Transparência e opacidade: uma porta para a autoria na fotografia (original) (raw)

Entre a transparencia e a opacidade

Las propuestas de publicación han de ser remitidas (en archivo adjunto, con formato PDF) a alguna de las siguientes direcciones electrónicas:

A (in)consciência da fotografia - da imagem como transparência do real à opacidade crítica

2017

The dissertation The (un)consciousness of photography – the image as transparency of the real to critical opacity is an investigation about the myth of photography that finds in the image a copy of the real. From a critical opacity, Walter Benjamin, Roland Barthes, Vilém Flusser and other thinkers underlie a research about this medium, its history, purpose and practices that support social alienation to the experience and world's memory. The difficult acceptance of photography as art allows it to become an object of criticism of practices that define its value. It is the aesthetic revolution initiated by literary realism that makes testimony and fiction dependent to the same system of meaning, allowing the limits exploration of the real's translation.To point to a theoretical opacity, critics and photographers not only reveal the unconscious, but also the specific properties that this image carries to the memory of times and to the real's imagination. For this reason one...

O paradoxo entre criação e circulação nos trabalhos fotográficos com processos artesanais

Farol (Vitória), 2018

Este artigo reflete sobre o processo de criação e circulação nos trabalhos fotográficos que exploram os processos artesanais de fotografia, tais como o cianótipo e o dusting on, que têm uma materialidade própria permitindo a participação do artista em todas as etapas de criação. Por outro lado, na dinâmica atual do circuito artístico essas obras precisam ser digitalizadas para circularem no meio digital e participar de alguns editais, concursos, festivais de fotografias, publicações em revistas ou nas mídias sociais. Assim, um trabalho que é caracterizado pela materialidade precisa ser transformado em arquivo digital apresentando uma situação totalmente diferente daquela na qual os trabalhos são produzidos. Como acreditamos que a obra não pode ser pensada fora de sua circulação, propomos analisar casos específicos de uma fotógrafa que desenvolve seu Mestrado na área de impressão fotográfica por contato e que assina o artigo como co-autora.

Tradução: da transparência à opacidade, da metalinguagem à alteridade

Gragoatá, 2019

Este texto apresenta uma proposta teórica de entendimento da tradução com base na articulação de três noções fundamentais do campo dos estudos da linguagem: opacidade, enunciação e alteridade. A abordagem da opacidade é feita com inspiração em Récanati (1979), bem como em seu correlato teórico, a noção de transparência, no quadro de uma discussão acerca do signo linguístico e do enunciado. A alteridade, por seu turno, é apresentada como uma noção implicada na ideia de opacidade, o que configura uma alteração da proposta original de Récanati. Por fim, a enunciação é vista pela ótica de Benveniste (1989; 1995), cuja teorização sobre metalinguagem e sobre o duplo universo de significância da língua, que a singulariza em relação a outros sistemas semiológicos, é incorporada à digressão sobre os outros dois conceitos que embasam este estudo. Partindo-se dessas três noções, estuda-se a tradução intra e interlinguística (JAKOBSON, 2003) tendo por hipótese de que a tradução, em sentido lato...

Por uma noção de " transparência " fotográfica: alguns realismos, de Baudelaire a Renger-Patzsch

2a jornada de estudos sobre teorias da fotografia - Rede Grafo, 2017

Objetivamos com esta exposição refletir acerca do realismo fotográfico e como este se relacionaria historicamente com a legitimação de um caráter documental da fotografia entendido como “transparente” à realidade material. Inicialmente, partimos de uma interpretação da consolidação da sociedade industrial burguesa tardia na França; sua apropriação material da fotografia como instrumento de auto representação legitimante e legitimado. Orientando-nos, então, por certa compreensão de modernidade na Europa ocidental, na segunda metade do século XIX. ver mais http://redegrafo.com.br/2017/09/12/por-uma-nocao-de-transparencia-fotografica-alguns-realismos-de-baudelaire-a-renger-patzsch/

O espaço isolado da vitrine : espaço de autoria

2000

This research aims to present an analysis of the use of the museum s display as an integrating space of the work of art. It gives emphasis on the use of an isolated and untouchable space in the museum s display as an essential area to establish contemporary aesthetic proposals. So, it also checks how the display case is given thematically not only in the architectural space, but also in the painting and photograph. It analyses the artists approach of collecting, selecting, arranging, assorting, displacing and displaying a series of united objects in the interior of such device. It is questioned if the presence of the artists who work with the museum display or with demarked space would not be tied to the crisis of the author s traditional concept.

A permeabilidade da fotografia ao imaginário

Revista Fronteiras estudos midiáticos, 2009

Diz-se que a fotografia é uma imagem técnica, obtida de modo mais ou menos automatizado, por meio de uma máquina. Na tradi- ção de Flusser, considera-se que o processo criativo se tolhe consideravelmente nessas circunstâncias, restando ao fotógrafo fazer escolhas entre opções programadas, de modo que o produto resultante não seja criação do homem e sim da máquina. O importante alerta de Flusser sobre o encolhimento da criatividade no mesmo ritmo da multiplicação de imagens fotográficas instiga-nos a investigar a permeabilidade da fotografia à atitude imaginativa mais fértil, aquela fincada diretamente no subsolo arquetípico. Para tanto, recorremos à Teoria Geral do Imaginário, de Gilbert Durand, no intuito de examinar o gesto e o produto fotográfico no contexto da imaginação simbólica.

Da assinatura à postura: a construção da autoria na fotografia documental

2016

Foram muitas, muitas mesmo, as pessoas que me ajudaram na trajetória e essa página sempre estará devedora de agradecimentos. Daniel, Pedro e Renata me acompanharam de perto, responsáveis por atos cotidianos, aqueles que preenchem nosso viver com pequenas e grandes alegrias, todas importantes, com companhia durante aperreios, com dispersões necessárias e desnecessárias. Amélia, Paulo, Roberta e Paulo-mãe, pai e irmãos-estiveram sempre na torcida e em outras ajudas igualmente importantes. José Afonso, amigo, fotógrafo e orientador. Atento, atencioso e generoso, companheiro de preocupações fotográficas, dentro e fora do doutorado, acumulou novas marcas atléticas nos seus comentários minuciosos. Pere Freixa, coorientador em Barcelona, me acolheu e se desdobrou para tornar a experiência do doutorado sanduíche mais rica. Foi muito bom ter passado pela Universitat Pompeu Fabra e ter compartilhado boas conversas com Pere. As professoras Maria do Carmo Nino e Nina Velasco e Cruz trouxeram muitas contribuições importantes ao desenvolvimento da pesquisa, não apenas na etapa de qualificação. João Roberto Ripper, além de disseminar seu bem-querer, me concedeu entrevista com toda a generosidade que o caracteriza. Ana Lira, que provavelmente se negará a ler essa tese, esteve sempre por perto, questionando a necessidade de tal feito com a mesma energia que dava amparo. As parteiras tradicionais e todos os que fazem o FotoLibras me ensinaram muito. Dan Gayoso e Júlia Morim, por um lado, Tatiana Martins, Rachel Ellis, Vládia Lima e Mateus Sá, por outro, simbolizam-deixando um mar de nomes não listados mas igualmente importantesesses dois universos tão ricos que tenho frequentado há anos. Os companheiros de aprendizado foram-sempre-muito importantes para o percurso. Me refiro aqui a todos aqueles com quem compartilhei salas de aula ou discussões: professores, doutorandos, mestrandos e graduandos, independentemente das posições que ocupávamos na hierarquia aluno/professor. A pesquisa foi beneficiada por bolsa Capes e pelo Programa Doutorado Sanduíche no Exterior (proc. 11114/13-4). A existência de coletivos de pessoas que se organizam para um mundo melhor, especialmente defensores do Linux e do Ubuntu, literal e anonimamente, salvaram minha tese. Um anti-agradecimento ou repúdio às instituições bancárias, termo aqui utilizado muito além dos estabelecimentos em si, ou seja, como símbolo de valores e métodos desumanos de subtração da vida. São um desfavor à educação e à produção científica, que nos faz dar passos para trás. Esta tese e este mundo seriam melhores sem elas e sem sua lógica. Lo visible es un invento. John Berger, em Modos de ver Resumo Esta pesquisa aborda a autoria na fotografia documental. Os conceitos de fotografia, autoria e documental-são, de modo geral, atravessados por ambiguidades, contradições e lacunas, que se multiplicam quando trabalhados em relação com o campo da comunicação. Adotamos a posição que: a) toda fotografia atua em uma dinâmica de descontextualização e recontextualização, responsável pela perda de vinculação entre o momento da captação da imagem e o da sua fruição, com consequente abertura para distintas interpretações; b) a fotografia documental busca relatar um fenômeno, levar a seus espectadores informações sobre um acontecimento, ou cenários culturais e sociais; c) os limites de significação da fotografia exigem que o autor articule estratégias de condução da interpretação: a relação com o texto, a formatação de séries e conjuntos de fotos, a definição do circuito e a consolidação da assinatura; d) a autoria envolve preocupações de delimitação, de separação, de responsabilização jurídica, além do deslocamentos na linguagem. Busca-se, portanto, as complexidades contidas nos conceitos de documental e de autoria, sem perder de vista as relações de poder e os mecanismos de controle que atravessam tais perspectivas. Para tanto, autores como

Fotografia e Arquivo, entre o Tangível e o Intangível

ILUMINURAS, 2020

Resumo: Pesquisar em arquivos fotográficos se mostra uma experiência interessante do ponto de vista antropológico, principalmente nos estudos envolvendo a imagem e a memória. Durante a experiência de pesquisa vivida junto ao Arquivo Miyasaka localizado na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, constituído pela produção fotográfica de Tony Miyasaka, me deparei por diversas vezes com situações em que as fotografias e negativos atuavam agenciando novas imagens, memórias e narrativas. Esses momentos significativos experienciados foram denominados de “encontros fotográficos”, ou seja, quando a fotografia demonstra toda sua potência em ativar a memória, a lembrança e a imaginação do interlocutor em contato com a imagem. Proponho refletir a respeito dos afetos vivenciados e seus efeitos no agenciamento de novas imagens e suas diferentes formas expressivas. Assim, mobilizo autores da chamada “Virada Fenomenológica” que auxiliam na reflexão sobre as experiências vividas com e através dessas fo...