Uma Leitura Do Maginário Religioso Popular Na Figura Do Demônio Em “Grande Sertão Veredas” (original) (raw)
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Religiosidade, Deus e O Diabo No Grande Sertão: Veredas De Guimarães Rosa
Último Andar
O objetivo deste texto é apresentar uma reflexão sobre religiosidade, Deus e o Diabo presentes em algumas partes do Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Visando refletir os quesitos apresentados, adotamos como método, além da leitura da obra, consultas a diversificadas abordagens, criando possibilidades para compreendê-la um pouco melhor. Grande Sertão: Veredas é um clássico da literatura brasileira que a partir de uma riquíssima combinação de gêneros literários, traz à tona “subconscientes” do Brasil. Uma realidade múltipla, que ao envolver inúmeros fatores, revela-nos um universo bastante expressivo sobre religiosidade, Deus e o Diabo que emanam das ideias do homem do sertão. Este, que diante das intempéries da vida, busca incessantemente explicações para o bem e do mal que vivencia no seu dia a dia.
O Daimonismo Espírita e a Definição Geertziana De Religião No Romance Grande Sertão: Veredas
Revista Caminhos - Revista de Ciências da Religião, 2020
O presente artigo apresenta a relação entre o daimonismo e o espiritismo franco-brasileiro presente no discurso narrativo do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, discutindo aspectos específicos da definição oferecida pelo antropólogo Clifford Geertz para o que seja religião e como suas asserções se projetam no páthos da personagem Riobaldo. A partir dos dados culturais que vinculam a doutrina espírita e a conceituação em torno do daimon grego, o estudo expõe uma exegese para um ponto central da narrativa rosiana, o pacto de Riobaldo com o diabo, com base num recorte da definição geertziana de religião.
Uma leitura alquimica de Grande Sertão Veredas
c ia, em que' a teorlza(âo fol fruto d? uma :coniunctio• al~uimi-ca entre teorpia e texto, entre o prazer teórico d~ ~ecifra~So e a busca prazerosa da leitura, ent~e o leitor e o critico, entre o te}:to e a leitura em sr. \ ,~,-i9uns pr-oblema•;;-associaç~o entre simbolo, esoterismo e 1 i t er<.'\t ura J12:~perpte<.
Crítica do silêncio temático em Grande sertão: veredas -- uma leitura de Diadorim
Revista Mídia e Cotidiano (UFF), 2020
Este artigo tem como objetivo discutir a ausência dos temas de gênero e da abjeção em Grande sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa (1908-1967), por parte da crítica jornalística brasileira, com destaque especial à figura de Diadorim. Essa discussão ratifica a perspectiva de Silviano Santiago (2017) ao afirmar que o Grande sertão foi domesticado pelo pensamento conservador tanto acadêmico quanto jornalístico. Com uma metodologia de pesquisa bibliográfica e de arquivo de jornais, o artigo conclui que o não enfrentamento destas questões produz empobrecimento crítico. Palavras-chave: Jornalismo. Literatura. Diadorim. Gênero. Guimarães Rosa.
Violência e sagrado nas veredas do Grande Sertão
Letras
Este artigo visa demonstrar como Grande Sertão: veredas representa esteticamente a violência cultural brasileira como fundadora e destruidora de nossa identidade, ocorrendo na crise sacrificial do rito de passagem da era divino-heroica para uma civil racional, historicamente, na época da República Velha. Será utilizado um método exegético propedêutico, se valendo de conceitos poéticos e sociológicos, sobretudo da unidade de todos os ritos de René Girard, história cíclica de Giambattista Vico e crise sacrificial de James Frazer. Com isso, a narração sertaneja aponta como o apocalipse jagunço contém o sumo de nossa identidade cultural una e multiforme.
O Eixo e a Roda, 2019
Resumo: O ensaio pretende explanar sobre a travessia de Riobaldo em Grande sertão: veredas, como modelar do herói problemático na concepção proposta por Lukács, em A Teoria do Romance, através do estudo do episódio do (suposto) pacto demoníaco empreendido pelo protagonista da obra de Guimarães Rosa, nas Veredas-Mortas, feito que conduz a trajetória do herói por entre dúvidas e questionamentos, inerentes ao modelo lukacsiano. O estudo da obra rosiana será realizado por meio de análise comparativa com o pacto demoníaco realizado por Fausto, na obra homônima de Goethe, e de trechos de outras obras derivadas do tema do pacto demoníaco, como Dr. Fausto, de Thomas Mann e O mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov. Palavras-Chave: Grande sertão: veredas; Guimarães Rosa; Fausto; herói problemático; herói trágico; Lukács; pacto fáustico; pacto demoníaco. Abstract: The essay intends to explain the crossing of Riobaldo in Grande Sertão: Veredas as a model of the problematic hero in the conception proposed by Lukács in The Theory of the Novel, studying the episode of the (supposed) demonic pact undertaken by the protagonist of Guimarães Rosa's novel, in "Veredas-Mortas", moment that leads
A Dialética Vencida Das Margens Em Grande Sertão: Veredas
Littera on line, 2016
O seguinte artigo tem como objetivo analisar o romance de Guimaraes Rosa, Grande sertao: veredas , atraves de um sertao ontologico. Em um primeiro momento, esse sertao e dividido por dualidades que atingem o ser tanto nas questoes mais pontuais do romance – Os Gerais e a Bahia; os bandos de Joca Ramiro e do Hermogenes –, quanto nas mais complexas – bem e mal; luz e trevas; deus e o diabo. Conforme a narrativa vai se desenvolvendo, essas questoes dialeticas, simbolizadas pelas margens do rio Sao Francisco, sao vencidas, deflagrando um processo chamado Ritmanalise. Esse movimento tem constante relacao com o termo travessia, a chave do romance para a compreensao da obra, e palavra reveladora do sertao ontologico, interior de Riobaldo, o ser-tao.
Metáforas conceituais no Grande Sertão: Veredas
Resumo: No presente trabalho, examino um certo grupo de metáforas de invenção que encontramos em o Grande Sertão: Veredas, obra máxima de Guimarães Rosa. Meu objetivo é evidenciar um padrão metafórico seguido pelo autor no seu esforço de composição do Riobaldo líder, o Urutú-Branco. Valho-me, para tanto, de uma ferramenta de análise forjada por Lakoff e Johnson em Metaphors We Live By, a saber, a apresentação linguística de metáforas conceituais e de seu papel central no asseguramento da coerência de toda uma rede metafórica. Mostro também como trabalhos recentes em neurolinguística capitaneados pelo grupo da NTL (Neural Theory of Language group), os quais têm procurado corroborar e aperfeiçoar as principais teses da obra seminal de Lakoff e Johnson, vêm sendo aplicados aos fins da estilística e da teoria literária e os limites em que esbarram. Abstract: In this paper, I examine a certain group of metaphors of invention that we find in the Grande Sertão:Veredas, magnum opus of Guimarães Rosa. My aim is to shed light on a metaphorical pattern followed by the author in his composition of Riobaldo as a leader, Urutú-Branco. I make use, therefore, of an analytical tool forged by Lakoff and Johnson in Metaphors We Live By, namely the linguistic presentation of conceptual metaphors and its central role in giving coherence to a whole metaphorical network. I also show how recent work in neurolinguistics captained by the NTL group (Neural Theory of Language group), which has sought to corroborate and to refine the main theses of the seminal work of Lakoff and Johnson, has been applied to the purposes of stylistic and literary theory, as well as the limits of these applications.
Em busca do mythos perdido: a travessia em Grande Sertão: veredas
Desde sua publicação em 1957, Grande Sertão: Veredas recebeu a atenção de diversos estudiosos e críticos de literatura. Ensaios, artigos, monografias, dissertações e teses de doutoramento tiveram como objetivo de estudo a obra de Guimarães Rosa através de diferentes abordagens e com hipóteses diferenciadas e, até, contrárias.