A reforma protestante e a igreja hoje (original) (raw)
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A graça de Deus e a reforma na Igreja
Teocomunicação, 2015
Interpelações à Igreja Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada.
Protestantismo e modernidade no Brasil
2000
Esta tese tem por tema as relações entre protestantismo e modernidade no Brasil. O objetivo primordial é a compreensão das transformações nas relações entre o protestantismo e a modernidade no Brasil. Para alcançar o objetivo, utilizamos, no exame do tema, a sociologia compreensiva de matriz weberiana. A investigação sociológica, que reservou lugar de destaque para o protestantismo na emergência da modernidade ocidental, passou, de um lado, a interessar-se pela compreensão e explicação do declínio da religião protestante na sociedade moderna e, de outro, se as religiões pentecostais na América Latina mantinham ainda afinidades com o protestantismo e com a modernidade. O protestantismo valeu-se, para sua inserção no Brasil, a partir de meados do século XIX, de sua afinidade com a modernidade representada pelos Estados Unidos. Todavia, o significado da modernidade para o protestantismo foi sendo alterado ao longo do século XX. A primeira transformação nas relações entre protestantismo e modernidade no Brasil ocorreu quando a identificação com a herança moderna norte-americana passou do questionamento, nas primeiras décadas do século XX, à rejeição completa, na década de sessenta, por setores enraizados no liberalismo teológico. A segunda transformação nas relações do protestantismo com a modernidade no Brasil é encontrada na introdução da reflexividade no campo do conhecimento teológico. No esforço de apresentar-se como religião moderna, o protestantismo de inspiração liberal utilizou a reflexividade para reinterpretar a Bíblia à luz da cultura e da razão e para redefinir suas relações com o catolicismo romano. De tempos em tempos, ao longo do século XX, assistiram-se polarizações no interior do campo protestante brasileiro em torno de esforços de acomodação e de rejeição dos pressupostos cognitivos da modernidade, representados pela reflexividade. A sociologia do protestantismo brasileiro privilegiou a análise dos grupos protestantes, reunidos em torno da rejeição da reflexividade, usualmente denominados como fundamentalistas. Demonstramos que a atitude de acomodação aos pressupostos cognitivos da modernidade tem tido presença constante no protestantismo brasileiro, e a sua condição minoritária no campo religioso protestante não se explica apenas por meio da repressão sofrida por parte dos setores conservadores, mas levando-se em conta também a própria natureza das crenças liberais. A repressão conservadora oferece aos setores liberais a oportunidade para realização de rituais de ruptura, que, no caso do protestantismo, consistem basicamente nalguma transgressão no campo das idéias e das palavras. A particularidade do protestantismo reside na construção de sua identidade em relação íntima com a modernidade, seja de rejeição, seja de acomodação.
Reformas da Igreja em contraposição
Itinerantes. Revista de Historia y Religión, 2015
Neste artigo pretende-se apresentar os principais aspectos de duas reformas da Igreja Católica realizadas sob um Estado Confessional. A primeira é a reforma implantada pelo Marquês de Pombal, no Império Português no século XVIII, e a segunda é a reforma ultramontana, que ocorre no Brasil principalmente durante o reinado de D. Pedro II (1840-1889), conhecido como Segundo Reinado. As duas reformas foram possíveis graças ao regime de padroado e as dificuldades do Estado moderno, português e brasileiro, de se centralizarem e se fortalecerem conservando a união com a Igreja. Uma é regalista e jansenista, a outra é curialista e ultramontana, mas as duas foram favorecidas pelos governos, mesmo que a segunda tenha acabado por entrar em conflito com aqueles que inicialmente lhe concederam as cadeiras episcopais do Império do Brasil.
A congregacão de S. João evangelista (cónegos lóios) e a "reforma em continuidade
2013
La Congregación de los canónigos de San Juan Evangelista (Lóios) fue una congregación religiosa masculina creada circa 1420. Su Carisma tiene su base en la Venecia del final del «trecento», con los Canónigos de Alga, y buscaba una reforma de la Iglesia por dos medios: la reforma del universo clerical y la vivencia de una espiritualidad litúrgica exigente. Los Lóios fueran apuntados como el más fuerte intento de reforma de la Iglesia que Portugal conoció en el siglo XV, y que es parte del vasto proceso de Reforma de la Iglesia que Chaunu nombró «Reforma en continuidad».
O Papa Francisco e a Reforma Luterana
Jornal de Relações Internacionais, 2017
Campeão de popularidade no mundo inteiro desde que foi eleito papa, em 13 de março de 2013, na sequência da abdicação de Bento XVI, em 28 de fevereiro daquele ano, o papa Franciscoo argentino Jorge Mario Bergogliotem vindo a acumular críticas no seio da Igreja Católica, sobretudo por parte dos fiéis conservadores. Entre as temáticas que têm causado atrito entre os católicos e o sucessor de Pedro são de destacar as seguintes: o conteúdo da carta encíclica Laudato Si' -considerado uma "maneira comunista de fazer as coisas: controlando a Humanidade através de… governos apoiados pela Polícia ou pelo poder militar" -, e da exortação apostólica Amoris Laetitia, (A Alegria do Amor, em português)cujo conteúdo, segundo os cardeais Walter Brandmüller, Joachim Meisner, Carlo Caffarra e Raymond Leo Burke [1] , bispos, sacerdotes, além de mais de dezessete mil católicos de todo o mundo, tem aspetos heréticos, fato que, mais recentemente, dezenas de intelectuais católicos (laicos e sacerdotes) [2] corroboraram, denunciando sete erros teológicos graves no oitavo capítulo daquela obra. A par dos "desvios" acabados de indicar, os conservadores, tanto na Cúria como nas comunidades de leigos, têm vindo a criticar, com vigor, a aproximação excessiva do papa aos protestantes, nomeadamente, aos luteranos. Numa entrevista concedida na Colômbia a Antonio Spadaro S.J. e publicada na revista jesuíta La Civiltà Cattolica, em 28 de setembro, o papa afirmou: "Escuto muitos comentáriosrespeitáveis, porque são ditos por filhos de Deus, mas erradossobre a Exortação apostólica pós-sinodal. Para entender Amoris Laetitia é preciso lê-la do princípio ao fim. Começar no primeiro capítulo, continuando para o segundo... e assim por diante... refletindo sempre. E ler o que foi dito no Sínodo, também.
Os Pentecostais, o Espírito Santo e a Reforma
Revista Pistis Praxis, 2017
Os pentecostais estão separados historicamente da Reforma do século XVI, porém, também se sentem herdeiros desta tradição. Contudo, sua visão sobre o Espírito Santo é peculiar. Na esteira dos pilares da Reforma Protestante o pentecostalismo apresentaria um quinto elemento, que chamamos aqui de Solus Spiritus Sanctus. O texto está dividido em três seções. Na primeira reflete sobre a mística e sobre o humanismo pentecostal, que são diferentes da mística e do humanismo da época da Reforma. Na segunda busca-se mapear brevemente a pneumatologia pentecostal para, na terceira seção, analisar a contribuição pentecostal para a Ecclesia reformata et semper reformanda est.
Movimentos eclesiais católicos e modernidade: uma igreja em transformação
Revista De Antropologia, 2013
RESUMO: Os Novos Movimentos Eclesiais na Igreja Católica, que não se confundem com os mais conhecidos Novos Movimentos Religiosos -embora entre eles possa existir alguma superposição -colocam, para o analista da religião, certos desafios teórico-metodológicos. Eles decorrem, em parte, do novo status assumido pela religião na modernidade, mas também das transformações ocorridas nessa mesma Igreja em sua relação com o mundo moderno. Entre o aggiornamento do catolicismo a partir do Concílio Vaticano II e a assunção ao poder do antigo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, a Igreja e o mundo sofreram transformações importantes, cuja compreensão e possível tentativa de explicação demandam novas posturas de natureza teórico-metodológica que, talvez, possam ajudar no entendimento da finalidade e do papel da religião no mundo atual.
eco da reforma protestante na retórica de Jonathan Edwards
TEOLITERARIA - Revista de Literaturas e Teologias
Este trabalho teve como principal objetivo analisar o sermão Heaven, a World of Love, de Jonathan Edwards (1703-1758), sob o eco retórico da Reforma Protestante. Este, foi o último da série Charity and its fruits, pregada em 1738 e publicada apenas postumamente. Trata-se uma exegese de 1 Coríntios 13 sobre a necessidade da manifestação das virtudes cristãs, sendo a caridade ou amor a maior delas, e, portanto, a única que permanecerá no universo celestial de forma aperfeiçoada e suprema, quando todas as demais cessarem. Entrementes, nos foi possível compreender a importância da literatura em sua elocutio. Para isso, tratamos, em primeiro lugar, acerca da retórica, fazendo um apanhado histórico sobre o tema. Em seguida, detivemo-nos ao estudo da retórica dentro do âmbito da Reforma Protestante e como esta veio a ecoar no Puritanismo. Por fim, dedicamo-nos à análise do sermão focando na dispositio, que se refere à ordenação do discurso, e também na elocutio, que são as expressões lingu...
Um Resumo sobre a Reforma Protestante
Artigo resumido sobre o legado e os princípios da Reforma Protestante. (A Reforma Protestante foi um dos maiores acontecimentos na história da Cristandade).