Estudantes democráticos": a atuação do movimento estudantil de "direita" nos anos 1960 (original) (raw)
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Militância estudantil e memórias dos anos 1960
Tempo e Argumento
This article describes interviews of student activists who protested at the UFBA during the 1960s. It discusses the reasons why some student protests occurred before the 1964 coup d'etát have been forgotten. In addition, this article aims to show how identifying similarities and differences between previous protests and the resistence against the military dictatorship can improve the historiography of student moviments from 1960s. Finally, it explores the connections between 1960 and 1968 generations of students.
A Frente da Juventude Democrática contra a esquerda estudantil durante a greve universitária de 1962
Entre o fim do Estado Novo e o golpe civil-militar de 1964, diferentes forças políticas exerceram controle sobre a diretoria da União Nacional dos Estudantes (UNE). Durante a segunda metade dos anos de 1940, a mais forte delas foi o Partido Socialista Brasileiro (PSB), que elegeu os presidentes da UNE entre os anos de 1947 e 1949. Já na primeira metade dos anos de 1950, os estudantes da União Democrática Nacional (UDN) predominaram na diretoria da entidade, sustentando a eleição de todos os presidentes da UNE durante o período que se estende de 1950 a 1955. No ano seguinte, quando se reuniu o 19º Congresso Nacional dos Estudantes, a chapa udenista, que representava a situação, intitulada Resistência Democrática, obteve 280 votos. A da oposição, simbolicamente nomeada como Renovação, obteve 286 votos, vencendo o pleito e rompendo o período de predomínio das forças de direita (POERNER, 1995:169-172.). Para somar os seis votos de vantagem da Renovação, foi necessária uma aliança que envolveu setores nacionalistas, comunistas, socialistas, cristãos e trabalhistas (MARTINS FILHO, 1987:41) numa única frente de oposição. Do conjunto dessas forças, surgiu uma aliança que revelou os comunistas e os universitários católicos como os principais atores do meio universitário. Nesse primeiro momento, pelo menos até 1960, os comunistas parecem ter conseguido se sobrepor às demais forças. Já no ano de 1961, os cristãos de esquerda, organizados na Juventude Universitária Católica (JUC), obtiveram maior número na votação do 24º Congresso 1 , tornando-se a força predominante na diretoria da entidade. Nessa perspectiva, é possível afirmar que a UNE foi um canal de expressão de diversos grupos políticos. No entanto, para além do predomínio de uma ou outra força, houve a coexistência entre elas, tanto no interior da entidade, como no conjunto do movimento estudantil, assim como diferentes experiências associativas e políticas que se organizaram no interior das instituições de ensino. Essa diversidade já foi indicada por diversos autores e é importante para conceituar que o movimento estudantil não é imutável, e em diferentes * PPGH Mestrando/UNESP -Assis. Bolsista CAPES. 1 A chapa encabeçada por Aldo Arantes, estudante da PUC-RJ, contou com o apoio dos estudantes do PCB.
A (Des)articulação do Movimento Estudantil: (Décadas de 80 e 90)
Educação: Teoria e Prática, 2007
The paper makes an analysis of the student movement on 80's and 90's, having as reference the student movement on 60's and 70's, taking hypothesis about the responsible causes of this movement unarticulation in these years; considering the historical differences among the studied periods. It shows up the uncontrolled political party influences of the movement like one of the principal causes of its unarticulation, or the lack of control of the political party influences, by the students, that have controlled the student movement, stipulating, many times, the directions to be followed and, causing in this way, differences in the form to lead the movement, forgetting the general interests of the students and adopting the party interests.
Maio De 1968: Movimento Estudantil e Luta De Classes
Perspectivas em Diálogo: Revista de Educação e Sociedade, 2016
O presente texto discute o enfrentamento radical proporcionado por setores do movimento estudantil, em alianca com setores revolucionarios do proletariado, a burocracia estatal, partidaria e sindical que, auxiliando a burguesia, buscavam tornar regular uma nova ofensiva capitalista, na Franca em fins da decada de 1960. Para isso buscaremos compreender a dinâmica da luta de classes, naquele episodio que ficou conhecido como o Maio de 1968 , a luz de uma teoria marxista das classes sociais, quer dizer, levando em consideracao o modo de vida das classes envolvidas nas lutas, os interesses derivados desse modo de vida e as aliancas e oposicoes que as classes e grupos sociais estabeleceram com outras classes sociais. Dessa forma, pretendemos demonstrar que a burocracia (estatal, sindical e partidaria) e uma classe social que auxiliou a dominacao burguesa e, portanto, nao contribuiu com a revolucao proletaria, estimulada pela luta cultural de setores radicais do movimento estudantil franc...