Entre o aggiornamento e a solidão: práticas discursivas de D. Antônio Mazzarotto, primeiro bispo diocesano de Ponta Grossa - PR (1930-1965) (original) (raw)

Os Bispo Da Província Eclesiástica Paulista e O Protestantismo De Missão

2017

Este texto analisa alguns aspectos da acao dos bispos da Provincia Eclesiastica Paulista diante do que a hierarquia da Igreja catolica considerava como uma ameaca: o avanco do protestantismo e suas diferentes denominacoes. As primeiras decadas do seculo XX, apos a separacao do Estado com a Igreja, a liberdade de culto permitiu a insercao cada vez maior dos protestantes sob protestos da Igreja catolica.

Pateo do Collegio, lugar de nascimento e memória: a reforma litúrgica realizada por Cláudio Pastro

Estudos Avançados, 2021

RESUMO A origem da cidade de São Paulo está intimamente ligada à fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, em 1554, pela Companhia de Jesus. Em 25 de janeiro desse mesmo ano, aconteceu a missa inaugural celebrada pelos padres Manuel de Paiva e Afonso Brás, com a presença do irmão José de Anchieta, entre outros. Do ano de sua fundação, pela Companhia de Jesus, até hoje, muitas foram as modificações sofridas no complexo arquitetônico original. Inúmeras situações desfavoráveis, tanto políticas quanto religiosas, poderiam ter relegado ao esquecimento uma origem tão singular e tão importante não só no âmbito espiritual, mas também educacional de São Paulo, porém esse lugar permanece como um marco da história da Companhia de Jesus e do seu legado arquitetônico e artístico à cidade. O presente artigo pretende expor alguns dados primordiais da história do Pateo do Collegio para contextualizar as mudanças do projeto iconográfico interno ocorridas no ano de 2009, elaborado pelo artista...

D. Frei Domingos da Encarnação Pontevel e os debates sobre o poder episcopal: Bispado de Mariana (1777-1793)

A temática das relações entre o Estado e a Igreja no período Moderno possui uma ampla discussão na historiografia. Nos trabalhos já feitos sobre essa matéria com relação à América Portuguesa, vemos a existência de um debate em torno da confusão do aparato administrativo civil e das instituições eclesiásticas em Portugal e nos seus domínios. Essa solubilidade entre ambas as instâncias revelou uma relação de ambiguidade entre os poderes civil e eclesiástico. Tal ambivalência esteve inerente ao cotidiano das sociedades coloniais e do reino portugueses, fazendo com que o sagrado e o profano se confundissem nas relações sociais e de poder. Entretanto, trabalhos historiográficos mais recentes reformularam esse olhar sobre as relações entre o Estado e Igreja em Portugal, atribuindo um caráter de ação mais amplo às instituições eclesiásticas em seus vários níveis de atuação. Os bispos, nesse sentido, seriam o ponto oscilante dessas relações de poder e podem ser vistos como peças-chave para a sua compreensão, ao passo que eles seriam o elo entre as comunidades onde pastoreavam e o poder civil. Durante o século XVIII, em Portugal, um debate em torno dos limites de poder e ação dessas duas instâncias ganhou força e esteve presente nos âmbitos acadêmicos da Universidade de Coimbra. O regalismo português se fortaleceu no reinado de D. José I com a discussão de um projeto político-religioso encomendado pelo Marquês de Pombal. Debatia-se nesse projeto assuntos em defesa da monarquia pura, dos limites do poder papal e da defesa de um episcopalismo em conformidade com as políticas regalistas. Essas ideias foram preservadas nos Estatutos da Universidade de Coimbra (1772) e no Compêndio Histórico da Universidade de Coimbra (1771).

Laboratório de diálogo ecumênico e inter-religioso na Diocese de Ponta Grossa, Paraná

Caminhos de Diálogo, 2021

Resumo Este texto se propõe a ser um relato de pesquisa desenvolvido em um triênio, de 2018 a 2020, que aconteceu na Diocese de Ponta Grossa, Paraná. É um laboratório de diálogo ecumênico e inter-religioso desenvolvido para despertar a sensibilidade sobre o tema da unidade dos cristãos e o diálogo com outras religiões, para fazer uma revisão das bibliografias produzidas na diocese, e contribuir com um aprofundamento acadêmico sobre o tema. Foi proposto para os estudantes de teologia do Instituto de Filosofia e Teologia Mater Ecclesiae (IFITEME) da Diocese de Ponta Grossa. Num segundo momento, surgiu a proposta de sair do ambiente acadêmico para levar o resultado das pesquisas para fora da sala de aula e alcançar as realidades eclesiais que possam se beneficiar e colaborar no caminho da unidade e do diálogo. O COVID-19 atrasou algumas etapas, mas a da Campanha da Fraternidade Ecumênica, de 2021, abriu novas possibilidades para completar as etapas propostas. Palavras-chave Ecumenismo. Diálogo Inter-religioso. Ponta Grossa.

Papado do Papa Francisco: renovação pastoral, não mudança doutrinária

HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião

Após a publicação da Exortação Apostólica do Papa Francisco Amoris Laetitia, quatro cardeaisidosos escreveram a ele pedindo-lhe que esclarecesse posições na Exortação que eles acusaramde estarem causando confusão nos fiéis. Eles chegaram inclusive a sugerirem que ele haviamudado algumas doutrinas católicas. Este ensaio responde às suas perguntas, argumentando queFrancisco não mudou nenhuma doutrina católica, mas realizou mudanças no sentido derenovação da prática pastoral católica. Argumenta também que, embora não tenha mudadonenhuma doutrina católica, ele priorizou algumas delas, especialmente aquelas relativas àautoridade e inviolabilidade da consciência e o que ele chama de "situações irregulares" decoabitação, uniões do mesmo sexo e divórcio e novo casamento sem anulação.

Um bispo para além da crise: João Crisóstomo e a reforma da igreja de Constantinopla

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“O primeiro bispo deste Estado”. D. Gregório dos Anjos e a jurisdição episcopal na Amazônia, 1679-1689

2021

D. Gregório dos Anjos assinou todos os despachos que efetuou no bispado do Maranhão mencionando sempre ser “o primeiro Bispo deste Estado”. A ênfase que dava ao seu pioneirismo no governo diocesano daquela grande região não era casual, pois o território sob sua jurisdição englobava a Amazônia portuguesa e sua presença coincidiu com um momento crucial na vida do território, quando ali se promulgou a lei de liberdade dos “gentios” em 1680. Assim, o bispo passou a ter um papel central na repartição da mão de obra indígena. A introdução da jurisdição episcopal nesse espaço de conquista é o objeto central de investigação deste artigo. Analisar-se-á o governo diocesano, as dinâmicas empreendidas, bem como as relações do antístite com os jesuítas e os oficiais do rei.