O lazer e a ludicidade do brasileiro (original) (raw)
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Resenha do livro O Lazer no Brasil: de Getúlio Vargas à globalização, de Marco Antonio Bettine de Almeida e Gustavo Luis Gutierrez
Estadual de Campinas (UNICAMP) fazem um resgate da questão do lazer no Brasil, relacionando-o com aspectos do poder, no período que vai do governo de Getúlio Vargas à contemporaneidade.
Palavras-chave: lazer; lazer e sociedade; lazer e processo civilizador Na sociedade atual um dos temas mais discutidos é o lazer. Mesmo a discussão sobre qualidade de vida, tão em moda no nosso cotidiano, passa sempre pela vivência de atividades de lazer no "tempo livre" como sendo fundamentais para uma melhora na condição geral de vida das pessoas. O súbito interesse pelo lazer vem tornando o termo de uso comum na sociedade atual. As pessoas, na maioria das vezes influenciadas pelo poder da mídia, vêem o lazer como mais um produto a ser consumido, comprado pelo poder do capital.
Lazer e o direito à cidade: a ludicidade no espaço urbano de Belo Horizonte
2021
Horizonte se mostram como caminhos possíveis para a construção de resistências urbanas "não-convencionais"; bem como abre a possibilidade de novas cotidianidades lúdicas em espaços especialmente simbólicos da cidade. Identificamos, nesses movimentos, a importância do papel dos sujeitos enquanto produtores de resistências aos processos de intensificação do modelo neoliberal nos espaços.
2000
Estes trabalhos empíricos fazem parte das exigências destas disciplinas. Freqüentemente, foi a primeira pesquisa realizada pelos autores. Sobre o autor: Ao desenvolver este trabalho os autores eram alunas da disciplina Psicologia Ambiental, ministrada pela doutoranda Umbelina Rego, sob a orientação do professor Hartmut Günther, durante o segundo semestre de 2000.
O lazer no cotidiano da cidade
Iniciação Científica Cesumar, 2007
Investigou-se o uso recreativo que as pessoas fazem das ruas em seus momentos de lazer. O estudo de campo enfocou quatro ruas em Maringá, Paraná. A metodologia envolveu observação direta e sistemática, com anotações em caderno de campo. Posteriormente, houve registro fotográfico e aplicação de questionários em todas as residências da área delimitada. O estudo identificou uma ocupação intensiva das ruas como espaço não especializado de lazer, o que comprova a sua dimensão lúdica. Fatores como faixa etária, trânsito de veículos, horários e temperatura são determinantes nos usos recreativos. Na constituição histórica da sociedade brasileira, a rua assumiu papel de intermediar o público e o privado. Apesar da diminuição do uso recreativo, a rua permanece ambiente para o lazer de diferentes faixas etárias. Nesse sentido, o estudo sugere que as políticas públicas municipais de Maringá direcionem ações nesse tipo de espaço.
A vivência do lazer em família
2020
A literatura menciona a importância do lazer na vida em família, ressaltando as interações significativas que promove e suas contribuições ao bem-estar da família. Buscou-se compreender a vivência do lazer a partir da perspectiva do grupo familiar, descrevendo as possíveis influências da experiência do lazer na dinâmica das mesmas. Participaram três famílias, que responderam a um questionário sociodemográfico e a uma entrevista do grupo familiar, além de terem produzido registros fotográficos de momentos de lazer. Para análise das entrevistas, incluindo os relatos acerca das fotografias, utilizou-se a Análise de Conteúdo. Verificou-se que as famílias descreveram atividades e concepções de lazer diversas e que todas mencionaram os efeitos positivos que a vivência coletiva do lazer gera às suas dinâmicas, favorecendo a convivência, o diálogo e a alegria. No entanto, as limitações de tempo, dinheiro, de acesso a opções de lazer e de conciliação das demandas de gerações diferentes foram descritos como empecilhos para a vivência familiar do lazer. Conclui-se refletindo acerca das implicações dos achados para políticas públicas de lazer e para uma educação para o lazer. Palavras-chave: Lazer; Família; Dinâmica familiar. THE EXPERIENCE OF FAMILY LEISURE
LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 2021
Atentas à necessidade de olhar o lazer a partir de uma perspectiva outra, assumimos a opção decolonial movidas por nossas experiências de pesquisa. Apresentamos nesse ensaio argumentos conceituais do debate decolonial construídos na América Latina a partir de uma incursão teórica. Nosso olhar parte de estudos, concluídos e em andamento, com mulheres em situação de rua, mulheres negras, povos indígenas e sobre as manifestações culturais do Festejo do Tambor Mineiro e do Boi-Bumbá de Parintins. Essas experiências empíricas nos movem a um pensar outro que confronte as estruturas hegemônicas coloniais. A partir da discussão sobre temporalidade, cultura e educação dentro de uma perspectiva contra-hegemônica, buscamos construir pontes entre o campo de lazer e a decolonialidade. Assim, ressaltamos a necessidade de lançar um olhar a partir das práticas sociais, especificamente nossos contextos de pesquisa, e fazer ressoar vozes e perspectivas de mundo que operam com outras lógicas para nos...
As Mulheres Na Pesquisa O Lazer Do Brasileiro
Revista Brasileira de Estudos do Lazer, 2018
Belo Horizonte, MG, Brasil RESUMO: Este estudo é parte do projeto de pesquisa O Lazer do Brasileiro e procura identificar e analisar de forma ampla como as mulheres brasileiras conceituam lazer, como utilizam seu tempo livre, como anseiam fazê-lo e quais os obstáculos encontrados para tal. As variáveis consideradas foram faixa etária, escolaridade, raça/cor, estado civil e classe social. Realizamos uma análise qualitativa dos dados quantitativos coletados, para tal optamos pela descrição e análise dos resultados, busca de possíveis comparações com outras pesquisas e vinculações teóricas. Os dados nos permitem observar que o grande envolvimento da mulher com o trabalho, em especial o não remunerado, relacionado ao ambiente doméstico e aos cuidados, reduz significativamente o tempo livre para si própria. Além disso, e talvez por consequência, percebemos entre outras coisas, a existência de uma grande disparidade entre o que as mulheres gostariam de vivenciar no seu tempo livre e o que de fato conseguem. Palavras-chave: Atividades de lazer. Direitos da mulher. Tempo.
Ludicidade e atividades ludicas
Primeiro sobre ludicidade. Usualmente os textos disponíveis, que abordam a questão da ludicidade, tratam-na, predominantemente, sob a ótica de seu papel na vida humana: no desenvolvimento humano, nos processos de ensino-aprendizagem, nos processos terapêuticos, na recreação, no divertimento, no lazer; ou, então, abordam repertórios de atividades lúdicas, descrevendo como realizá-las; e existem ainda muitos outros estudos sociológicos ou históricos sobre esse fenômeno. Pouco, porém, se tem tratado da ludicidade e das atividades lúdicas de um ponto de vista interno e integral. É esse o meu objetivo neste texto, na busca de oferecer uma melhor compreensão da definição que venho dando para esse fenômeno em meus escritos. A abordagem que estou utilizando para conceituar o fenômeno da ludicidade foca a experiência lúdica como uma experiência interna do sujeito que a vivencia. É desse ponto de vista que se segue tudo o que exponho abaixo, ou seja, não estou tratando de estudos externos da atividade lúdica, tais como os sociológicos, os etnográficos, os históricos ou os descritivos, que, sem sombra de dúvidas são sumamente importantes. Estou me confrontando com as seguintes perguntas: O que é a atividade lúdica para o sujeito que a vivencia? E, enquanto vivencia, que efeitos essa experiência lhe produz? Importa observar que os conceitos, que aqui vamos tentar configurar, com um pouco mais de precisão, tem sido reiteradamente discutidos e aprofundados nas reuniões semanais do GEPEL -Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Ludicidade, vinculado ao Programa de Pós-graduação da FACED/UFBA. Em textos anteriores, a partir de estudos e experimentos pessoais com atividades lúdicas, além do ensino desses conhecimentos teórico-práticos na Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal da Bahia, tenho procurado defender uma compreensão específica da ludicidade e das atividades lúdicas, que estão a merecer uma melhor configuração, assim como aprofundamentos teóricos e práticos.
Mercantilização do Lazer no Brasil
LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 2018
Este artigo apresenta uma reflexão sobre o desenvolvimento histórico do processo de mercantilização do lazer no Brasil. A mercantilização é apontada aqui como um dos aspectos mais importantes para a emergência histórica do lazer. Além disso, o artigo sustenta que a mercantilização do lazer se deu antes da década de 1960, período que geralmente é apontado como marco cronológico desse processo. Mais que isso, todo o longo processo de desenvolvimento histórico do lazer no Brasil anterior à década de 1960 foi determinante para os rumos e os formatos da mercantilização do lazer no país.