Classificação física e composição química do café submetido a diferentes tratamentos fungicidas (original) (raw)
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Morfologia e teor de cera de folhas de café após aplicação de fungicida
Pesquisa Agropecuária Brasileira, 2006
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de fungicida na morfologia e no teor da cera epicuticular, em duas cultivares de café, uma resistente à ferrugem (Obatã) e outra suscetível (Catuaí Vermelho). As plantas foram agrupadas por tratamento - com fungicida e sem fungicida -, coletando-se folhas do quinto e sexto nós, uma para estudo da morfologia e duas para avaliação do teor de cera. A aplicação do fungicida diminuiu o teor da cera e alterou sua morfologia, provocando rupturas e desaparecimento dos cristalóides, o que pode tornar a planta mais suscetível a doenças, pragas e estresse hídrico. As cultivares diferem quanto ao teor e morfologia da cera, o que pode estar relacionado com a resistência à ferrugem na cultivar Obatã.
Ciência e Agrotecnologia, 2006
Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de determinar as alterações na composição físico-química, química e sensorial de café cultivar Rubi, o qual foi submetido a diferentes formas de processamento e dois tipos de torração. Foram colhidos cafés de uma lavoura da UFLA com experimento de pivô central. Após o beneficiamento, as amostras foram divididas em cafés crus e torrados, sendo realizadas as seguintes análises: pH, acidez titulável total, cafeína, ácido clorogênico, polifenóis e índice de coloração. Foi realizada também análise sensorial (prova de xícara) para determinação da qualidade da bebida. Para a variável polifenol, não houve diferença significativa entre as formas de processamento, sendo que a torração clara apresentou maior teor de polifenol. O café natural apresentou um maior valor de cafeína dentro do tipo de processamento, e dentro do tipo de grão, o grão cru apresentou um maior valor de cafeína. Para a variável índice de coloração, os processamentos despolpado e...
Influência de safras agrícolas e tratamentos fungicidas no café cereja descascado e bóia
Ciência e Agrotecnologia, 2009
O manejo adequado de doenças foliares, como a ferrugem e a cercosporiose do cafeeiro, é fator primordial para a produção de bebidas de qualidade. Nesse sentido, torna-se de extrema importância o conhecimento dos procedimentos técnicos e de produtos fitossanitários, bem como o efeito exercido pelos mesmos na qualidade do café. Objetivou-se, com este trabalho, estudar a qualidade dos grãos de café cereja descascado e bóia procedentes de tratamentos fungicidas, em duas safras agrícolas. Foram conduzidos ensaios nos anos agrícolas 2002/03 e 2003/04. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com parcelas subdivididas, utilizandose quatro repetições, em esquema fatorial 2 x 3 x 2, compreendendo duas safras, três tratamentos fungicidas (fungicida sistêmico, nome comercial Ópera ® , fungicida de contato, nome comercial Cobox ® , e testemunha não tratada com fungicidas) e dois tipos de processamento, cereja descascado e bóia. As avaliações da qualidade dos grãos foram realizadas por meio das análises químicas: acidez titulável, pH, lixiviação de potássio e condutividade elétrica. Os resultados indicaram que os tratamentos fungicidas afetaram apenas a lixiviação de potássio para o café bóia, no qual o Cobox ® apresentou menor lixiviação comparado aos demais. Em ambos os processamentos estudados, o segundo ano de ensaio apresentou maior condutividade elétrica, e quando considerado o café bóia, maior lixiviação de potássio. O resultados apontam ainda que, no primeiro ano de ensaio o café cereja descascado apresentou efeito superior para a acidez titulável.
O café é um produto agrícola cujo processamento requer especial atenção, a fim de manter preservadas suas qualidades. Na pós-colheita, podem ser obtidos diferentes padrões de grãos devido à adoção de técnicas e uso de equipamentos que possibilitem a separação dos frutos por estágio de maturação, possibilitando a formação de lotes de café mais homogêneos quando comparados ao lote de café sem essa separação (mistura de frutos). A composição química do grão de café depende de fatores genéticos, ambientais e condições de manejo pré e pós-colheita, sendo importante avaliar os diferentes tipos de manejo pós-colheita e sua interferência na qualidade final da bebida. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar os atributos físico-químicos e o perfil sensorial dos diferentes padrões de café obtidos durante a pós-colheita dos frutos. Foram obtidos 13 padrões, sendo: mistura de frutos secados em leira alta, mistura de frutos secados em leira baixa, verde mais maduro, boia natural, passa natural, boinha, verde cana natural, maduro natural, maduro natural fermentando em água, maduro natural fermentado seco, passa descascado, maduro descascado e maduro despolpado, em três repetições ao acaso. Foram avaliados brix, acidez titulável total, pH, teor de cinzas e perfil sensorial. O tratamento Maduro Natural (MN) foi o melhor processamento avaliado, pois proporcionou o maior valor de Brix e o menor valor de acidez titulável. Os tratamentos maduro descascado, maduro despolpado e maduro natural apresentaram melhores valores sensoriais, sendo assim são recomendados para o manejo pós-colheita para obtenção de uma boa qualidade da bebida.
2007
Neste trabalho, objetivou-se avaliar, simultaneamente aos processos de secagem e armazenagem, a contaminação de grãos de café por fungos. Foi utilizado café cereja, da variedade Catuaí, colhido pelo método de derriça manual sobre pano, no período entre maio e julho de 2004. O teor inicial de água dos frutos foi, aproximadamente, 60 % b.u. A massa de frutos de café colhido constituiu de 68 % de frutos maduros, 16 % de frutos verdes e verdoengos e 16 % de frutos secados na planta. Foi utilizado um experimento de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas um esquema fatorial 6 x 2 e nas subparcelas quatro avaliações, com três repetições. Foram utilizadas seis condições de secagem e duas condições de iluminação: com e sem luz. Periodicamente avaliou-se o número de esporos de fungos na superfície dos grãos, em pergaminho, e os percentuais de grão e pergaminho (casca) colonizado por fungos, durante os períodos de armazenamento. Utilizou-se o método de plaqueamento em caixas gerbox, com papel tipo Blotter umedecidos com água salina a 7,5 %, após esterilização da superfície do grão (imersão em solução de hipoclorito de sódio), sob a temperatura de 25 o C, durante sete dias. A identificação de fungos toxigênicos foi realizada com ênfase nas espécies Aspergillus ochraceus e A. carbonarius. Observou-se que, quanto ao percentual de grão e casca colonizado por estes fungos não apresentou contaminação significativa durante o período de avaliação, ou seja, os fungos estudados não persistiram durante o armazenamento. As condições de umidade relativa e temperatura do ar ambiental, além da atividade de água, não permitiram a colonização por estes fungos. A condição sem luz tambem foi um fator inibidor de infestação por fungos durante a armazenagem. Palavras-chave: secagem, armazenagem, contaminação por fungos. INCIDENCE OF FUNGI IN COFFEE (Coffea arabica L.
Coffee …, 2007
No presente trabalho estudou-se a composição química de um café arábica (Coffea arabica L.) e de grãos pretos, verdes e ardidos (PVA), do mesmo lote e origem, submetido a diferentes graus de torração. Foram utilizadas amostras de café provenientes do Cerrado Mineiro. A acidez foi maior nos extratos obtidos de grãos PVA, provavelmente devido à ocorrência de processos fermentativos nos frutos. Além disso, a presença de defeitos reduz a concentração de óleo essencial e aumenta os teores de substâncias indesejáveis para o aroma, como aldeídos de baixa massa molar e sulfetos. No entanto, os substratos dos grãos PVA e café são semelhantes, compondo-se basicamente por carboidratos, proteínas, lipídios, cinzas, fenóis, ácidos carboxílicos, trigonelina e cafeína. A torração prolongada (torração escura) reduziu a diferença entre as atividades odoríficas dos odorantes potentes nas duas bebidas analisadas, dificultando a distinção dos seus aromas.