Píndaro e o mito na Olímpica I: apontamentos sob a perspectiva do materialismo histórico (original) (raw)
Related papers
Esporte e Guerra Nas Olímpicas, De Píndaro
Principia - UERJ, 2021
<jats:p>Neste texto, leremos alguns trechos selecionados de várias Olímpicas e examinaremos com mais atenção a Olímpica 10, de Píndaro, que trata da fundação mítica dos jogos realizada por Héracles. O que pretendo demonstrar aqui é que, em Píndaro, existe um equivalência entre o atleta e o guerreiro e que a glória alcançada por um competidor pode ser comparada à glória de um guerreiro.</jats:p>
De bodas e jogos: uma análise do proêmio da Olímpica 7, de Píndaro
Agora (Estudos Clássicos em Debate - Universidade de Aveiro, Portugal), 2019
This article seeks to examine the proemium (1-19) to Pindar's Olympian 7, so as to highlight the opening strategy of the epinician song and the poet's arrival to the celebration of the acclaimed victorious athlete, the boxer Diagoras of Rodes. The analysis focus on the bond between the world of gámos-the wedding-and the world of níkē-of the athletic victory built by means of the long initial simile (1-10) which prepares the announcement of Pindar's disembark-of his voice-in the island of his laudandus.
Olímpica 9: louvação a Efarmosto e o mito do dilúvio
Calíope: presença clássica, 2016
Píndaro (518-438 a.C.), poeta que se notabilizou como cultor de epinícios – cantos triunfais compostos, em geral, em honra dos vencedores das principais competições pan-helênicas –, celebrou na ode Olímpica 9, composta em 466 a.C., a vitória de Efarmosto de Opunte, na luta, por ocasião da 78a Olimpíada realizada em 468 a.C. Nessa ode, privilegia-se o mito do dilúvio, cujos protagonistas são Deucalião e Pirra, ancestrais míticos dos Lócrios de Opunte, cidade do laureado. Esse epinício foi cantado durante o cortejo processional que se dirigiu ao santuário de Ájax, herói cultuado em Opunte.
Píndaro, olímpica 7: comentário e tradução anotada
Translatio, 2022
Tradução integral da Olímpica 7, de Píndaro (c. 518-446 a.C.), epinício em homenagem à vitória de Diágoras de Rodes, pugilista renomado, obtida nos Jogos Olímpicos de 464 a.C., no festival a Zeus, celebrado no templo do deus em Olímpia. Trata-se de um dos maiores atletas de sua era. A ode é precedida de introdução e comentário, e acompanhada de notas. O artigo se soma a "De bodas e jogos", artigo anterior, de estudo do proêmio da ode.
Métrica e Rítmica nas "Odes Píticas" de Píndaro
e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Doutor em Letras. São Paulo 2012 Resumo Este trabalho consiste em um estudo métrico e rítmico das Odes Píticas de Píndaro, bem como uma tradução desses mesmos poemas com o objetivo de reproduzir os aspectos métricos e rítmicos identificados durante o estudo. Trata-se, portanto, de uma abordagem que privilegia não o sentido, como se faz de costume no âmbito acadêmico, mas, sim, alguns elementos formais bem específicos (o metro e o ritmo), os quais são caros ao tema central da tese que defendemos: a da unidade rítmica nos epinícios aqui estudados.
Cadernos de Tradução (UFSC), 2019
A importância de se estudar o legado da Grécia Antiga revela-se ao longo de vários momentos emblemáticos de nossa história cultural: no Renascimento italiano, por exemplo, com o desenvolvimento de um ideal humanista que passava a ver a Antiguidade como o modelo intelectual a partir do qual a poesia, a filosofia e as matemáticas deveriam ser estudadas com o objetivo de formação do caráter (Manuzio); ou no Primeiro Romantismo Alemão, quando os Antigos - em especial os gregos - surgiam como os responsáveis por deitar as bases das técnicas de expressão artística que seriam as mesmas dos séculos por vir, desde a mais concreta das artes, qual seja, a arquitetura, passando pela escultura, pintura e dança, até chegar à música e aos gêneros poéticos (epopeia, drama e lírica) e prosaicos (filosofia, retórica e história) (Schlegel); ou ainda, em vários dos movimentos neoclássicos ou mesmo modernistas (aqui sob uma clara inspiração da leitura nietzschiana dos Antigos), desenvolvidos desde o início do séc. XX até a contemporaneidade.
O mito e o rito: aspectos rituais nos Epinícios de Píndaro
CLASSICA - REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS CLÁSSICOS, 2013
O presente trabalho apresenta uma reflexão acerca da dimensão performática dos epinícios de Píndaro, analisando a dinâmica estabelecida por mito e ritual no contexto da performance. A Olímpica I constitui o foco do trabalho e, desse modo, apresenta-se uma breve análise com vistas ao delineamento da conjuntura mito-ritualística que lhe é própria, bem como das características e sentidos que a projeção de sua performance suscita.
Mitologias no jornalismo esportivo: o mito da" imortalidade‟ gremista
2011
Os agradecimentos longos não são por mero acaso. Este trabalho é um esforço basicamente meu e de meus orientadores, porém eu sou o conjunto do esforço, dedicação e paciência de muitas pessoas, que me ajudaram indiretamente a escrever estas páginas. Agradeço primeiramente aos meus orientadores, Alexandre Rocha e Márcio Telles, por toda a atenção e apoio técnico dado a este trabalho. As recomendações de bibliografia e o debate sobre os autores expandiram a minha visão e foram cruciais para a execução desta monografia. Agradeço muito aos meus amigos que sempre me deram ânimo e tiveram a compreensão de entender as minhas ausências em eventos sociais, principalmente os que residem em Porto Alegre. Em especial agradeço ao Jean Melo, por todos os grandes debates sobre Gre-Nal e pelos jogos de futebol (nem que fossem partidas virtuais), e ao Julian Kober, pelo apoio dado em todos estes anos de amizade. Sou grato a Sarita Reed, que me manteve motivado no período de produção deste trabalho e esteve sempre a postos para ouvir o que eu tinha para dizer. O maior agradecimento vai para os meus familiares. Agradeço ao meu avô João Fornari por me "ensinar" a gostar de futebol além de outros ensinamentos importantes na minha vida. Agradeço a minha irmã, Luana, pelos debates, passeios e momentos de companheirismo que vivemos. E um agradecimento especial aos meus pais, Mônica e Amilton, pelo incentivo, pelo apoio moral e financeiro, mas principalmente pela dedicação que tiveram comigo ao longo de toda a minha vida. Este trabalho é dedicado a vocês. RESUMO Este trabalho tem como finalidade investigar o mito da "imortalidade" que tange ao Grêmio Football Porto-Alegrense presente nas matérias do jornal Zero Hora. Analisando os exemplares referentes aos principais jogos da equipe de 26/11/2005 até final de 2010 sob a ótica de autores como Roland Barthes e Hilário Franco Júnior, percebe-se como o mito enraíza-se na imprensa. Com a sua difusão e naturalização, a mitologia distorce os sentidos, cria novas significações, e dá esta visão do que seria a identidade do Grêmio: um time guerreiro, que não desiste nunca, e com um discurso amplamente mitificado.
Narrativas Midiáticas sobre a relação entre corpo e jogos olímpicos nas décadas de 1890 e 1900
Revista Brasileira de Estudos da Presença, 2016
Os jogos olímpicos apresentavam-se ao habitante do Rio de Janeiro das décadas de 1890 e 1900 como algo além do esporte. Circo, teatro e cinema eram espaços culturais onde aqueles eventos podiam ser assistidos, como os jornais da época anunciavam. As Olimpíadas do Comitê Olímpico Internacional também eram noticiadas, porém disputavam a atenção dos leitores cariocas com jogos não-oficiais, como os que foram realizados em Montevidéu no ano de 1907. Entendido esse contexto, neste artigo são apresentadas algumas questões relativas ao ideal de corpo no referido período e seu diálogo com a novidade representada pelos jogos olímpicos.
Olimpismo e exaltação da individualidade: das origens aos jogos contemporâneos
O espírito olímpico no novo milénio, 2000
A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso.