Femicídios no México (original) (raw)

Feminicídio

Revista Direitos Sociais e Políticas Públicas (UNIFAFIBE)

O presente artigo tem a finalidade de investigar a partir dos delitos de feminicídio ocorridos através da história, sobre a motivações de tais delitos, e se eles podem ser considerados como atribuídos à cultura de determinado local. Analisa as possíveis causas da perpetuação do crime de feminicídio no tempo, com a verificação do conceito de feminicídio, as causas culturais, mídia e os documentos internacionais que orientam a devida diligência do Estado. Para tanto, utiliza a pesquisa de cunho hipotético-dedutivo, com os tipos de pesquisa bibliográfico e documental.

Feminicídio no México e trabalho escravo no Brasil

… Segurança Urbana e …, 2008

Resumo: O primeiro debate trata do fenômeno chamado feminicídio, no México, em especial, na Ciudad Juarez, expostas pela doutora Iris Rocío Santillán Ramirez, trazendo dados comparativos entre cidades da América Latina. Doutora Andréa Nocchi aborda, por sua vez, a dramática situação do trabalho escravo no Brasil. Ambos os temas envolvem experiências de violência, até então inimagináveis nas sociedades democráticas, tanto quanto seu enfrentamento.

Feminicídio/femicídio

Revista Acadêmica Escola Superior do Ministério Público do Ceará

Feminicídio (feminicide) e femicídio (femicide) possuem o mesmo significado semântico, conforme a doutrina da precursora do termo, Diana Russell. Feminicide e femicide são termos utilizados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para expressar o mesmo fenômeno jurídico e social. Com a introdução do crime de feminicídio, no Brasil, pela Lei 13.104, de 2015, houve uma preocupação de distinguir feminicídio dos crimes de morte intencional em que são vítimas pessoas do sexo feminino, o que tem produzido uma estatística apenas parcial dos crimes de feminicídio. Faz-se necessário, portanto, dar prioridade às investigações de crimes de homicídio em que a vítima é do sexo feminino, para ajudar no desenvolvimento de políticas públicas de combate ao feminicídio.

Artículo Femirracídio no Brasil

Raquelli Natale, 2019

Este artigo é parte de uma pesquisa em desenvolvimento sobre o femirracídio no Brasil. A nomenclatura femirracídio foi criada para designar a morte de mulheres negras em decorrência da violência de gênero e objetiva, além de nomear esse tipo de morte, dar visibilidade aos altos índices de homicídios de mulheres negras em todo o mundo e, especialmente, no Brasil, que ocupa o quinto lugar no ranking de países com mais feminicídios (Waiselfisz, 2015). Nesse cenário, este trabalho apresenta uma análise discursiva sobre a representação do femirracídio na mídia, especificamente, em notícias jornalísticas veiculadas por jornais do estado do Espírito Santo (ES), que é o estado brasileiro mais violento para mulheres negras. A teoria Sociocognitiva do discurso (Van Dijk, 1999, 2012, 2014) é o principal aparato teórico empregado nas análises, pois sendo de natureza multidisplinar, permite o diálogo com outras áreas de conhecimento, como os estudos multimodais de Machin (2007) e van Leeuwen (2008) e o conceito de interseccionalidade, na sociologia, de Crenshaw (2002). Os resultados revelam que o femirracídio é muito mais complexo do que o homicídio de mulheres brancas em função das intersecções que compõem esse problema, como gênero, raça e classe social. Logo, a resolução dessa problemática demanda um trabalho que abarque todas os eixos de opressão que atingem essas mulheres de modo a dirimir violências e promover a equidade.

Femicídios: homicídios femininos no Brasil

Revista de Saude Publica, 2011

Artigo disponível em português e inglês em: www.scielo.br/rsp Femicídios: homicídios femininos no Brasil Femicides: female homicide in Brazil RESUMO OBJETIVO: Analisar a mortalidade feminina por agressão segundo indicadores sociodemográfi cos e de saúde. MÉTODOS: Estudo ecológico sobre a mortalidade feminina por agressão ocorrida no Brasil de 2003 a 2007. Os dados de 19.459 óbitos foram obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Os coefi cientes padronizados de mortalidade feminina por agressão foram relacionados (teste de correlação de Pearson) com 28 indicadores socioeconômicos, demográfi cos e de saúde. Foi realizada regressão linear múltipla com variáveis que apresentaram p < 0,20 e excluídas as variáveis que apresentaram multicolinearidade. RESULTADOS: O coeficiente padronizado de mortalidade foi de 4,1 óbitos/100.000 mulheres no período. Após o ajuste, três variáveis permaneceram signifi cativas e associadas à mortalidade feminina por agressão: taxa de natalidade (p = 0,072), percentual de evangélicos (p = 0,019) e coefi ciente de mortalidade por agressão no sexo masculino (p < 0,001). O modelo possui uma capacidade de predição do desfecho de 69% (r 2 = 0,699). Espírito Santo,

Femicídios em Portugal durante a pandemia COVID-19

2020

O Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR União de Mulheres Alternativa e Resposta, publica, todos os anos, os dados de mulheres assassinadas, noticiados pela imprensa em Portugal. Considerando o período pandémico que vivemos, e o enorme impacto que sabemos ter na vivência das mulheres vítimas de violência doméstica, o Observatório das Mulheres Assassinadas analisou separadamente os femicídios durante o período de confinamento. Assim, no relatório "Femicídios em Portugal durante a pandemia COVID 19", analisaram-se os dados de femicídios, tentativas de femicídios e ameaças de morte publicadas nos media entre os meses de março e maio 2020. Este relatório está disponível em Português e Inglês.

O FEMINICÍDIO NO MÉXICO, COSTA RICA E BRASIL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMA Femicide in Mexico, Costa Rica and Brazil: some considerations on the subject

1 Doutoranda em sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPel, mestra em sociologia pela mesma instituição. Advogada, graduada em Direito pelo Centro Universitário Franciscano. Key Words: Feminicídio: os usos da palavra A origem do termo femicídio vem do inglês femicide. Foi utilizado pela primeira vez para denominar a morte trágica de mulheres em razão do seu gênero, em 1976, 4 por Diana Russell, em um depoimento no Tribunal Internacional de Crimes contra Mulheres, em Bruxelas. Logo após, em conjunto com Jill Radfort, a autora escreve um livro, que representa a principal referência sobre estudos de mortes de mulheres, conceituando o crime da seguinte forma:

Feminicídios em municípios de fronteira no Brasil

Ciência & Saúde Coletiva

Resumo Estudo quantitativo que analisou as mortes de mulheres por agressão nos 122 municípios que fazem parte da linha de fronteira brasileira. As fronteiras são territórios de conquista, conflito e violência, e nos municípios de fronteira brasileiros há taxas elevadas de homicídios masculinos e femininos. O objetivo do estudo foi quantificar as mortes femininas por agressão nesses municípios e identificar fatores a elas associados. As mortes femininas por agressão, consideradas um indicador indireto dos feminicídios, foram o desfecho de uma análise multivariada utilizando o modelo de Poisson. No período de 2000 a 2015, ocorreram 1.384 mortes de mulheres por agressão, representando uma taxa média de 5,8/100.000 mulheres; dessas, 181 eram indígenas (13%). Observou-se o padrão de distribuição desses óbitos, que aconteceram predominantemente no Arco Central, em municípios maiores e onde há mais migrantes. Há uma heterogeneidade nas taxas de violência nos municípios que fazem parte da l...