A malformação do bebé. Vivências psicológicas do casal (original) (raw)
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A vivência de mães de bebês com malformação
Escola Anna Nery, 2012
O objetivo do estudo foi conhecer e compreender a vivência de mães diante do diagnóstico e nascimento de bebês com malformação. Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratória, de natureza qualitativa, desenvolvida em Maringá- PR, com sete mães. Os dados foram coletados em abril de 2009, por meio de entrevista semiestruturada, e analisados mediante a análise de conteúdo. Os dados mostraram que os diferentes momentos do ciclo gravídico-puerperal apresentam fatos e emoções distintos, mas completamente interligados, destacando-se momentos como a constatação da malformação, geralmente durante a gravidez, a sua confirmação ao nascimento e a vivência com o bebê após o nascimento. Conclui-se que a descoberta e confirmação da malformação produz crise e negação das expectativas na mãe e em todos os membros da família, desencadeando mudanças em seu modo de viver; porém, aos poucos, a mãe demonstra superação e aprende maneiras para enfrentar o problema e os preconceitos ligados à malformação.
Construção do psiquismo do bebé na relação
2010
A satisfação das necessidades biológicas do lactente vai desempenhar papel fundamental a mamada e o contacto corpo a corpo, criando a complexa ligação com a mãe -objecto da pulsão e objecto securizante .
Malformação no bebê e maternidade: aspectos teóricos e clínicos
Psicologia Clínica, 2010
Este trabalho apresenta uma revisão de estudos teóricos e clínicos acerca da maternidade no contexto de malformação do bebê. Inicialmente se discute o impacto do diagnóstico no psiquismo materno e na relação mãe-bebê e, num segundo momento, as intervenções psicológicas utilizadas nestas situações. Inquestionavelmente, o diagnóstico de malformação no bebê se revela como sendo uma experiência psíquica bastante complexa e difícil para a mãe, implicando em prejuízos psíquicos para ela e, consequentemente, para a relação mãe-bebê. Ademais, percebe-se que a representação mental que a mãe constrói acerca do bebê pode assumir um papel limitador ou potencializador do desenvolvimento psíquico do bebê. Os estudos destacam o quanto a representação psíquica materna merece ser examinada neste contexto de malformação, visando eventuais intervenções clínicas. A psicoterapia breve pais-bebê tem se mostrado uma técnica eficiente para acessar estas representações e redimensioná-las a favor de um crescimento psíquico mais saudável, tanto da mãe como do bebê. Assim, é importante que a malformação não seja tratada somente nos seus aspectos físicos e funcionais, mas também na sua dimensão psíquica.
Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 2009
Introdução: Diante de um bebê com malformação, as representações maternas podem fi car bastante distorcidas. Neste contexto, percebe-se a necessidade de intervenções psicológicas que ajudem os pais a adequar suas representações psíquicas, visando descontaminá-las de projeções e confl itos para facilitar o desenvolvimento físico e psíquico do bebê. Nesse sentido, o presente estudo investigou o impacto da psicoterapia breve mãe-bebê sobre as representações maternas a respeito do desenvolvimento do bebê quando este apresentava uma malformação cardíaca. Método: Relata-se o processo de psicoterapia breve (24 sessões) de uma díade composta por uma mãe de 22 anos e seu bebê de 11 meses. Mostrase, ao longo do tratamento, como foram se dando algumas mudanças no tema vida e crescimento (Stern, 1997). Resultados: Os resultados revelam mudanças, tanto nas representações da mãe sobre o bebê, como na sua postura em relação à busca de informações sobre a malformação e sobre cuidados com o fi lho. Conclusões: Os resultados destacam o benefício da psicoterapia pais-bebê para o contexto de malformação do bebê e, especialmente, para as representações da mãe acerca do desenvolvimento do bebê. Descritores: Malformação, psicoterapia.
Adoção suficientemente boa: experiência de um casal com filhos biológicos
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2012
rESumo -A partir de um estudo de caso, aborda-se a experiência de adoção de uma criança de quatro meses de idade por um casal com três filhos biológicos. Os dados obtidos por entrevistas semiestruturadas mostraram que a parentalidade adotiva foi experienciada em meio a temores/fantasias de perda/roubo da criança adotada. Isso pode ser associado ao modo como foi realizada a adoção, sem os cuidados preconizados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e a nova lei de adoção. O processo de adoção figurou para os adotantes como fonte de intensa carga emocional, permeada por sentimentos ambivalentes que merecem atenção dos profissionais da Psicologia. Os resultados ilustram a necessidade de atenção psicossocial-jurídica a adotantes, adotado e família biológica do adotado.
O ser-com o filho com deficiência mental: alguns desvelamentos
Paidéia (Ribeirão Preto), 2003
A compreensão do cuidar do filho com deficiência mental se faz relevante diante da importância das relações estabelecidas entre pais e filhos para a saúde mental da criança. Nesta investigação foi usado o referencial teórico-metodológico da fenomenologia, que se propõe a desocultar facetas de um fenômeno que se encontram obscuras. Onze casais e duas mães com filhos com deficiência mental foram entrevistados, tendo-se a seguinte questão norteadora: "como vem sendo cuidar de seu filho?". Os relatos foram analisados segundo a busca das convergências e foi possível compreender que, para os pais investigados, há uma dificuldade de conceber o ser-com-deficiência, e o conhecimento experiencial é relevante para encontrar meios de favorecer o seu desenvolvimento; o apego…
Materno-Fetal e Enfrentamento De Gestantes Frente Ao Diagnóstico De Malformação
Revista Arquivos de Ciências da Saúde, 2015
Não há conflito de interesse ARTIGO ORIGINAL Recebido em 2/04/2015 1 Aceito em 30/062015 Apego materno-fetal e enfrentamento de gestantes frente ao diagnóstico de malformação Maternal-fetal attachment and the coping STRATEGIES of pregnant women facing the diagnosis of malformation
Malformação congênita: significado da experiência para os pais
Ciencia Cuidado E Saude, 2008
Os profissionais de saúde devem interagir com a família, buscando fortalecer a tríade mãe-filho-pai no período de internação. Essa realidade levou-nos a uma reflexão sobre os sentimentos que envolvem os pais de bebês nascidos com malformação, levando-nos a buscar compreender o significado de ser pais de uma criança com malformação congênita. O presente estudo, de caráter descritivo-exploratório-qualitativo, foi realizado em uma unidade de internação neonatal de uma maternidade pública, e posteriormente, no domicílio dos entrevistados, em Fortaleza-CE. Participaram da pesquisa sete casais, pais de filhos nascidos com malformação e internados na referida unidade no mês de junho de 2006. Da análise das falas surgiram os temas reações ao ver a criança pela primeira vez; medo; amadurecimento. O nascimento do bebê malformado gera diferentes reações, como sofrimento, choque, dor, tristeza e luto, e configura-se como uma vivência marcante para todos os membros da família. A equipe de saúde deve oferecer momentos de escuta, boa comunicação, empatia e respeito durante o processo de cuidar. Palavras-chave: Enfermagem neonatal. Hospitalização. Relação pais-filho. 1 Estudo desenvolvido por integrantes do projeto "Saúde do Binômio Mãe-Filho" da Universidade Federal do Ceará UFC.
Vivências de casais acerca da participação do parceiro no puerpério
Research, Society and Development
Objective: to know the experience of couples in the puerperal period about the partner's participation. Method: descriptive qualitative research, performed through semi-structured interview and the “Almanac” Creativity and Sensitivity Technique. The data were analyzed according to the operational proposal. The study population consisted of ten couples who were experiencing the immediate, late or remote puerperium. Results: they were organized in a category called “the couple's daily life in the puerperium: changes and active participation of the partner”. Each couple experienced the puerperium according to their uniqueness, adapting their routine and reorganizing it. The partners who were included in the puerperium felt more satisfied when carrying out the care with the baby. Conclusion: The active participation of the partners contributed significantly to the couples experiencing this period with more satisfaction, strengthening the father-mother-child bond.