BAUMAN, Z. Ética pós-moderna (original) (raw)
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BAUMAN, Z. Modernidade e Holocausto
Todos os direitos reservados. A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais. (Lei 9.610/98') Capa: Carol Sá e Sérgio Campante CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
A nossa época e a nossa sociedade vivem um paradoxo muito interessante relacionado ao problema da ética. De um lado, a ética voltou a se tornar um tema fundamental. O que é perfeitamente visível seja na "cultura" intelectual como no mundo das interações quotidianas. No ambiente teóricocientífico, a ética ganhou lenta e definitivamente o proscênio desde o Princípio responsabilidade de Hans Jonas até as cruciais questões contemporâneas de Bioética, passando pelas várias Éticas Políticas e pela Ética do Discurso de Apel e Habermas. Na prática social, verifica-se como os temas da ética hoje fazem parte da agenda social, de Sul a Norte no mundo. Em algumas partes, através das discussões sobre as possibilidades e os limites da manipulação da vida, da questão ecológica, do problema do respeito às minorias; em outras, mediante as tematizações da justiça social e, enfim, mediante os movimentos pela ética na comunicação, na ciência e na política. A ética está na ordem do dia.
O mundo da modernidade líquida caracteriza-se pela transição da sociedade de produtores para uma sociedade de consumidores-em que homens e mulheres, velhos ou jovens, se transformam numa verdadeira raça de devedores. A partir de profunda reflexão sobre a atual crise econômica global, Bauman analisa algumas das questões morais e políticas mais urgentes e graves no nosso tempo. E conclui que tudo-do terrorismo internacional à indústria de cosméticos, do declínio do Estado à ameaça do aquecimento global-atesta o fato de que nossas vidas, também elas, são vividas a crédito.
BAUMAN, Z. A sociedade individualizada
O grande pensador Zygmunt Bauman aborda aqui uma característica fundamental da vida contemporânea: a individua-lizaÇÕO. O r Q/~' 7'^r> á /-I/-K-I r^ n tnrln horn' nnn nlhf} DOTO tTÓS H6.47B347s ai em que >eu oder Dartilhar â utor: Bauman-z>'g<™nt l ítulo: A sociedade individualizada 398475 l24781 s solitários l IFFS RC AG nem para c estão suas i Já não há g responsabili entram na agora apenas para encontrar outros indivíduos solitários. E voltam para casa com a confiança renovada em sua própria solidão.
'SER LEVE E SER LÍQUIDO': A "MODERNIDADE LÍQUIDA" NO PENSAMENTO DE ZYGMUNT BAUMAN
Synesis (ISSN 1984-6754), 15(3), 32–47, 2023
O presente artigo tem como objetivo elucidar, ainda que de forma preliminar, o conceito de liquidez em Zygmunt Bauman e seus reflexos na sociedade. Como método será utilizado o dedutivo-indutivo. Quanto à metodologia, esta será de caráter bibliográfico. Este estudo vai de encontro ao que o sociólogo Zygmunt Bauman (1925-2017), em seus textos, postula que a Modernidade pode ser dividida em duas fases: a Modernidade Sólida e a Modernidade Líquida. A primeira iniciou-se no século XV e perdurou até o século XIX; a segunda teve início no século XX e se estende até os tempos atuais. Para descrever a sociedade moderna a partir do final do século XX, Bauman utiliza-se da metáfora da 'liquidez', tendo como objetivo apontar que o mundo contemporâneo atravessa um período de incertezas, efemeridades e instabilidades. Segundo Bauman, o ideal moderno cunhado entre os séculos XV e XIX postularam o primado da razão e da autonomia do homem capitalista e tais pressupostos conduziram a sociedade à modernidade líquida. Nessa "contemporaneidade" liquida, nada é duradouro, tudo é volátil, efêmero; o consumo é o parâmetro social, seja do indivíduo, da família, do Estado e da religião.
Trecho BAUMAN ModernidadeLiquida
Interrupção, incoerência, surpresa são as condições comuns de nossa vida. Elas se tornaram mesmo necessidades reais para muitas pessoas, cujas mentes deixaram de ser alimentadas ... por outra coisa que não mudanças repentinas e estímulos constantemente renovados ... Não podemos mais tolerar o que dura. Não sabemos mais fazer com que o tédio dê frutos.
Zygmunt Bauman Modernidade Liquida
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Propor a fé na pós-modernidade
Revista de Cultura Teológica
Cada geração cristã é chamada a propor a fé no tempo e no espaço em que se encontra. Para isso, ela deve saber dar as “razões da própria esperança aos que lhe pedirem” (1Pd 3,15). Nas últimas décadas, o trabalho de “justificação da fé” tem se defrontado com as questões suscitadas pela assim chamada cultura pós ou hiper-moderna. O estudo aqui proposto mostra, na primeira parte, como a Igreja tem entendido essa cultura, indicando, na segunda parte, os caminhos que ela tem seguido para propor a fé em tempos pós-modernos, além de apontar pistas que podem iluminá-la nessa missão.