Notas sobre a "lógica do duplo" (original) (raw)

TEORIA DO DUPLO VÍNCULO

Uma das principais descobertas da antipsiquiatria foi perceber que os desequilíbrios emocionais decorrem basicamente de distúrbios na comunicação humana. Existe um defeito na forma de se comunicar e de se relacionar, normalmente utilizado, que leva inicialmente à confusão e, conseqüentemente, à desorganização do pensamento e perda da realidade. Isso muitas vezes acontece desde a infância, quando a criança recebe um tipo de comunicação paradoxal, chamada de duplo vínculo. A descoberta do duplo vínculo ou double bind surgiu em 1956, através de estudos realizados pelo antropólogo Gregory Bateson no departamento de sociologia e antropologia da Universidade de Stanford em Palo Alto (Califórnia). Este estudo originou-se em 1952 quando Bateson juntamente com sua equipe, decidiram estudar os intercâmbios familiares onde se encontrava inserido o esquizofrênico, mais especificamente sobre suas formas de comunicação, gerando assim, estudos mais profundos sobre a patologia da comunicação (neste caso, o duplo vínculo) que era comum nessas famílias. Esse estudo, denominado posteriormente como Toward a theory of Schizophrenia (Por uma teoria da esquizofrenia) escrito em apenas 20 páginas foi assinado por quatro grande nomes: Don D. Jackson, J. Haley, J.H.Weakland e G.Bateson. Ele nos mostra a intensidade das inter-relações, mesclando mensagens complexas (verbais ou comportamentais) nos seus níveis lógicos, evidentes ou mesmo mais abstratos (visível somente a um observador atento) que, querendo ou não, passam a interferir no comportamento humano: esquizofrenizado ou não os indivíduos dentro do seu universo interfamiliar. Isto quer dizer que, dentre as famílias em que existia um esquizofrênico e que foram estudadas, foi descoberto um tipo de comunicação paradoxal, um tipo de comunicação ambígua e que, segundo observações, eram constantes na vida do indivíduo esquizofrênico, passando ele próprio a viver nessa ambigüidade, ele Próprio a viver seu paradoxo. A Comunicação Humana-Um pouco de sua teoria A teoria do duplo vínculo está dentro da abordagem sistêmica da doença mental, isto é, está dentro de uma abordagem que possui uma visão sistemática da origem da esquizofrenia, tendo como base principal a comunicação humana. Perguntando o porquê de se estudar a comunicação humana, cabe deixar claro que a comunicação é uma condição estritamente necessária da vida humana e da ordem social mais ampla. Desde o início de sua existência, um indivíduo se encontra envolvido num complexo processo de aquisição de regras de comunicação, possuindo apenas uma noção mínima daquilo em que consiste esse corpo de regras. Muitas teorias da comunicação se restringem a estudar a comunicação como um fenômeno unilateral, isto é, do elocutor para o ouvinte, esquecendo-se que a comunicação se dá num processo muito mais complexo, num processo de interação. A comunicação é, sem sombra de dúvidas, um dos primeiros fenômenos que promove o relacionamento entre o indivíduo e o mundo. É a primeira condição humana que estará sempre presente nas relações interpessoais do indivíduo enquanto um ser que interage com seu meio social. Apesar de mudarmos um pouco nossa linha de raciocínio apresentada desde o início deste trabalho, é interessante agora darmos uma breve introdução sobre como funciona, como se dá a comunicação em si, partindo para uma breve introdução da teoria da comunicação sobre seu ponto de vista lógico, matemático e sistêmico. Observando a estrutura da comunicação humana, podemos dizer que a mesma se dá basicamente através de três áreas: da sintaxe, da semântica e da pragmática; e que estas três constituem o estudo da semiótica (teoria geral de sinais e linguagens).

O duplo como fenômeno psíquico

Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2013

Neste trabalho, analisamos um fenômeno psíquico com o qual se ocupa a psicopatologia: o fenômeno do duplo (Doppelgänger), enquanto visão angustiante de si próprio como um outro. Na psicanálise, o duplo pode ser estudado através da concepção do estádio do espelho e do modelo óptico, tais como propostos por Lacan. Entre as elaborações literárias desse fenômeno universal, destacam-se "William Wilson", de E. A. Poe, e "O duplo" de F. Dostoiévski, que se situam no fantástico enquanto gênero literário. Em nossa análise do fenômeno do duplo, realizamos uma comparação entre modelos literários e psicanalíticos.

Artigo - O jogo duplo.

Revista CEJ - Conselho da Justiça Federal - Brasília - Brasil., 2011

The author brings up the hypothesis that the Judiciary's political activity is performed on two fronts, which exert influence on each other, merging into a single reality. This idea is demonstrated by means of an image of two chess boards in which simultaneous games are played, both of them having the Judiciary as a player. RESUMO Apresenta a hipótese de que a atuação política do Judiciário se desenvolve em duas frentes, que se influenciam mutuamente e se fundem em uma só realidade. Assere que isso se dá por meio de uma ilustração baseada em dois tabuleiros de xadrez em que se desenvolvem partidas si-multâneas, sendo o Judiciário participante em ambas.

Notas sobre o “múltiplo” na primeira Crítica

DoisPontos, 2005

Examina-se aqui uma solução de tipo “idealista” para o problema da possibilidade do múltiplo, a qual, assim parece, levaria à exigência da admissão de um espaço e um tempo inatos. Eliminando-se qualquer pretensa concessão inatista por parte de Kant, porém, observa-se que o resultado alcançado, neste caso, favorece a originalidade do idealismo transcendental. Consideration on “multiple” in the first Critique It is examined here a solution, of an idealist kind, to the problem concerning the possibility of the manifold, which, it seems, would lead to the requirement of the admission of an inate space and time. However, by excluding any pretense inatist concession from Kant’s perspective, it is observed that the achieved result, in this case, supply the originality of transcendental idealism.

O Duplo Etérico

O duplo , 200

Capítulo IV O centro esplênico Capítulo V O centro da base da espinha dorsal Capítulo VI O centro umbilical Capítulo VII O centro cardíaco Capítulo VIII O centro laríngeo Capítulo IX O centro situado entre os supercílios Capítulo X O centro situado no alto da cabeça Capítulo XI Excreções Capítulo XII Sinopse dos resultados Capítulo XIII Kundalini Capítulo XIV A tela atômica Capítulo XV O nascimento Capítulo XVI A morte Capítulo XVII As curas Capítulo XVIII O mesmerismo Capítulo XIX Conchas e escudos protetores Capítulo XX A mediunidade Capítulo XXI A obra do Dr.

Desvendando o mistério do duplo cone

Revista Brasileira de Ensino de Física, 2003

Este artigo aborda a importância pedagógica de desvelar-se o mistério contido na aparente subida de um duplo cone. Apresentando, inicialmente, alguns detalhes históricos da criação deste instrumento, passamos à análise da própria origem física da referida ilusão de subida. Exibimos algumas figuras esclarecedoras da situação em foco e discutimos o relacionamento entre o deslocamento dos pontos de contato do instrumento com a rampa e o deslocamento do seu centro de massa. Em seguida procedemos a um equacionamento dos três ângulos principais envolvidos no problema. O texto conclui apontando para o fato de que mesmo um tal equacionamento não dá conta de toda a complexidade do mistério envolvido na subida do duplo cone. Para além das questões analisadas restam ainda outras ainda mais complexas a serem consideradas que apontam para problemas de estabilidade e de utilidade do instrumento.

Duplo estado e duplicação da lei: Resumo

Századvég Publishing House, 2021

A conclusão da minha investigação pode ser resumida da seguinte forma. O poder estatal, que existe desde a antiguidade, tornou-se um estado constitucional no início do século XIX nos Estados Unidos, mas o modelo deste estado constitucional, que mais tarde se generalizou, tinha mudado gradualmente a partir da segunda metade do século XX, e esta mudança levou a um modelo de estado que pode ser descrito como um duplo Estado. Este modelo teve origem nos Estados Unidos quando o julgamento constitucional do Supremo Tribunal Federal foi reconstruído na década de 1950 como um segundo centro de poder ao lado do congresso e do presidente. Paralelamente, foi transferido para a Alemanha derrotada pelos americanos após a Segunda Guerra Mundial, e a partir daí espalhou-se por vários países de todo o mundo até à viragem do milénio. As diferentes versões deste modelo de duplo estado evoluíram de acordo com as exigências de uma série de funções diferentes, e as versões principais foram cristalizadas através de interações globais. Em termos de direito, o principal impacto do Estado dual tem sido que o direito legislativo tradicional e os seus ramos de direito (direito privado, direito penal, etc.) duplicaram com o material jurídico constitucionalizado do tribunal constitucional, e gradualmente surgiram novos ramos de direito "constitucionalizados", tais como o direito penal constitucional, o direito constitucional financeiro, o direito constitucional do trabalho, etc. Vejamos este processo em pormenor.