A Metafísica Do Amor (original) (raw)
A metafísica do amor, em Artur Schopenhauer, pode ser identificada por meio da "vontade", definida como impulso presente em todos os seres da natureza; e no homem, ímpeto cego, instintivo e irresistível. É da vontade de amar, que surge o desejo metafísico da vontade em si, ao qual, o homem levado pelo espírito da espécie, e não pelas inclinações individuais, é impulsionado ao desejo e a paixão incontida, reafirmando no ciclo da vida, o querer-viver, e a indestrutibilidade da espécie humana. Palavras-chaves: Schopenhauer-Vontade de amar-Querer-viver. A Natureza e o Papel do Amor A filosofia de Schopenhauer, como se sabe, é envolvida por uma curiosa manifestação ao amor, no sentido de força ativa e poderosa. E por isso, Schopenhauer, conduziu a sua filosofia para uma metafísica, a qual teve seu princípio na idéia de mundo como vontade e como representação, e, por essa via, chega num sistema filosófico que atribui à vontade a dignidade ontológica como centro e cerne metafísico da realidade. Aqui a vontade é considerada como querer universal, substância íntima e núcleo de todo ente particular, bem como do todo. O conceito de vontade é dotado de uma novidade absolutamente inovadora, rompendo-se o liame e invertendo-se os pólos de valoração tradicional entre vontade e racionalidade. Razão e intelecto são pensados por ele como instrumentos a serviço da vontade,