar como os jogadores se implicaram na proposta e que sentidos emergiram da experiencia. Pode-se dizer que a reconstituicao imaginativa do passado mobilizada pelos estudantes no processo de construcao do jogo contribuiu para neles suscitar a empatia museal e o gosto pela Historia. O desenvolvimento da pesquisa nos possibilitou pensar de forma diferente o que esta colocado no museu enquanto relacao com o publico escolar.

A "máquina do tempo": representações do passado, história e memória na sala de aula

2015

E aprendi que se depende sempre De tanta, muita, diferente gente Toda pessoa sempre é as marcas Das lições diárias de outras tantas pessoas… Gonzaguinha, 1982. Uma dissertação de mestrado parece produto de um trabalho individual, mas não o é. Ela começa como desejo, que logo é compartilhado com os mais próximos. Depois, torna-se vontade e busca-se o conhecimento acadêmico para torná-la possível. Ao longo de seu desenvolvimento ela pode ser objeto de angústia e incerteza. Nesse percurso são tantas as pessoas que participam com apoios-materiais, intelectuais e afetivos-, sugestões e incentivos que é impossível agradecer a todas com a ênfase que, certamente, merecem. Mas o seu reconhecimento, mesmo que não explicitado, é de fato sincero. Começo pela orientação, paciente, generosa e precisa da Professora Katia Maria Abud, com quem nesses três anos compartilho "a dor e a delícia" dos momentos de estudo, debates, reflexões e, nos dois últimos meses, a finalização do trabalho escrito. Muito obrigada é pouco diante da sua atuação motivadora e afetiva. Muitas dúvidas e incertezas foram dissipadas por sua capacidade respeitar o pensamento divergente e confiar no resultado do percurso escolhido para o trabalho. Aos professores Roseli Baumel-Faculdade de Educação-USP e Paulo Knauss-Universidade Federal Fluminense, pela leitura cuidadosa do relatório parcial da pesquisa para a qualificação e, principalmente, pelas contribuições, críticas e sugestões que, na medida do meu entendimento, foram incorporadas ao percurso e finalização do trabalho. À Dislane Zerbinatti Moraes, professora-supervisora de meu Estágio no Programa de Aperfeiçoamento do Ensino-PAE na Faculdade de Educação-USP; mais nova amiga com quem tenho compartilhado dúvidas e reflexões, por sua generosidade e confiança.