Estratégias de internacionalização - Contextos, formas de atuação, organização e performance das empresas vitivinícolas portuguesas (original) (raw)

Estratégias de internacionalização – Estudo de caso para empresas portuguesas

e3, 2018

A temática da internacionalização mantém-se amplamente debatida sendo considerada uma estratégia chave para a competitividade das empresas e das economias. No contexto português, em que se verifica uma evolução favorável e sustentada das exportações, há vários anos, a internacionalização e diversificação de mercados assume um papel fundamental para a sustentabilidade das empresas. Usando a metodologia qualitativa, pretendemos analisar o processo de internacionalização de três PME portuguesas no sentido de perceber a sua abordagem aos mercados internacionais. Os resultados apontam algumas evidências sobre a utilidade da literatura revista. O modelo Uppsala parece ser útil para compreender parte do Processo de Internacionalização (PI) das PME. Não obstante, há empresas que iniciam a expansão internacional muito rapidamente, para mercados muito dispersos, divergindo com alguns princípios do modelo Uppsala. Para as empresas em análise, a exportação constit...

A internacionalização das Vinícolas Carrau

Revista Brasileira de Casos de Ensino em Administração, 2015

Resumo O caso descreve a internacionalização das Vinícolas Carrau, uma empresa tradicional familiar uruguaia. Mostra o esforço despendido pela empresa para estudar o mercado brasileiro de vinhos como forma de alocar os seus produtos, e discute as potencialidades e limitações do negócio em seu processo de internacionalização.

Análise Económica e Financeira: O Caso das Empresas Vitivinícolas Portuguesas

2012

Trabalho apresentado no XV Encuentro AECA, 20-21 de setembro 2012, Ofir, PortugalO objetivo do presente trabalho é caracterizar a estrutura económico-financeira quer das empresas vitivinícolas portuguesas, quer das regiões vitivinícolas. Com o intuito de contextualizar o objeto de estudo procedeu-se ao enquadramento do setor na economia portuguesa, em termos de área cultivada, volume de emprego e valor de exportação. A caracterização do produto e do setor foi testada pela análise das forças microenvolventes do mercado, ou seja, pela análise da estrutura do mercado vitivinícola, de forma a avaliar os níveis de concorrência e de inovação. Selecionou-se uma amostra de empresas vitivinícolas, a qual foi desdobrada por região vitivinícola e recolheu-se informação financeira dos exercícios de 2006 a 2008, para determinar o valor de quatro grupos de indicadores: Rendibilidade, Liquidez, Alavanca Financeira e Funcionamento. Constatou-se que o setor sofre uma forte rivalidade ao nível intern...

A internacionalização dos vinhos portugueses: o caso do Grupo Parras

2018

Portugal apresenta um excedente comercial no que diz respeito ao vinho, sendo a internacionalização bastante relevante na estratégia das empresas do setor vitivinícola. Com base numa abordagem mista, analisou-se o processo de internacionalização e de marketing mix internacional do Grupo Parras, onde se encontrou a exportação direta como modo predominante de entrada nos diferentes mercados internacionais. Foi possível, agrupar as motivações para a internacionalização em pró-ativas e reativas, e identificar a experiência internacional e a flexibilidade como competências fundamentais à internacionalização. O Grupo Parras não considera relevantes as barreiras à internacionalização, e adota uma estratégia de marketing mix internacional idêntica para os diversos mercados, baseada nos custos e na concorrência. Recorreu-se a um modelo de regressão linear múltipla para estabelecer relação entre a internacionalização e a performance do Grupo Parras, tendo-se concluído não existir relação line...

A desafiante matriz vitícola portuguesa

A melhor forma de começar a entender a Bairrada é subir ao Bussaco e assomar ao miradouro da Cruz Alta, de onde se desfruta, em dias límpidos, uma panorâmica de toda a região. Percebe-se que é quase plana e, por conseguinte, de clima bastante homogéneo. Se a seguir olharmos para uma carta geológica da região, percebemos que a uma grande homoge-neidade climática se contrapõe uma extrema heterogeneidade ecológica, baseada em rochas sedimentares e muitos tipos de solos, que tornam esta região vitícola desafiante para os viticultores e fascinante para os enófilos.

A influência da instituição na internacionalização das vinícolas no Brasil

Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, 2012

O aumento da competição internacional no mercado de vinhos do Brasil levou as vinícolas brasileiras a questionar sua estratégia e a buscar o mercado externo como alternativa para manter sua competitividade. Este artigo visou a compreender a influência das instituições no processo de internacionalização das vinícolas da Serra Gaúcha. Para tanto, realizou-se um estudo de caso com aplicação de entrevistas semiestruturadas junto aos representantes do Projeto Wines of Brasil e quatro vinícolas associadas ao projeto, além de pesquisa documental. O Projeto Setorial Integrado Wines of Brasil surgiu de uma iniciativa do Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN) e da Agência de Promoção à Exportação (APEX) na busca da promoção do vinho brasileiro no exterior. Toda a estrutura institucional desenvolvida propiciou o fomento da internacionalização das vinícolas da região, implicando um maior reconhecimento dos vinhos nacionais, não só no exterior, mas também no Brasil, por meio do aumento do volume de exportações e do número de exportadores envolvidos no negócio. Ao analisar as teorias de internacionalização baseadas nas abordagens comportamental e econômica-racional, percebeu-se que nenhuma era capaz de explicar completamente a ação desenvolvida pelas vinícolas com vistas ao mercado externo, necessitando ampliar o escopo de análise. Todavia, constatou-se a relevância do ambiente institucional em nível nacional para alavancar o processo de internacionalização das vinícolas que aderiram ao projeto, mesmo que estejam presentes limitações nos domínios normativo e regulatório em que os agentes estão inseridos. Palavras-chave: Internacionalização de empresas. Wines of Brasil. Visão baseada nas instituições. 1 INTRODUÇÃO A literatura sobre o processo de internacionalização das empresas oriundas de países emergentes ainda está em construção, uma vez que o referencial teórico existente está baseado em países industrialmente avançados. Assim, as empresas hoje encaram condições bastante A INFLUÊNCIA DA INSTITUIÇÃO NA INTERNACIONALIZAÇÃO DAS VINÍCOLAS NO BRASIL Cyntia Vilasboas Calixto -Jefferson Marlon Monticelli -Ivan Lapuente Garrido -Silvio Luis de Vasconcellos 5 R. eletr. estrat. neg., Florianópolis, v.5, n.2, p. 3-27, mai./ago. 2012 distintas daquelas enfrentadas pelas empresas que primeiro se internacionalizaram. Ainda, os governos passaram a agir diretamente no processo de internacionalização, por meio de mecanismos institucionais, buscando desenvolvimento nacional. (FLEURY; FLEURY, 2007). As empresas das grandes economias emergentes buscam, no processo de internacionalização, uma forma de se proteger das turbulências enfrentadas no mercado doméstico. De acordo com Fleury e Fleury (2007), a internacionalização tardia das empresas brasileiras é resultado de sua dimensão geográfica, que resulta num mercado interno grande, da falta de incentivos do governo, da proteção do mercado doméstico até a década de 1990 e da distância cultural em relação a outros vizinhos. Essas hipóteses são oriundas tanto da literatura econômica (DUNNING, 1988), quanto da comportamental (JOHANSON; VAHLNE, 1977, 1990). Contudo, percebe-se que, na última década, o governo tem direcionado grandes esforços para estimular as empresas brasileiras a atuarem no mercado externo, alterando a dinâmica dos negócios. Ainda assim, o mercado interno altamente aquecido ainda desestimula algumas empresas na diversificação de mercados, uma vez que o custo e o risco são maiores ao operar em ambientes desconhecidos (ROCHA; SILVA; CARNEIRO, 2007).

A influência das instituições formais na internacionalização de empresas : um estudo de caso nas vinícolas da Serra Gaúcha

2013

A internacionalizacao das empresas tem propiciado oportunidades de negocios e desafios diante de um contexto global. Nesse cenario, as instituicoes sao relevantes para formular um arranjo institucional fragil ou robusto, ainda mais nos mercados emergentes, fornecendo fontes de competitividade as firmas inseridas nesse campo organizacional. Essas premissas sao encontradas na industria vinicola da Serra Gaucha, caracterizada pela importância das instituicoes formais em promover a internacionalizacao do vinho brasileiro. Logo, esta pesquisa tem como objetivo analisar como as instituicoes formais influenciam no processo de internacionalizacao das vinicolas da Serra Gaucha. A pesquisa foi desenvolvida por meio de estudo de caso com entrevistas semiestruturadas, junto a vinte e uma instituicoes, utilizando-se de analise de conteudo para analise dos dados. Entre as diversas instituicoes citadas como atuantes na internacionalizacao na industria vinicola, destacam-se o Instituto Brasileiro d...

A influência dos recursos na internacionalização de empresas inseridas em clusters: uma pesquisa no setor vitivinícola no Brasil e na França

2010

O meu caminho neste doutorado foi, por vezes, árduo e solitário. Contudo, seria impossível tê-lo trilhado sem o apoio de diversas pessoas e o suporte de algumas instituições que viabilizaram a realização deste curso e desta pesquisa. Ao final do percurso, gostaria de agradecer e de compartilhar esta realização com aqueles que são também parte dela. Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pelos recursos financeiros por meio das bolsas de estudos no Brasil e na França, que viabilizaram a realização desta pesquisa e deste curso com a devida dedicação. Ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, especialmente aos meus professores por seus ensinamentos, aos funcionários da secretaria pelo apoio administrativo e burocrático durante as diversas etapas do curso e, a equipe da biblioteca pela presteza na localização de alguns artigos quase inacessíveis em nossas bases de dados. Ao meu orientador, Jaime Evaldo Fensterseifer, que me estimulou a seguir meus próprios passos na construção desta tese, mas também acompanhou atentamente todos os estágios de seu desenvolvimento. Pacientemente, ele escutou meus desabafos ansiosos e seus sábios conselhos foram valiosos, não apenas na elaboração deste trabalho, mas certamente eles me acompanharão ao longo da vida. À Euromed Management pelo acolhimento durante meu estágio no exterior, em especial ao Prof. Frédéric Prévot, uma pessoa admirável e um excelente pesquisador, por me estimular a dar um passo a mais na construção desta tese. Ao Instituto Brasileiro do Vinho e ao Programa Wines of Brasil pelas informações sobre o setor vitivinícola brasileiro e pelo apoio na coleta dos dados junto às vinícolas. Agradeço a Carlos Paviani, diretor geral do IBRAVIN, à Kelly Bruch, consultora jurídica, à Andréia Milan, gerente do Programa e a Júlio Gobatto, assessor do Programa, pela disponbilidade e apoio a esta pesquisa. Ao Conseil Interprofessional des Vins de Provence e aos seus representantes, François Milan, diretor da entidade e Michel Courderc, gerente de estudos econômicos, pelo apoio na realização da pesquisa no cluster da Provence. Aos especialistas do Institut National de La Recherche Agronomique (INRA) e do MOISA/Supagro, em especial Alfredo Coelho, Gérard Deplobins, Jean-Louis Rastoin e Jean-Pierre Courderc, pela disponibilidade, informações e contatos fornecidos. This thesis aims to analyse the effects of existing resources related to wine clusters towards the internationalisation process in the wine industry. This work is based on the assumption that 'belonging to clusters' facilitates access to resources that influence the internationalisation process. Notably, there is a growing concern over the importance of the region where the companies are based in order to increase the product's value and achieve competitive potential. It is also worth noting that the 'region of origin' may indicate the level of wine quality and thus determine the consumers' choice. As such, this shows the need to analyse the resources associated with the region and their effects towards the internatiolisation process within the wine industry. This investigation was conducted in Brazil and France from July 2009 to June 2010. The first part of this research is qualitative and addressed generally the international wine industry, and particularly the Brazilian and French contexts. This qualitative study include a multiple case study that involved six wineries with international operation: (i) three companies based in 'Serra Gaúcha,' Brazil; and (ii) three companies based in 'Provence,' France. The second part of this research is survey conducted in France and Brazil.. In France, this survey included 130 wineries located in different geographical clusters (50 in 'Languedoc,' 21 in 'Provence,' 33 in 'Vallée du Rhône' and 26 amongst other French clusters). In Brazil, the investigation included 18 wineries. The qualitative study showed that the resources shared within the geographical cluster may influence the internationalisation process of wineries. Notably, the resource 'horizontal cooperation relationships' predominated in the Brazilian cases, whereas the resource 'geographical region reputation' predominated in the French context. In addition to this, the governance of cluster proved to be an important element for the strategy of the internationalisation process. The Brazilian survey includes an statistical analysis, whereas the French survey includes not only an statistical analysis but also hypothesis testing. The analysis showed that companies located in different clusters presented different export performance. In addition, clusters´ resources (eg 'terroir' and 'institutions') are perceived differently in different clusters. Further, companies with superior export performance perceived the 'singular resources' associated with the commercial factor as more important than companies with inferior export performance. None the less, the hypothesis that companies, with inferior export performance perceive the resources of the cluster as more important than 'singular resources' was not confirmed. The results indicated that national resources (eg 'reputation') may lead to competitive advantage within the internationalisation process. Further research may explore the impact of these resources towards the performance and internationalisation process of wineries.