Humanos e palmeiras (original) (raw)
Humanos e palmeiras: uma revisão sistemática acerca dos usos de Arecaceae na Amazônia brasileira Diversos estudos evidenciam os usos da família botânica Arecaceae pelos humanos na Amazônia brasileira, assim, uma revisão abrangente que revele aspectos relacionados à produção científica acerca dos usos das palmeiras na região é o objetivo deste artigo. Em revisão sistemática, a partir das plataformas Web of Science, SciELO Citation Index e Catálogo de Teses e Dissertações-Capes, selecionou-se 37 estudos. Publicados entre 1992 e 2021, com concentração entre 2014 e 2017, os estudos foram conduzidos, sobretudo, nos estados do Amazonas e Pará, em áreas rurais, protegidas ou não. 'Comunidades' e 'ribeirinhos' foram os grupos sociais com maior quantidade de estudos realizados. Há tendência das pesquisas se concentrarem em categorias de uso das plantas, com destaque para usos medicinais, apesar de que a categoria 'alimentação' teve a maior quantidade de espécies citadas. Das 41 espécies identificadas nos estudos, Cocos nucifera, Euterpe precatoria e E. oleracea foram as mais frequentes e Astrocaryum aculeatum, C. nucifera e E. precatoria, as que obtiveram o maior número de categorias de uso identificadas. C. nucifera e E. precatoria se destacam como as palmeiras mais amplamente utilizadas, em termos geográficos e socioculturais. Há lacunas no conhecimento sobre interações entre humanos e palmeiras, como usos para fins ornamentais e tecnológicos, se sanadas, tem potencial para auxiliar na conservação da sociobiodiversidade na Amazônia brasileira.