APROPRIAÇÕES DE UMA PROPOSTA OFICIAL DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE ALFABETIZADORES NO BRASIL: (original) (raw)
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FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES: políticas, processos e práticas
Revista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar, 2021
Este artigo refere-se à pesquisa em andamento que trata da formação de professores alfabetizadores, tendo como objetivo compreender e analisar a perspectiva de um grupo de formadoras de uma rede municipal de ensino da Grande São Paulo e os desafios diante das mudanças propostas por diferentes programas governamentais. As análises fundamentam-se em autores que tratam do tema, compreendendo a alfabetização como práxis pedagógica, inserindo docentes e estudantes no contexto de uma educação integral, estimulando a reflexão e a autonomia do pensamento. Concluise que, apesar de reconhecer os diversos elementos que entram em cena nos processos de alfabetização, a descontinuidade dos programas de formação, bem como o caráter ideológico e ultraconservador da atual Política Nacional de Alfabetização, interferem diretamente na formação e na profissionalização docente, comprometendo o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita. PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização. Formação de professores. Políticas de alfabetização.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES: O que dizem as pesquisas?
Artigo, 2015
Trata-se de pesquisa que teve por objetivo rastrear teses e dissertações realizadas entre 2001 e 2011, que discutem a formação de professores alfabetizadores. Problematiza o que as investigações realizadas no estado de São Paulo têm priorizado em relação às políticas públicas educacionais de formação continuada de professores alfabetizadores e de que forma tais pesquisas vêm discutindo as influências das políticas de formação continuada de professores alfabetizadores nas práticas pedagógicas de sala de aula. A técnica de análise e interpretação dos dados foi inspirada na análise de conteúdo. Os resultados apontam para a importância de se ouvir os sujeitos envolvidos e que as mudanças nas práticas pedagógicas dependem de reflexões profundas, alimentadas pela formação continuada.
CAEduca - Inovações em Ensino e Aprendizado, 2020
A escola apontada como a responsável por formar e educar o cidadão, é capaz de oportunizar à criança o desenvolvimento de seu potencial em inúmeras habilidades, tais como o aprendizado da leitura e escrita. Na presente sociedade, frequentar uma instituição apta em proporcionar um ambiente compatível com a diversidade, socializar-se com pessoas de culturas e vivências diferentes, torna-se dever da escola possibilitar o ensino ao respeito e cooperatividade entre os seus estudantes, para que se tornem cidadãos adultos capazes de respeitar e aceitar as pessoas pelas suas diferenças.
ALFABETIZAÇÃO E ENSINO DE PORTUGUÊS: UM DESAFIO E ALGUMAS PERSPECTIVAS CURRICULARES
Educadores que, como eu, estão trabalhando faz um bom tempo com o ensino de língua materna percebem certamente o quanto importantes dimensões do currículo da área mudaram nas últimas duas décadas. Um rápido exame de livros didáticos de alfabetização e de Português permite essa constatação. No início da década de 1990, por exemplo, não havia ainda os chamados " livros de alfabetização " , tal como hoje. Existiam, predominantemente, cartilhas que concretizavam as etapas e processos de um método, fosse ele alfabético, fônico, ou, mais frequentemente, global ou silábico. Quando apresentavam textos, estes se restringiam, na maior parte das vezes, a um conjunto de frases sem muito sentido (ou com sentidos surpreendentes) e com pouca articulação entre si, destinado à exploração das relações entre letras e sons (como em " o bebê baba " ou " a girafa está na geladeira "). Não havia atenção ao desenvolvimento da oralidade, essa dimensão tão importante do aprendizado linguístico das crianças que ingressam no ensino fundamental. Tampouco apresentavam propostas para o desenvolvimento da compreensão leitora e da capacidade de produzir textos, pois se pressupunha, então, que os usos da escrita só poderiam ser estimulados e explorados depois da alfabetização. Por isso, propostas com essas finalidades apareciam apenas nos livros destinados aos anos posteriores à alfabetização. Nos livros de Português para esses anos, principalmente naqueles destinados às séries finais da educação fundamental, as atividades de leitura se faziam quase sempre em torno de um único gênero – a crônica – e tendiam a explorar um número muito reduzido de habilidades, como a retirada de informações e a compreensão de trechos isolados. A redação se fazia a partir de um tema indicado, sem que se dessem diretrizes sobre as condições de produção dos textos e sem que se realizasse um processo de alimentação temática e de discussão da forma da composição (que, quando ocorria, envolvia apenas aspectos relacionados a tipos de textos, como o descritivo, o narrativo, o dissertativo e o argumentativo). O ensino sistemático de conteúdos gramaticais reinava soberano, e seu aprendizado constituía o objetivo privilegiado da disciplina. Nada mais diferente dos livros contemporâneos: em conformidade com as atuais propostas e documentos curriculares, eles assumem que o objetivo do ensino de língua materna é levar os alunos a dominar distintos usos da língua, nas modalidades oral e escrita. Tendem ainda a apresentar uma diversificada seleção de textos, que busca representar a própria diversidade de textos que circulam socialmente, de modo a familiarizar os alunos com distintas esferas discursivas, assim como com diferentes gêneros e suportes de texto. Tendo em vista a esfera, tendem, por exemplo, a estar presentes textos jornalísticos, literários, escolares, científicos e publicitários, entre outros. No que diz respeito ao gênero, há notícias, contos, entrevistas, verbetes de dicionários ou de enciclopédias, gráficos, anúncios. Em relação aos suportes, aparecem textos publicados na internet, em livros, em revistas, jornais, cartazes. A oralidade está presente em propostas de redação e
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES E O PROGRAMA LER E ESCREVER
Artigo, 2015
Este artigo apresenta resultados de pesquisa que investigou a forma como os gestores e as professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola estadual em Campinas (SP) têm compreendido e se apropriado do material didático que compõe o Programa Ler e Escrever, elaborado e distribuído pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. A pesquisa contou com entrevistas com as professoras e com a equipe gestora a respeito do Programa e as atividades previstas em seu material; observações em sala de aula e encontros periódicos durante dois semestres letivos com as professoras da escola em uma perspectiva de formação em serviço. Os resultados apontaram: (i) para a importância de se promover maior aproximação entre as práticas pedagógicas e os conhecimentos produzidos, visando o fortalecimento da ação docente; (ii) que a experiência acumulada do professor pode ser um caminho para tê-lo como protagonista e não como repetidor de estratégias e técnicas pensadas por outros; (iii) que o fortalecimento da escola como um espaço de produção de conhecimentos para alunos e professores pode se constituir em possibilidade para a concretização de mudanças necessárias nas práticas pedagógicas. No que se refere aos Programas de Formação de Professores, ao pretenderem atingir toda uma rede de ensino, acabam secundarizando as desigualdades sociais e educativas
CONSIDERAÇÕES PARA A FORMALIZAÇÃO DE ALGUNS ADVÉRBIOS FOCALIZADORES
No presente trabalho, parto da caracterização, constante em Ilari et alii (1993) e Ilari (1996), dos advérbios focalizadores, na direção de uma proposta de formalização, dentro de uma semântica formal, de modelos teóricos, de alguns desses advérbios – com especial referência a mesmo. Serão revisadas as seis categorias de verificação propostas por Ilari para identificar operações específicas expressas pelas construções onde figuram os focalizadores, com a identificação de uma nova operação – a da verificação por instâncias limites. A inclusão da categoria de verificação por proporção será questionada, baseada em sua semelhança com a expressão da intensificação. A identificação de alguns procedimentos recursivos para a identificação de elementos co(n)textuais será proposta, com o fim de possibilitar a inclusão de mecanismos formais, nos modelos de interpretação, para a recuperação desses elementos.