Os Maias da TV Globo e a construção da personagem (original) (raw)
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A construção da personagem feminina na minissérie “Os Maias”
Letras De Hoje Estudos E Debates De Assuntos De Linguistica Literatura E Lingua Portuguesa, 2012
Os conteúdos deste periódico de acesso aberto estão licenciados sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição-UsoNãoComercial-ObrasDerivadasProibidas 3.0 Unported. A construção da personagem feminina na minissérie "Os Maias" The construct of women in "Os Maias"
As Personagens Do Romance Os Maias Na Minissérie Da Globo
Revista de Estudos Literários, 2016
Ao ser transposto para a televisão, o romance Os Maias, de Eça de Queirós, sofreu alterações que atenderam aos influxos do meio televisivo. Os romances A Relíquia e A Capital trouxeram ingredientes para estabelecer quebras na trágica história vivida pelas personagens na minissérie. Entendemos que os influxos exigidos pelo meio televisivo estão ligados à forma como é elaborada uma narrativa televisiva para sua composição, utilizando uma linguagem e estrutura narrativa dominadas por seus espectadores; inserindo questões relacionadas à imaginação melodramática; modelos de amor; construção de uma sociedade harmoniosa e justa; segredos e mentiras que tecem seu enredo; espaço e tempo que sustenta a narrativa. Isso diz respeito a formas de seduzir a audiência e comunicar claramente as informações selecionadas, de forma interessante e esclarecedora, já que o espectador típico tem uma série de distrações externas e internas, que são entraves ao processo de comunicação. Se o roteiro tem um co...
Os Maias: ode e antiode das personagens femininas
RESUMO Analisamos em Os Maias (1888), de Eça de Queirós, a dupla caracterização de algumas personagens femininas - Maria Monforte, Maria Eduarda e Madame Gouvarinho - ora enaltecedora, num tom laudatório de uma ode, ora depreciativa, de modo a configurar o que denominamos aqui de antiode. A tríade Clero-Estado-Burguesia consiste, resumidamente, no objeto de análise crítica da estética realista, que, em Eça e, sobretudo, em Os Maias, adquire magnitude de uma panorâmica social bem construída, principalmente, em relação à Burguesia, classe dominante e berço das personagens aqui analisadas. Este último elemento da tríade insere-se na nossa abordagem, uma vez que se lhe destinam críticas vigorosas mediante tais figuras femininas, representativas de um estereótipo.
OS MAIAS DA TV GLOBO E A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM: AFONSO DA MAIA E MARIA EDUARDA
Matraga, 2008
Na adaptação de uma obra literária ao cinema ou à televisão, há sempre algo que permanece imutável, transformando os limites de um desvio aceitável ou de uma subversão total em experiên- cia dupla aos olhos de leitores e espectadores. No caso d’Os Maias, de Eça de Queirós, e sua adaptação por Maria Adelaide Amaral, o equilíbrio entre o respeito pelo romance e o ambiente televisivo leva à questão complexa do que é adaptar: passagem e fronteira, dívida e criação. O objectivo deste trabalho é explorar o encontro entre os princípios da adaptação e a construção da personagem. Ora, Afonso da Maia e Maria Eduarda encontram-se em posição privilegiada para dar conta do que pode ser considerado o ofício perfectivo mas nunca perfeito da adaptação.
Este trabalho foi feito no âmbito da disciplina de "Dinâmica das Civilizações" , disciplina essa leccionada pela prof. Teresa Silva e dada a alunos do 1ºano do curso de Ciência Política.
Nomeação e Espacialização como agentes do trágico em “Os Maias”
2020
Antes que as primeiras consideracoes desse estudo se iniciassem, aconselhar-nos-ia Steiner (2006 [1961]) que a tragedia esta morta, bem como nos lembraria Saussure (2006 [1916]) de que o referente nao se insere na logica arbitraria da lingua; mas, como comprova Bacon (2005 [1869]), e mais facil desconfirmar hipoteses que tentar demonstrar que algo sempre acontecera. Com base nessa logica dicto simplicitere, esse estudo busca corroborar a ocasiao de uma tragedia em meio a producao literaria realista e a relevância de aspectos menos arbitrarios da lingua – os nomes proprios – para essa comprovacao. Atuando de forma interdisciplinar, como permite a onomastica literaria, esse trabalho situa a obra portuguesa “Os Maias” como uma tragedia hibrida luso-burguesa, bem como teoriza as funcoes dos antroponimos (GUERIOS, 1973) e do espaco, enquanto agentes tragico-determinantes da obra mencionada; funcao possibilitadora da perspectivizacao do tragico em um contexto ficcional burgues.
Personagens e construção de mundos na telenovela brasileira
A CONSTRUÇÃO DE MUNDOS NA FICÇÃO TELEVISIVA BRASILEIRA, 2019
Em nossas leituras teóricas e metodológicas sobre o desenvolvimento de mundos imaginários (WOLF, 2018), ou nos termos de Ryan e Thon (2014), de mundos narrativos que atravessam diversas mídias, deparamo-nos com uma lacuna: poucos textos tratam do personagem na problemática da construção de mundos. A criação de mundos-assim como as comunidades imaginadas através dos meios de comunicação é assunto que há tempos chama a atenção de pesquisadores da comunicação e da cultura.Nosso objetivo foi estudar a complexidade dos mundos construídos a partir das personagens das telenovelas, utilizando as que mais chamaram a atenção do público e sua relação de afeto através de uma memória midiática (NEIGER et al., 2011). A longa extensão da narrativa possibilita que a telenovela seja confundida com a vida, o que estreita o vínculo
O que não cabe nas palavras: peripécia e reconhecimento em Os Maias
A recepção dos clássicos em Portugal e no Brasil
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Do Livro À TV: Personagens Femininas Em Os Maias De Eça De Queirós
2005
Esta pesquisa tem como escopo analisar o processo de passagem de um romance da literatura portuguesa ao meio televisivo brasileiro, no formato de minisserie. Com este fim, selecionamos Os Maias, escrito por Eca de Queiros em 1888 e sua adaptacao para a televisao em 2001 pela TV Globo. A fim de discutir as relacoes entre literatura e televisao, o estudo enfoca a analise quantitativa da mencao aos temas erotismo, maternidade e submissao feminina aos homens em relacao as personagens femininas da trama, por meio de uma analise comparativa das duas obras, como forma de revelar diferentes motivacoes do escritor no seculo XIX e dos adaptadores no seculo XXI. O subsidio teorico apoia-se nos estudos franceses sobre historia social da leitura, ligados a Ecole Pratique des Hautes Etudes de Paris e a tecnica empregada foi a analise de conteudo.(AU)